segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Matéria sobre Avalon High na Folha de São Paulo



Abro dizendo que não estou postando, porque vejo esse Avalon High como mangá, estou postando, pois sei que é do interesse de muita gente que freqüenta o Shoujo Café. Meg Cabot vem ao Brasil e vai autografar suas obras, então, isso é importante. Dito isso, segue a resenha que o Diogo Bercito fez para a Folha Teen, caderno adolescente da Folha de São Paulo. Aliás, ele aponta algo que eu já disse: o traço é ruim e é comics, não qualquer coisa que lembre mangá. E isso, claro, levendo em conta o potencial de qualquer coisa que Mag Cabot escreva, é uma pena.

Falando em Rei Arthur, finalmente vou me dignar a ler O Rei do Inverno. Por enquanto está naquele papo muito semelhante às Brumas de Avalon e que superestima o poder da Igreja Católica no início da Idade Média. Vamos ver se o autor vence a Zimmer Bradley em delírio sobre este momento tão peculiar da História da Igreja. Mas não vou falar disso aqui, não. O assunto é Avalon High.

QUADRINHOS - Namorado real

Mangá baseado em obra de Meg Cabot une lendas da Idade Média e "high school" americana

DIOGO BERCITO
DA REPORTAGEM LOCAL


Seu namorado é um vampiro, tipo o Edward, de "Crepúsculo"? Grande coisa. E o da Elle, que é a reencarnação do Rei Arthur? Isso sim é glamour. Melhor do que isso, só se ela fosse, além de tudo, a garota mais popular do colégio. O que, aliás, também é o caso dela.

Com tudo isso acontecendo na vida da protagonista do mangá "Avalon High", baseado na obra de Meg Cabot (autora de "Diário da Princesa"), ela deve ser a garota mais feliz do mundo. Ou não?

Pois é. Toda essa história de o Will (o namorado) ser a reencarnação de um rei da Idade Média tem lá os seus problemas. Significa, por exemplo, que a Morgan, que estuda com eles, é a bruxa Morgana do século 21. E o Marco, meio-irmão do Will, é o maligno Mordred. Ah, a própria Elle não fica de fora. É a Senhora do Lago.

Coloque esses personagens juntos, somando também o Lance (Lancelote) e a Jennifer (Guinevere), e pronto: você tem os principais personagens das lendas do rei Arthur. E os problemas que isso traz, é claro. Para quem nunca ouviu falar nessa história medieval, basta saber que ela termina em briga por todos os lados.

Receita infalível

O mangá "Avalon High" consegue fundir duas coisas populares em uma só. O mundinho das "high school" americanas e o reino fantástico de Camelot se encontram, no gibi. Sabe aquela história de a vida dos personagens girar em torno da noite do baile? É assim, em "Avalon High", mas com a diferença de que, além de se preocupar com seu vestido, Elle tem que temer a profecia que se cumprirá justo durante a tão esperada festa -alguma coisa a ver com o fim do mundo.

Por mais incrível que possa parecer, não falta liga à história, mesmo com tanta coisa diferente junta. O roteiro é o ponto alto do trabalho. É uma pena, porém, que o traço deixe a desejar. Tem linhas de movimento e texturas em abundância, características marcantes do estilo japonês. Mas há um quê de HQs norte-americanas -incluindo a leitura da esquerda para a direita- que deixa o resultado final, em preto e branco, híbrido.

"Avalon High" (R$ 9,90, 112 págs.) chega às lojas no dia 11 de setembro pela ed. Record. No dia 17, a autora Meg Cabot autografa suas obras na Livraria da Vila (av. Magalhães de Castro, 12.000, São Paulo, tel. 0/xx/11/3755-5811).

6 pessoas comentaram:

Desculpe mas eu tenho um particular "nojinho" dessa Meg Cabot, eu nem sei como li "O diário da Princesa", só sei que foi aos trancos e barrancos. Dizem que ela amadureceu como escritora mas como fã de materiais como os citados "O rei do inverno" (ótimo) e "As brumas de Avalon" (minha série de livros favorita).

Aliás preciso tecer uns comentários:
1 - Nas primeiras páginas do livro a Marion Zimmer Bradley afirma e deixa bem claro que ela estudou muito sobre a Bretanha da época mas mesmo assim decidiu tomar todas as liberdades poéticas e mudar todos os fatos que ela julgasse serem necessários mudar em prol da história, afinal de contas ela escreveu um romance e não um livro didático - não se ofenda, eu sou um grande fã e tenho bem mais de 20 livros dela em casa.

2 - O Rei do Inverno demora a esquentar mas quando esquenta é ótimo. Eu gosto do fato dos personagens morarem em paliçadas e terem piolhos, achava que era um livro fiel históricamente falando, mas deixo essa discussão para quando você terminar de ler e resolver escrever algo sobre ele xD.

Eu nunca li Meg Cabot. Mas tenho o seguinte em mente: ela escreve para meninas adolescentes, eu não sou adolescente faz tempo, mas todas as que eu conheço que gostam deler, gostam de Cabot. Isso para mim basta. Eu não gosto de Naruto, mas ele não foi escrito para mim. Esta é a lógica. A aprtir daí, tento perceber os méritos.

Não vejo nenhum problema com As Brumas de avalon. Gosto muito da série, li aos 15 anos, reli outras tantas vezes. Ela toma liberdades, mas o problema não é a autora, mas quem lê Zimmer Bradley como se o romance fosse história. Por isso, comentei. Agora, tentei ler outros livros dela. A considero muito repetitiva. É como se estivesse sempre reescrevendo As Brumas em outro contexto. Se é para ler de novo, fico com o original. Detestei O Incêndio de Tróia.

Já esse Rei do Inverno é vendido, assim como TODOS os romances deste autor, como a coisa mais próxima da história possível. Se se vendem assim (*e não estou falando que o autor disse, mas do que está na propaganda da editora e na boca do povo*), podem ser criticados sem dó nem piedade. Aliás, é a mesma baboseira que o diretor de Elizabeth ou do último Rei Arthur.

Nesse sentido, um A Última Legião é muito melhor. Não seleva à sério, não se diz história e diverte muito.

De Meg Cabot comecei a ler "O Diário da Princesa", e forço a ler todos os volumes pq qdo começo algo gosto de terminar.
A linguagem dela é bem legal, bem direta para adolescentes. Mas pegar um livro super fácil de ler e transformar em quadrinhos é querer facilitar demais a leitura, até pq os desenhos nem são grande coisas, para serem admirados. Pior que isso só audiobook.

Agora nunca li Brumas de Avalon pq eu vi a minissérie, e só depois soube que era baseada nos livros. E resolvi deixar o tempo passar e apagar da mente da história para poder ler e não ficar comparando a história filmada.

Bem, eu acho que tudo pode ser transformado em quadrinho e não se trata de substituir um por outro. Simplesmente, acredito que o quadrinho possa levar ao livro e vice-versa. Não vejo a passagem para outra mídia como facilitação.

Audiobook tem prós e contras. Tenho amigo deficiente visual que rse sente feliz em ter essa possibilidade. :)

Mas As Brumas é muito bom. E o filme não faz justiça aos livros. Não deixaria de ler. ;)

é... me expressei errado.
O que eu não gosto é qdo a pessoa usa mídias alternativas como subterfúgios para saber da história em vez de exercitar o cérebro com leitura.

Bom, eu sou um apaixonado pela Marion, te recomendaria a saga das Amazonas Livres de Darkover (o último livro é ruim mas A corrente partida e A casa de Thendara são ótimos) é bem diferente de Avalon.

Quanto à Meg cabot eu acredito que não é porque você escreve para crianças ou adolescentes que você tem que escrever mal ou fazer o leitor de idiota, eu odiei a futilidade dos livros acima de tudo. Quando eu leio um livro do Pedro Bandeira, Pedro Bloch ou até mesmo Harry Potter eu não me sinto tratado feito idiota como eu me senti quando li O diário da Princesa.

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