sábado, 22 de agosto de 2009

Eu quero ser...



A revista adolescente Atrevida, trouxe uma matéria simpática sobre cosplays, com muitas imagens. Simples, mas vale a leitura. Se você quiser ver todas as fotos, visite a página da revista. Fiquei sabendo da matéria pelo site Japanpop Cuiabá.

Eu quero ser...
Quase de verdade

Praticar cosplays deixou de ser modinha e, cada vez mais, é uma mania mundial. Escolha seu personagem preferido, e divirta-se!

Colaborou Bianca Laconelli

Foi-se o tempo em que colecionar bonecos, revistas, músicas e objetos de um ídolo dos desenhos ou do cinema satisfazia o grau de "fãzice" de alguém. Afinal, por que ter tantas coisas, se você pode ser quem admira nas telas? Isso mesmo, ser! Esta é a ar te do cosplay: vestir-se e agir como um personagem de quem você gosta.

Essa brincadeira, que está cada vez mais séria, surgiu na década de 70, nos Estados Unidos. Durante uma convenção de quadrinhos, o número de pessoas querendo entrar para conferir as atrações era tão grande que os organizadores tiveram uma idéia brilhante para selecionar o público: só entraria quem estivesse fantasiado. Assim, eles não teriam dúvidas de quem era realmente fã. Mas os cosplayers (abreviação de costume player), ficaram famosos mesmo alguns anos depois, no Japão. Tanto que a maioria dos praticantes gosta de se vestir como animes, as animações orientais. "É a maneira que encontramos de estar mais perto daquilo que gostamos. Fazer cosplay não é só vestir a roupa, mas também interpretar o personagem escolhido. Assim, me sinto como se estivesse dentro do anime", conta a curitibana Flávia Regina Moscardini, de 19 anos.

E há quem tenha transformado o cosplay em "quase-profissão"! É o caso de Fernando Carreño Siqueira, que trabalha com análise de sistemas, mas há sete anos é diretor-geral da Cosplay Brasil, uma das maiores comunidades virtuais do tema. "Em 1998, fui ao meu primeiro evento de cosplays. Fiquei admirado com esse hobby incomum, e me tornei fã. Daí, vi a necessidade de organizar um meio de comunicação entre os praticantes e, junto com outras pessoas, fundamos o grupo", conta Fernando, que já fez cosplay de animes como Full Metal Alchemist, Shaman King, Naruto e King of Fighters.

CAMPEONATOS

Praticar cosplay é legal não só porque você pode colocar uma roupa e passear por aí. Existem campeonatos disputadíssimos, que valem prêmios e grana! No Brasil, rolam vários deles, e os critérios para escolher o vencedor também variam. Os mais comuns são: roupa (quando é analisado o quanto a fantasia está bem feita e é parecida com a do personagem original), interpretação (se o participante age como o seu personagem), e até a criatividade por escolher um personagem inusitado, e fazê-lo bem.

Uma das maiores competições do mundo é o World Cosplay Summit, organizado pelo canal de TV japonês Aichi. O vencedor tem a chance de representar o Brasil lá no Japão. Quem teve essa oportunidade em 2008 foi a paulista Jessica Moreira Rocha Campos, de 21 anos, que quis mostrar ao mundo que o Brasil não é bom só no futebol, mas também nos cosplays! "Foi muito emocionante! Eu nem esperava, tanto que não entendi quando o apresentador divulgou o resultado, falando tudo em japonês (risos)! Já tinha participado de outros concursos, mas nem havia prêmios. Esse, com certeza, foi o mais importante", diz Jessica.

REDE DE AMIGOS

Quem faz cosplay acaba se encontrando sempre nos mesmos eventos, e, com isso, faz amizades. "Você participa de um mundo onde todos gostam das mesmas coisas... É inevitável fazer amigos", conta Flávia, que já se transformou em personagens dos animes Death Note, Onegai Teacher e outros. Caroline Otavianni, que também é cosplayer, não só chamou os amigos para participar das nossas fotos, como disse que não conhecer novas pessoas é impossível. "Sempre tem aquele cosplay que você gostou mais, daí, vai perguntar como surgiu a idéia, troca contatos, e sempre descola pessoas bacanas!" Mas, como será que essa galera customiza as fantasias? Eles contam que vale pedir até a ajuda da avó. "Eu compro o material, como tecido, plástico, madeira, cola... e peço para ela me ajudar. Mas também coloco a mão na massa", conta Frederico Pavão Mercadante. Quem não quer ter trabalho, pode até procurar as fantasias que são vendidas prontas, mas nada como dar a sua cara ao cosplay...

0 pessoas comentaram:

Related Posts with Thumbnails