Hoje encontrei uma matéria no site da Bloomberg intitulado "Asterix Retaliates as Asian Comics Invade the European Market" (Asterix Retalia pois os Quadrinhos Asiáticos Invadiram o Mercado Europeu). Ou seja, não fui somente eu que percebeu que o último álbum de Asterix é contra os mangás ou os Nagma (Manga), afinal, como dia a matéria "Os Mangá e manhwa estão se apossando de parte do mercado dos clássicos franco belgas,''.
Fora isso, o último álbum de Asterix é uma homenagem à Walt Disney e os quadrinistas americanos que, de acordo com Uderzo, assim como Asterix "cairam dentro do caldeirão com a poção mágica que os tornou imunes aos Nagma." Pois bem, quanto a isso não há dúvida. Asterix, Tintin, Mickey Mouse são instituições, eles irão ter fãs independente dos mangás.
Só que a matéria joga luz sobre um ponto importante: nem os europeus, nem os americanos se preocuparam em oferecer algo às garotas... e não falo das crianças que lêem indistintamente os quadrinhos Disney, mas de material para adolescentes e mulheres adultas. Uma das meninas entrevistadas diz, por exemplo, só conhecer Asterix porque o pai - de seus quarenta ou mais anos - tem todos os álbuns. E nem se fala em W.I.T.C.H. da Disney que é uma reação tardia diante do chamado "Shojo Secret". Eis a parte da matéria que discute a questão:
O segredo para (*entender*) o sucesso dos mangás é simples, Tempel diz: Eles criaram um nicho, um gênero para garotas, o shojo mangá.“Através do mangá, garotas começaram a ler quadrinhos pela primeira vez,” ele diz. “o que nós costumávamos ter era super heróis e aventuras da França. Os novos temas vindos do Japão são amor, romance e as dores do coração.”Pergunte às garotas que lotaram a Feira de Livros de Frankfurt semana passada. Julia van Loenhaut e Ramona Bollin, duas alemãs de 14 anos, estavam lá no sábado à tarde, remexendo os álbuns de manhwa (*quadrinhos coreanos*). Cada uma gasta em média 15 euros em mangá ou manhwa por mês, comprando três volumes que custam 5 euros cada um.“Nós nunca lemos quadrinhos salvo mangá e manhwa,” van Loenhaut disse. “Manga tem heroínas, e isso faz grande diferença.”
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