terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rebecca terá remake... Queria que fosse trote!



Rebecca é um dos meus filmes antigos favoritos. Foi o primeiro filme de Alfred Hitchcock e é considerado um filme menor do grande diretor. Eu pouco me importo, acho a história e as interpretações ótimas. Moça (Joan Fontaine) conhece milionário viúvo (Laurence Olivier, lindo, lindo e propositalmente envelhecido para o papel) e se casa com ele. Só que, ao ir para sua "casinha" nova, ela se vê confrontada com a presença da falecida em todos os lugares. Além disso, ela ainda tem a governanta (Judith Anderson) para atormentá-la. A governanta era fixada em Rebecca e é listada no documentário The Celluloid Closet como uma daquelas personagens gays do mal que eram colocadas nos filmes para mostrar como os homossexuais eram preversos. Para mim, ela queria ser Rebecca, ela não queria Rebecca. E ser Rebecca lhe daria acesso ao Laurence Olivier... Enfim, alguém me explica por qual motivo alguém vai refilmar este clássico???

Sabe o que isso está me cheirando? Ao fiasco e vergonha que foi o remake de Sabrina. Eu, que não tinha assistido ao original, fui ver aquela bomba no cinema. Somente muitos anos depois, eu tive a noção de quão ruim aquele remake era, porque tive a coragem para ver (e amar) o original. Esse projeto tem cheiro de bomba. Se fosse uma minissérie para a TV britânica, eu ainda compraria o projeto com curiosidade, mas como filme é mais uma demonstração de como andam medíocres os grandes estúdios. Antes do fim, é preciso lembrar que Rebecca, o livro "original" de Daphne du Maurier, é um plágio do livro A Sucessora da brasileira Carolina Nabuco. Como estou compreguiça, segue o texto da Wikipedia:
Segundo conta a própria Carolina nas páginas de Oito décadas, ela traduzira A Sucessora para o inglês esperando vê-lo publicado nos Estados Unidos, e o enviou a uma agência literária de Nova York, com o pedido de que também fizesse contato com agentes na Inglaterra. Assim que leu Rebecca, escreveu ao agente nova-iorquino perguntando sobre o contato inglês, mas a resposta foi que não havia encontrado nenhum. Tempos depois, o New York Times Book Review publica um artigo ressaltando as semelhanças entre os dois romances. O fato teve repercussão no Brasil, mas Carolina não cogitou processar os editores ingleses. Quando o filme Rebecca chegou ao Brasil, os advogados da United Artists a procuraram para que assinasse um termo (mediante uma compensação financeira) concordando que tinha havido "coincidência", mas Carolina negou-se.
Vejam a grande sacanagem que foi feita com a brasileira. Depois, a Globo transformou o livro de Nabuco em novela, A Sucessora. Infelizmente, eu nunca consegui assitir, quando passou eu era muito pequena e não lembro de nenhuma reprise. É isso. Desejo fiasco para esse remake. Tenham idéias novas e parem de exumar meus filmes favoritos. Ou assumam que é uma releitura do livro, porque, aí, eu até posso dar uma olhadinha. ;-)

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