sexta-feira, 9 de junho de 2023

Super Dollfies da Princesa e o Cavaleiro relançadas para comemorar os 70 anos do mangá

Eu nem tinha me ligado, mas é isso mesmo!  Setenta anos da Princesa e o Cavaleiro, ou Ribon no Kishi, que seria "O Cavaleiro da Fita".  A série de Osamu Tezuka é considerado por muitos, inclusive está no site da Volks, a empresa das bonecas, como o primeiro shoujo mangá da história.  Não é, mas trata-se do primeiro shoujo de serialização longa, que rompeu com um modelo mais episódico, ou humorístico ao estilo 4koma.  Escrever isso não é tirar o mérito de Tezuka, como se qualquer coisa que eu colocasse aqui pudesse, mas colocar as coisas nos devidos lugares e lhe dar o mérito do que ele fez e fez muito bem.

A Princesa e o Cavaleiro ((リボンの騎士) foi publicado entre 1953-56 na revista Shoujo Club e dez anos depois republicado (*retocado) na Nakayoshi.  A série virou anime em 1967 e rodou o mundo, chegando ao Brasil.  A Princesa e o Cavaleiro conta a história de Safiri, uma princesa de um reino e fantasia que, por travessura de um pequeno anjo chamado Tink, nasce com dois corações, um de menina, o que deveria ser, e outro de menino.  O problema é que se Safiri fosse uma menina, ela não poderia reinar e mesmo a vida de seus pais correria risco.  Por conta disso, ela é criada como um garoto em público e, também, como garota, em segredo.  Tink recebe a missão de recuperar o coração de menino da princesa, mas acaba não conseguindo por simpatizar com a sua condição.

Ao ficar adolescente, Safiri deseja se aventurar pelo mundo, mas ao conhecer o príncipe do reino vizinho, Franz, ela se apaixona e decide se vestir como uma garota para interagir com ele de outra forma.  Ao se disfarçar de menina saindo, mesmo que em segredo, da sua persona masculina pública, a heroína se coloca em risco e, também, a sua mãe, porque o Duque Duraluminium quer o trono para o seu filho Plástico.  E a série segue em mil situações de aventura, perigo, romance.

Enfim, não sou fã de Dolphies, mas elas ficaram lindas.  E o Tink aaparece nas fotos, também.  Algo interessante de se pontuar é que Tezuka buscou muito a sua inspiração para a série no teatro feminino Takarazuka e isso se manifesta tanto em como ele caracteriza Safiri-menino, quanto sua versão menina.  Safiri é ao mesmo tempo otokoyaku (*atriz que faz os papéis masculinos*) e musumeyako (*atriz que faz os papéis femininos*).  E há atrizes do Takarazuka que conseguem transitar mesmo entre um e outro por exigência de certas peças, como A Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら).  Além disso, ele desenha quadros inteiros que lembram as apresentações coletivas as atrizes.  É um deleite isso.  Para quem quiser ler A Princesa e o Cavaleiro, a JBC está relançando o mangá e ele está em promoção na Amazon. 

0 pessoas comentaram:

Related Posts with Thumbnails