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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Versão yaoi de Orgulho & Preconceito?



Às vezes a gente esbarra com umas coisas e não pode deixar de comentar. Sei que fãs de slash e/ou yaoi conseguem criar quase no vazio, mas eu, que não sou fã, nunca tinha imaginado um yaoi derivado de Orgulho & Preconceito, mas é exatamente isso que parece ser o livro Pride/Prejudice: A Novel of Mr. Darcy, Elizabeth Bennet, And Their Forbidden Lovers. O resumo é o seguinte:
Para as leitoras que amaram a mais popular romance de Jane Austen – a inestimável o Pride and Prejudice – algumas questões ficaram em aberto. Qual é a natureza real de intensa amizade de Darcy com Charles Bingley, para explicar por que ele iria impedir o casamento de Bingley com a bela e virtuosa Jane, irmã de Elizabeth? Como pode Darcy conciliar seu desejo por Elizabeth com sua determinação para salvar seu amigo de um semelhante relacionamento? Qual é a história por trás do perturbador e torturado relacionamento de Darcy com seu irmão de criação, George Wickham? E que outras intimidades, além de sua valiosa amizade, são trocadas entre Elizabeth e Charlotte Lucas?
Postaram o link na lista da JASBRA (*com link da Saraiva para entrega imediata, se interessar para alguém*) e eu tive curiosidade e fui procurar no Amazon. Pois bem, as primeiras páginas estão à disposição para leitura. Pode até ser que Elizabeth Bennet tenha alguma coisa com a Charlotte Lucas (*que no livro The Jane Austen Book Club alguém afirma que deveria ser lésbica e talvez nem Jane Austen soubesse*), mas duvido que o centro da coisa não seja Mr. Darcy e seus amantes. Aliás, as duas são citadas só no finalzinho do resumo, como detalhe. Darcy é o centro. Daí minha associação com yaoi.

Para se ter uma idéia, o livro já abre com uma cena de cama bem quente e com toques perversos entre Darcy e Bingley. Darcy, claro, é o seme (atacante/ativo) e Bingley o uke (recebedor/passivo). Mas pelo resuminho, DU-VI-DO que o “causo” entre Wickham e Darcy não seja o inverso (*e deve ser aquela coisa violenta e com humilhação*), daí o rancor do protagonista. E, eu realmente não pretendo ler esse livro, não que eu tenha alguma coisa contra fanfics yaoi ou medo de enevoar minha imagem das personagens. Simplesmente, o estilo "canalha” e meio “podre” – com Bingley dividindo a cama com Darcy e falando em casar com Georgiana – não me agrada e o tipo de vocabulário usado não é o que as personagens usariam, nem na cama...


Aliás, não foram essas as perguntas (Se Charlotte Lucas era realmente lésbica ou se Wickham tinha "partido" o coração de Darcy, por exemplo) que ficaram em aberto para mim depois de terminar a leitura de Orgulho & Preconceito, mas é notável como qualquer coisa relacionada com Jane Austen é publicável e, mais que isso, vende. E acho interessante a quantidade de literatura popular – de qualidade, ou não – que sai nos EUA. Agora, para mim, a autora é fã de yaoi... só pode!

7 comentários:

  1. Há cerca d eum ano atrás quando eu estava viciada em fanfics de O&P até achei estranho pois tinham pouquíssimos do tipo slash. Mas eis que surge até um livro ^^
    Não curto, mas gostaria muito de entender a fascinação das pessoas por esse estilo.

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  2. Obrigada pelos esclarecimentos Valéria!!

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  3. Como você disse, Valéria, as fãs criam algo do nada mesmo. Essas "dúvidas" não passaram na minha mente quando li o livro, talvez seja porque só o li uma vez. Enfim, se for publicado em português talvez eu dê uma olhadinha.

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  4. Ri horrores. Confesso que não consegui ler O&P, nem na versão com zumbis. Será que essa vai?

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  5. Francamente, eu sou fã até morrer de O&P e apaixonada por yaoi, mas uma versão yaoi de O&P ? Acho que isso não da muito certo...

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  6. Só eu que não achei estranho um BL Wickham x Darcy? Acho até bem óbvio pra quem tem alguma familiaridade com o gênero.

    OBS: não que tenha me passado pela cabeça enquanto eu lia Orgulho e Preconceito, mas é fácil pensar que a rivalidade dos dois atiçaria as fãs do gênero.

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  7. Devil, eu fico me mordendo de curiosidade em relação a este livro... mas o papo do Darcy com o Bingley é tão não-Jane Austen que acaba me deixando muito desanimada.

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