sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Shogakukan e Shueisha direto na Europa



Esta notícia saiu no fim de semana e foi realmente surpreendente. A Shogakukan e a shueisha vão publicar direto na Europa sem intermediários a partir do outono de 2009. Começarão na França, passando depois para Grã-Bretanha, espanha e outros países. A surpresa foi grande e mostra a agressividade dos japoneses que agora estão dispensando intermediários como a VIZ. Como ficam as editoras locais, não sei. Lembrem que a Kodansha tinha anunciado sua entrada direta no mercado Norte Americano também para 2009. Seria muito bom termos algo assim no Brasil, mas nosso mercado deve ser do tamanho de uma ervilha em comparação com outros e nem estou pensando em Itália, França ou EUA, que fique bem claro.

6 pessoas comentaram:

Bom, as editoras de mangás francesas pareciam temer isso – tanto que acabaram se deixando absorver por grandes empresas já prevendo a possibilidade (ela era antecipada em análises anteriores a esses fatos). A França já é o maior mercado para os mangás no mundo fora do Japão e talvez o único a poder mover as cifras astronômicas alcançadas na nação matriz do produto (lembre-se que titeuf e largo winch, entre outros, vendem milhões de exemplares por álbum).

Sem querer menosprezar, um álbum francês sai de quanto em quanto tempo? Anual? Semestral? Bianual?

Sempre que vejo essas cifras não percebo o pessoal comparando pensando na periodicidade de certos mangás. Especialmente material das revistas semanais.

Depende muito. Há materiais que saem anualmente (diacho, XIII levou dezoito anos para ser concluída, estou esperando a Panini publicar logo o último volume), outros que saem semestralmente (em geral, o material mais juvenil). Aliás, recomendo pesadamente para você procurar uma série chamada Lou!, de Julien Neel, que sai pela Glénat. É anual, e uma série em que a cada álbum tiramos um episódio fechado na vida de uma menina comum, a Lou do título. Cada álbum se passa com intervalo de mais ou menos um ano, ou seja, a série deve parar quando ela tiver dezessete ou dezoito anos. Acho que você gostaria de ver. A arte me impressionou quando vi um capítulo na Mega-Tchô.
Mas em geral os materiais mais autorais levam um ano pra sair. E vendem, porque a mecânica dos franceses funciona como os best-sellers, para venda nas livrarias. Eu compararia um pouco os mangás na frança, em termos mercadológicos, aos livros em formato pocket de franquias estabelecidas, porque eles vem em carreata. Lembre que os mangás são lançados diretamente em livro por lá.

Eu não sei se seria bom as editoras japonesas agirem diretamente no Brasil. Acho que iria acabar com as editoras que publicam mangá por aqui, deixando muita gente sem emprego. Isso poderia, de certa forma, empurrar algumas delas a publicar produto nacional, o que seria maravilhoso, mas infelizmente, impossível.
Você deve realmente achar isso muito bom...

Você quem? Não entendi, Tabby?

E quanto aos empregos. As japonesas teriam que contratar tradutores e funcionários daqui, afinal, tudo sairia em português. O argumento dos empregos não parece muito forte, não.

Bom, essencialmente não acho que vá acontecer. Nossa televisão é talvez a mais cara do mundo e isso prejudica a divulgação. E com os atuais sistemas de distribuição, nosso mercado é nanico demais para que eles queiram chutar as regras por aqui.

Related Posts with Thumbnails