Em choque com o final de Himitsu - The Revelation

Olha, depois de acompanhar Himitsu desde 2008 por causa da legendagem feita à passos de tartaruga, finalmente terminei a série. Planejava fazer um post que ponderasse sobre os prós e contras da série, mas estou em choque! Fazia muito, muito tempo que o final de uma série não me decepcionava tanto. Queria muito saber quem foi o gênio ou gênios que decidiram escrotizar o roteiro daquela forma nos dois episódios finais. E o pior, ou melhor, é que nada daquela baboseira (*a conspiração era aquilo?!*) acontece no mangá. Quando eu me recuperar do trauma, talvez eu comente com mais vagar. Aliás, acho que o meu projeto de fazer resenha do anime para a Neo Tokyo está cancelado. Que eu poderia dizer? Assista ao anime até o episódio #24 e esqueça o #25 e o #26 para não se aborrecer? Quem quiser saber o que me revoltou tanto, é só passar o cursor abaixo. Seguem os spoilers: 

Olha, eu realmente não me importo com mortes, acho que em uma série policial como Himitsu, alguém da equipe deveria morrer mesmo. A morte de Amachi – personagem que existe no mangá, mas com uma personalidade e importância infinitamente menor – foi OK. Mas daí a detonarem a equipe inteira? Matarem todo mundo, sem exceção, e os caras terminarem passeando em um campinho florido e com cara de paisagem?! Explodirem o computador central? E a tal conspiração? Era só aquilo? Só aquela briga de comadres? Quando o chefe intermediário chegou, achei que ele, que era a personagem mais detestável da série, iria se mostrar um Snape, agente duplo que se revela para salvar todo mundo e prender/matar o conspirador... mas que nada! Tudo no final foi tão simples e ao mesmo tempo tão confuso e tão frustrante... Era somente ganância? Quando vi aquela colina, lembrei dos Teletubbies, só faltava eles ali saltitantes. 

Agora vou atrás do que já tem traduzido do mangá, porque tenho certeza que a autora não vai desenvolver a coisa da mesma maneira. Como li os volumes 1 e 2, percebi que o anime só toma do mangá as personagens e algumas idéias (*Maki e Aoki, a sessão 9, o computador que examina cérebros de gente morta e ajuda a resolver crimes*). Mesmo os casos saídos do mangá, tiveram desenvolvimento diferente, como no caso da morte de Amachi e o do Presidente dos Estados Unidos. Até gostei de terem abandonado uma idéias péssimas do início da série (*Aoki apaixonado pela irmã, a idéia de vestir todas as mulheres de branco e rosa SEMPRE*), dando mais espaço para as personagens femininas (*Amachi virou agente de verdade, a legista que apareceu em quatro episódios era ótima*). Os romances estavam caminhando bem, em passos firmes e com uma abordagem realista e madura, surpreendente mesmo. Até a animação melhorou entre os episódios 17 e 24, mas, no fim, o resultado jogou por terra todos os bons desenvolvimentos. 

Não pensem que Himitsu anime não tenha o seu valor, a série vale pelos casos isolados, e vale muito. É a grande trama de conspiração, que corre por trás, que é furadíssima. Ah, sim, os créditos finais do episódio #26 ficaram ótimos e foi só isso que se aproveitou. Enfim, para quem quiser ler os três posts que fiz antes sobre a série, eles estão aqui: 1 - 2 - 3.

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P.S.1: Acabei de ver que ninguém parece ter traduzido para além do volume 2. Assim sendo, eu tenho todas as scanlations. Será que o final do anime desestimulou o pessoal? 

P.S.2: Para quem leu os spoilers, a história dos Teletubbies é a seguinte, muito tempo atrás, os Cassetas fizeram um quadro mostrando a morte de Eurico Miranda - aquele que tornou o Vasco desagradável para muita gente. Ele acorda no além, em uma ela colina florida e gramada. Daí começa a sorrir dizendo que era tudo tão lindo quanto o gramado de São Januário. Como era o inferno, de repente, aparecem os Teletubbies que seriam seus companheiros por toda a eternidade. No final de Himitsu só faltou os Teletubbies.