quarta-feira, 26 de outubro de 2005

"The Shojo Secret"


Hoje encontrei uma matéria no site da Bloomberg intitulado "Asterix Retaliates as Asian Comics Invade the European Market" (Asterix Retalia pois os Quadrinhos Asiáticos Invadiram o Mercado Europeu). Ou seja, não fui somente eu que percebeu que o último álbum de Asterix é contra os mangás ou os Nagma (Manga), afinal, como dia a matéria "Os Mangá e manhwa estão se apossando de parte do mercado dos clássicos franco belgas,''.
Fora isso, o último álbum de Asterix é uma homenagem à Walt Disney e os quadrinistas americanos que, de acordo com Uderzo, assim como Asterix "cairam dentro do caldeirão com a poção mágica que os tornou imunes aos Nagma." Pois bem, quanto a isso não há dúvida. Asterix, Tintin, Mickey Mouse são instituições, eles irão ter fãs independente dos mangás.
Só que a matéria joga luz sobre um ponto importante: nem os europeus, nem os americanos se preocuparam em oferecer algo às garotas... e não falo das crianças que lêem indistintamente os quadrinhos Disney, mas de material para adolescentes e mulheres adultas. Uma das meninas entrevistadas diz, por exemplo, só conhecer Asterix porque o pai - de seus quarenta ou mais anos - tem todos os álbuns. E nem se fala em W.I.T.C.H. da Disney que é uma reação tardia diante do chamado "Shojo Secret". Eis a parte da matéria que discute a questão:
O segredo para (*entender*) o sucesso dos mangás é simples, Tempel diz: Eles criaram um nicho, um gênero para garotas, o shojo mangá.
“Através do mangá, garotas começaram a ler quadrinhos pela primeira vez,” ele diz. “o que nós costumávamos ter era super heróis e aventuras da França. Os novos temas vindos do Japão são amor, romance e as dores do coração.”
Pergunte às garotas que lotaram a Feira de Livros de Frankfurt semana passada. Julia van Loenhaut e Ramona Bollin, duas alemãs de 14 anos, estavam lá no sábado à tarde, remexendo os álbuns de manhwa (*quadrinhos coreanos*). Cada uma gasta em média 15 euros em mangá ou manhwa por mês, comprando três volumes que custam 5 euros cada um.
“Nós nunca lemos quadrinhos salvo mangá e manhwa,” van Loenhaut disse. “Manga tem heroínas, e isso faz grande diferença.”

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