quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Ouke no Monshou tem festa comemorativa dos seus 50 anos de publicação e autoras são homenageadas pelo embaixador do Egito

Ouke no Monshou, de Chieko Hosokawa e Fumin (*sim, muita gente esquece que são DUAS autoras.*), estreou na revista Princess em outubro de 1976.  A completou aniversário mês passado e o Comic Natalie trouxe uma matéria sobre a festa.  Ela contou com a presença de 100 fãs, chamados de "família de Ouke no Monshou" no artigo, que ganharam um sorteio.  Eles entraram de 10 em 10, pegaram autógrafos, tiraram fotos com as autoras e receberam vários brindes.

Para quem não conhece a história, Carol Reed é uma adolescente norte-americana de 16 anos, muito rica e fascinada pelo Egito Antigo e pela arqueologia.  Um dia, visitando as ruínas, ela descobre o túmulo do faraó Mênfis, ela termina sendo amaldiçoada e é  enviada para séculos no passado.  Lá ela conhece Mênfis, com quem não se relaciona tão bem no início, Ísis, a irmã-esposa do sujeito (*que passa a odiá-la*), o príncipe-herdeiro dos hititas Izmir (*que se apaixona por ela e tenta levá-la consigo*).  No início do mangá, Carol vai e volta no tempo e tem uma paixonite mal resolvida  por seu irmão mais velho, Ryan, que é idêntico a Mênfis.

A matéria também destaca a presença do embaixador do Egito, Ragui ElEtreby, e de outros membros do corpo duplomático do país, que deram presentes para as autoras e reconheceram o valor de Ouke no Monshou para a promoção do interesse pelo país do norte da África e reforçar as pontes entre o Egito e o Japão.  Hosokawa tomou a palavra e destacou que recebe mensagens e vídeos de japoneses, inclusive cantando uma das músicas do mangá entre as ruínas egípcias, falando, também, da importância do Egito antigo para a humanidade.

A editora-chefe da revista Princess, Yuri Yamamoto, destacou a importância de Ouke no Monshou e que ela começou a ler o mangá quando ainda estudante.  Atualmente, Ouke no Monshou já  passou dos seus 70 volumes e não deve ter  um final, porque, até onde eu acompanho a história, trata-se de uma série episódica  mesmo, com a mocinha deixando de viajar de volta para o presente e circulando por várias civilizações da Idade do Bronze Tardio, entre os séculos XIII e XII a.C..  

Ouke no Monshou é o mangá ponto de partida para todas as gerações de garotas que viajam no tempo e mesmo para os shoujo isekai, porque o passado, como já coloquei em outros textos, é um outro mundo, uma terra estrangeira. Ouke no Monshou nunca teve uma animação, só uns especiais que lembram os light animes atuais, mas teve peça de teatro comum, mas, não, do Takarazuka, eu acho. Chieko Hosokawa  estreou em 1958 e teve uma grande importância para o desenvolvimento dos shoujo mangá, não tenho detalhes sobre a carreira de Fumin, mas olhando para as duas, elas parecem irmãs, não é mesmo?

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