sexta-feira, 31 de março de 2006

Dubladores de Lady Oscar


Como sei que muita gente curte essas coisas, estou colocando aqui a lista dos dubladores do novo movie animado de Lady Oscar (*Rosa de Versalhes*). Eu realmente espero que seja muito bom e não manche a boa imagem do anime e do mangá original. Aí vai:

Oscar:
Sanae Kobayashi
André: Toshiyuki Morikawa (Griffith - Berserk- ; Theseus - Tenkai) (fiche enCyna)
Marie-Antoinette: Ayako Kawasumi
Louis XVI: Kenji Nojima
Jeanne: Akiko Yajima (Riku - Blood+-)
Condessa du Barry: Kujira (Orochimaru - Naruto)
Madame de Polignac : Masako Katsuki (Tsunada - Naruto ; Sailor Neptune)
Girodel: Takahiro Sakurai (Ichitaka - I's; Shiryû - Hades Meikai ; Takamine Kiyomaro - Gash) (fiche enCyna)
Alain: Rikiya Koyama (Hideo - Gits Alone; Takamura Mamoru - Hajime no Ippo; Noein - Kuina)
Bernard: Hikaru Midorikawa (Tamahome - Fushigi Yugi; Yuy - Gundam Wing; Kaiba - Yugioh; Zelgadis - Slayers; Tôma - Tenkai) (fiche enCyna)

quinta-feira, 30 de março de 2006

Top 10 da Tohan


Ranking da Tohan para a semana que terminou no dia 29 de março. Nana mantém-se bem no ranking e temos o novo volume de Evangelion em terceiro. Queria saber que nova série de Kindaichi é essa já que "Opera House Murders" era também o nome do volume 1 da série original. De repente é uma reedição, mas como sempre estão lançando coisas novas de Kindaichi, eu não sei mesmo. A lista que segue está publicada no site Manga News.

1. Fullmetal Alchemist vol.13
2. Nana vol.15
3. Neon Genesis Evangelion vol.10
4. MAR vol.13
5. Konjiki no Gash (Zatch Bell) vol.24
6. Air Gear vol.13
7. Cross Game vol.3
8. Ookiku Furikabutte vol.6
9. Hajime no Ippo vol.75
10. Kindaichi Case Files: The Opera House Murders 3

quarta-feira, 29 de março de 2006

Revistas Favoritas das Japonesas


A pesquisa foi feita pelo Oricon Style - responsável por todos os rankings do mundo pop japonês - com cerca de 3000 jovens mulheres. Mandaram a lista para o Rosetta Stone, mas sem link. Pedi a menina que enviasse a referência caso ela tivesse e estou aguardando. Como a lista é coerente e o pessoal do Rosetta Stone é muito bem informado, não vejo porque esteja errada. A preferência é pelos shoujos, o que ressalta o recorte de gênero, mas a Shounen Jump aparece como favorita do público feminino por causa dos seus mangás/animes de peso que podem ser lidos por si mesmos ou transformados em fics e fanzines yaoi. Interessante é a Margaret aparecer tão bem, já que muita gente fala de "crise" e que a revista estaria "fora de moda".

#1... Weekly Shounen Jump (One Piece, Death Note)
#2... Monthly Cookie (NANA)
#3... Bessatsu Margaret (Cat Street, Crimson Hero)
#4... Hana to Yume (Skip Beat, Furuba, Gakuen Alice)
#5... Shoujo Comic (MoeKare, BokuKimi)
#5... Weekly Shounen Magazine (Negima, Air Gear, Tsubasa)
#5... LaLa (Kin'iro no Corde, Haruka naru Toki no Naka de)
#8... Kiss (Nodame Cantabile)
#9... Chorus (Honey & Clover, Ichijou Yukari works)
#9... Dessert (Cosplay Animal)

terça-feira, 28 de março de 2006

Top 10 da Taiyosha


Ranking da Taiyosha para a semana de 20 a 26 de março publicada no site Manga Cast. Nana perde o primeiro lugar para Fullmetal Alchemist que teve uma edição especial. Acho que Nana ainda vem em primeiro no ranking da Tohan, é só esperar.

1. Fullmetal Alchemist #13
2. Fullmetal Alchemist #13 (Limited Edition)
3. NANA #15
4. Hayate the Combat Butler! #6
5. Air Gear #13
6. Hit it Big #6
7. Zatch Bell!! #24
8. MAR #13
9. Hajime no Ippo #75
10. Black Lagoon #5

Fiquei Bem Contente


Nas minhas andanças pelo Orkut, lugar que considero muito mais negativo do que positivo, esbarrei em várias comunidades que fazem menção à Revista Neo Tokyo. Não sei quem está lendo ou comprando a revista, mas estou escrevendo para lá... quase que regularmente, já que somente a nº3 não tem nada meu, porque nem sempre tenho tempo e boas idéias...
O interessante é ver, principalmente nas comunidades de HanaKimi, que muita gente conheceu o mangá por causa da matéria que escrevi. Se interessaram, correram atrás dos scans e estão felizes da vida. Se eu tinha ainda alguma dúvida de que valia a pena, agora não tenho mais nenhuma. A grande reclamação foi as figuras. Bem, eu não as escolhi, mas o editor não conhecia a série e, ao que parece, uma das grandes limitações é a disponibilidade de imagens para as matérias. Para as resenhas curtas que escrevi, eu mesma escaneei os meus mangás. ^_^
Pode até ser que a revista dure pouco (*o que eu duvido*), mas já produziu bons frutos. Em uma comunidade de Maria-sama Ga Miteru também comentavam sobre a matéria da segunda edição. Como estou a fim de promover o máximo de séries shoujo possíveis, deixo o endereço das comunidades: Maria-sama Ga Miteru Marimite, Projeto: Hanakimi e Queremos Hanakimi no Brasil.
Vi, também, duas comunidades sobre a Neo Tokyo, uma delas bem movimentada. Vi que tem gente pedindo matérias sobre clássicos... vi até um sujeito reclamando que falam demais de shoujo na revista. Parece que uma matéria por edição é muito para algumas pessoas. Enfim, queria a opinião dos leitores do blog. Quai matérias vocês gostariam de ver na Neo Tokyo? Se pintar alguma sugestão interessante, eu passo para o Editor-Chefe, ou eu mesma escrevo se for capaz.

O Diário da Princesa vai Virar Mangá!!!!


Não propriamente mangá, mas um OEL, original English language, que é como a Tokyopop chama os quadrinhos estilo mangá feitos nos EUA. A notícia sobre o acordo entre a Harper Collins, detentora dos direitos dos livros de Meg Cabot, irá distribuir toda a linha da Tokyopop e a editora de mangás americanas vai dar vida às versões em quadrinhos dos livros e autores contratados pela empresa. Para a Tokyopop será muito, muito lucrativo, pois a Harper Collins é uma editora poderosíssima e com muitas conexões pelo mundo a fora. A matéria completa está no site MangaCast. Só digo uma coisa, do jeito que a série da Princesa - que como filme eu acho uma bobagem sem fim - faz sucesso com as minhas alunas adolescentes de classe média, que ganham mesada e lêem compulsivamente qualquer coisa que a Cabot escreva. Se esses quadrinhos saírem mesmo vai ser uma enorme burrice não lançarem por aqui, porque vai vender feito água e sem a barreira etária que WITCH possui.

segunda-feira, 27 de março de 2006

Li Sade


Terminei de ler o tal Sade. Não ia comprar, mas como começaram a falar por aí de "influências shoujo", fui lá conferir. Sobre a arte e a narrativa, bem, Senno Knife está no nível fanzineira em treinamento-esforçada, por exemplo, todas as mulheres bonitas e jovens têm a a mesma cara, todos os homens maus do século XVIII têm a mesma cara. Pode ser também uma opção? Talvez. Afinal, a autora tem uma produção muito mais centrada no underground e no terror, onde, pelo menos o que eu vi até agora, não prima nem pelo traço, nem pela narrativa arrojada. O que foi dito sobre a influência do "shoujo clássico" é bobagem, fazer olhões e ambientar no século XVIII não fazem nada virar shoujo.

Eu nunca li o Marquês de Sade, confesso, embora tenha lido Ligações Perigosas e A Religiosa, mas tirando pelas três historinhas, eu não sabia que o sujeito era tão moralista. Os maus são sempre punidos, mesmo que os bons não tenham uma recompensa adequada não terminam lá tão mal assim. A mulher do caso do incesto, por exemplo, recupera de alguma maneira a filha e o marido sádico-pedófilo-e-tudo-mais-que-aparecer que termina arrependido e, muito provavelmente, temente a Deus. A baseada no conto dos Irmãos Grimm é uma versão do "Barba Azul", com muito sexo e a violência típica dos contos de fada antes deles serem depurados. De todas gostei mais desta, já que aprecio contos de fada em estado bruto, e da primeira, mas, certamente, todas ficariam melhores se fossem mais longas.

A história de "O", que é a única de autoria feminina, é a única realmente libertina, sem final moralizante, mas de quebra é a que mais cai nos clichês da pornografia machista rasteira "toda mulher, no fundo, no fundo, gosta de apanhar e quer ser escravizada". Cogita-se que o "O" além de ser de Odile, também represente "objeto" ou "orifício" que é aquilo no que a protagonista é transformada. Achei um comentário interessante sobre a autora, que mostra bem para quem e para quê ela escreveu "A História de 'O'":

Her lover and employer, Jean Paulhan, had made the chauvinistic remark to her that no female was capable of writing an erotic novel. To prove him wrong she wrote a graphic, sadomasochistic novel that was published under the pseudonym "Pauline Réage" in June of 1954. Titled Histoire d'O (The Story of O), it proved Paulhan wrong and was an enormous, though controversial, commercial success. The book caused much speculation as to the identity of the author. Many doubted that it was a woman, let alone the demure, intellectual, and almost prudish, Dominique Aury.
(
http://www.answers.com/topic/pauline-r-age)

De resto, Sade é pornografia light frente a outras coisas que a Conrad tem lançado. Nada das escatologias de "O Vampiro que Ri" e "Ero-Guru". Não vai mudar a vida de ninguém, nem é indispensável e tenho certeza que adaptações melhores de Sade ou da História de "O" já devem ter sido feitas por aí. Entretanto, pode ser lido sem susto até por quem não curte o gênero e não vem incensado como "mangá adulto" ou "inteligente". É diversão rasteira com um traço que pode parecer simpático para alguns.

Quando o mangá se torna Mainstream


"Is it a bird, is it a plane? No, it's Astro Boy leaping from niche to mainstream" este é o título de uma matéria que discute como o mangá deixou de ser coisa de um punhado de pessoas e se tornou uma mídia global. O artigo foca na Austrália, mas não diz nada que não possa ser aplicado ao mundo inteiro. Me fez lembrar quando o Sidney que editava o mangá de Dragon Ball da Conrad falou que muitos leitores que escreviam para ele nunca tinham lido outro tipo de quadrinho antes dos mangás. O último parágrafo, aliás, é bem interessante, pois aponta para o que deve e precisa acontecer no futuro, coisa que gente na minha faixa etária não vai conseguir fazer, mas meninos e meninas que cresceram lendo mangás, sim. Eis o trecho: "A segunda fase é o que estamos vendo agora quando os fãs autralianos, neozelandeses, norte-americanos e ao redor do mundo inteiro começam a contar suas próprias histórias usando as ferramentas [narrativas] do mangá."

Japanese comics go mobile


Matéria no site da BBCNews mostrando os múltiplos usos que os celulares têm no Japão, inclusive, ler mangás. Parece que a onda dos mangás publicados direto em um formato para celular vem ganhando força e pode representar uma nova revolução na indústria. Eu, particularmente, considero a idéia de ler no celular muito estranha, ainda mais quadrinhos. No Japão, entretanto, a coisa é diferente: "O Japão é um país com alto indice de alfabetização e leitura. Muito mais alta do que em muitos países Ocidentais. As pessoas lêem muitos jornais e revistas, elas realmente são vorazes consumidoras da palavra escrita. Certamente você não vai colocar um romance de 10 mil palavras no celular. Mas quando você fala de histórias curtas, comics, mangás, animes, coisas com design colorido, histórias que você possa de fato olhar ao mesmo tempo em que está lendo, está falando de uma grande forma de gastar o tempo de viagem para a escola ou o trabalho." A matéria completa está aqui.

Mangás que ficariam bem em Hollywood


O Manga News publicou os cinco primeiros colocados de um ranking feito pela Oricon sobre quais mangás os fãs japoneses gostariam de ver transformado em filme hollywoodiano. Foram feitas três listas, uma geral, uma masculina e outra feminina, que estão disponíveis completas em japonês. O domínio absoluto é dos shounens e o único shoujo citado é Nana. Realmente, me espanta é que os japoneses não imaginem o estrago que os americanos poderiam fazer em um mangá... Enfim, logo, logo, Alita estará aí para mostrar...
Geral:
1. Dragon Ball de Akira Toriyama
2. Death Note de Takeshi Obata
3. JoJo's Bizarre Adventure de Hirohiko Araki
4. Golgo 13 de Takao Saito
5. Akira de Katsuhiro Otomo

Feminino:
1. Death Note de Takeshi Obata
2. Dragon Ball dey Akira Toriyama
3. Nana de Ai Yazawa
4. Cutey Honey de Go Nagai
5. Galaxy Express 999 de Leiji Matsumoto

Masculino:
1. JoJo's Bizarre Adventure de Hirohiko Araki
2. Dragon Ball de Akira Toriyama
3. Golgo 13 de Takao Saito
4. Death Note de Takeshi Obata
5. Space Battleship Yamato de Leiji Matsumoto

Naruto: Outro Recorde nos EUA


De acordo com o Manga News, o volume 9 de Naruto apareceu entre os 100 livros mais vendidos da lista do USA Today, ocupando o 86º lugar. Com isso, são cinco semanas entre os 150 mais vendidos. Naruto bateu o record anterior de Fruits Basket e Full Metal Alchemist.

Mangá que Discute a Disfunções Alimentares


Moyoko Anno é uma das mais badaladas mangá-kas japonesas. Conhecida pelo infantil Sugar Sugar Rune que tem anime e está sendo publicado nos EUA, ela tem uma longa carreira anterior. Publicou vários mangás josei (*quadrinhos para mulheres jovens e adultas, os chamados lady's comics*), principalmente pela Shodensha, uma editora pequena. Publicou o seinen (*quadrinhos para rapazes e homens jovens*) Hana to Mitsubachi (Flores e Abelhas) na Young Magazine, a mesma de XXXHolic e Chobits. O mangá mais aclamado da autora é é Happy Mania que tem 11 volumes. Moyoko Anno é uma autora influenciada pelo quadrinho underground e antenada com os problemas das mulheres japonesas nos dias de hoje.

O seu mangá sobre anorexia e bulimia vai sair na Itália pela Kappa Edizioni e se chama Shibo to iu na no Fuku o Kite, algo como "Vestida em uma roupa chamada gordura". Em italiano o título ficou "Questo non e' il mio corpo", "Este não é o meu corpo". Shibo to iu na no Fuku o Kite saiu em 1998 na revista Shufu no Tomosha da Shodensha e tem 1 volume. Nele é narrada a história da OL (*Office Lady*) Noko Hanazawa que sofre de disfunção alimentar. Suas alterações de humor são sempre compensadas com comida. Mesmo que não engorde, Noko é obcecada com a idéia de que é gorda e não se conforma do namorado não perceber isso. Sua situação piora quando a moça descobre que Saito, o namorado com quem se relaciona há oito anos, tem um caso com outra mulher. Noko então decide fazer uma dieta radical e perder 30 quilos. Debilitada, tendo surtos de bulimia, Noko efetivamente perde peso, só que isso não garante a recuperação nem da auto-estima, nem do namorado. O Shoujo Manga Outline tem amostras do mangá on line.

O tema é interessante e atual, já Moyoko Anno parece ser uma autora bem competente, capaz de ir do mangá adulto ao infantil, adaptando seu traço aos gostos das leitoras e leitores. Para se ter uma idéia, ela foi responsável pela quadrinização do filme de Kevin Smith, "Procurando Amy, no Japão. Outro dado sobre a autora é que ela se casou com um homônimo em 2002, quando Hideaki Anno, de Evangelion, Karekano e outros animes da Gainax, casou-se com ela. Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho da autora, é só visitar sua página oficial
.

domingo, 26 de março de 2006

Review de Sade


Sempre insisto com o meu marido - fã de shoujo como eu - que ele deve escrever resenhas e outras coisas mais comentando suas impressões sobre animes e mangás. Ele enrola e foge, mas desta vez aceitou falar de Sade, o novo mangá da Conrad. Coloco a review aqui, porque estão dizendo que o traço de Sade seria algo próximo do "shoujo clássico". De quais autoras estão fanlando? Quais obras? Anos 70? 60? 80? Isso os resenhistas não dizem. Assim, creio que seria interessante tentar desmontar esta idéia. Torço para que o Kamugin (*Ele não me autorizou a usar seu nome real*) decida escrever mais. Quem quiser criticar ou elogiar, é só escrever. Eis o texto:

"Tendo concluído a leitura do mangá "Sade" de Senno Knife, publicado pela Conrad, gostaria de deixar minhas impressões: comparado à maioria dos hentai que se acham disponíveis na internet e alhures, é um mangá que se sobressai, nem tanto por suas qualidades, mas pelo baixo nível que marca essa produção atualmente. Claro que genialidade nunca foi a marca dos hentai, mas ouso dizer que antes, lá pelos anos oitenta e parte dos noventa, havia mais imaginação do que há hoje. Em noventa por cento dos hentai de hoje, há sexo hardcore já na primeira ou, no máximo, na segunda página e zero história ou desenvolvimento de personagens... é, sou um desses chatos que pensam que um hentai precisa ter história e mostrar algo mais que cenas de sexo. Em compensação pela falta de uma história, temos perversões barra pesada: tortura, mutilação e assassinato de mulheres e até, não raro, crianças.

O mangá Sade se propõe a ser a quadrinização de cinco contos distintos, três dos quais de autoria do famigerado Marquês de Sade (nome de quem se originou a palavra "sadismo", daí já se espera...). Mulheres torturadas e assassinadas estão presentes, mas "Sade" é um "soft-hentai" comparado a média e não impressiona em termos de perversões e torturas, pois a imaginação doentia de muitos autores de hoje deixariam o Marquês de Sade horrorizado, esse pobre ingênuo... Não li nenhum dos contos do Marquês, ou dos outros dois autores, embora já tenha assistido a um ou outro filme supostamente baseado em suas peripécias. Mas, sem medo de errar, eu diria que as estórias do mangá são grandes simplificações dos textos originais.

Senno Knife não é um bom contador de estórias ou mesmo um bom adaptador. Falta-lhe aquela dinâmica na qual alguns autores são tão versados. Sua narrativa visual é de mesmo nível daquela de nossos (bons) fanzineiros (Oiran do Estudio Seasons, por exemplo). Percebe-se que é um autor em maturação, ainda não domina a linguagem do mangá, mas possui um futuro promissor. Seu traço é bonito, o rosto das mulheres lembra o caracter design do anime Five Star Stories, mas falta leveza e movimento. Houve até quem confundisse o desenho com um traço shoujo! Mas isso é um absurdo originado de um conhecimento muito superficial daquilo que é realmente um "shoujo clássico".

As estórias acabam sendo muito curtas para que o leitor se envolva com as personagens ou construa a sua excitação de maneira satisfatória. Talvez se o volume contivesse apenas dois contos, no mesmo número de páginas, as estórias pudessem ser melhor trabalhadas em seus aspectos narrativos. No geral, me fez lembrar o amadorismo de Carlos Zéfiro, mas, da mesma forma que este, não de todo desprovido de qualidade e potencial.

Outro problema do mangá não é culpa do autor, mas sim dos tradutores e revisores da Conrad. Quatro das estórias se passam no século dezoito, a julgar pela indumentária e pela referência à revolução francesa, a última estória, "A História de "O"", se passa talvez na primeira metade do século vinte, tal como denunciam os carros e ambientação, porém não se pode precisar tempo e local pois a sessão de fotos de moda no início da estória é algo mais pertinente aos anos cinqüenta e sessenta no mínimo. O problema está na inadequação da linguagem ao tempo e local, as personagens fazem uso de expressões, palavras e gírias que de forma alguma são características das épocas representadas.

Não quero ser um chato preciosista, contudo acho que um mínimo de atenção se deve dar a esses detalhes. "Estou de olho nela", "a paixão me torra por dentro", "já estou molhada", etc. não eram expressões correntes no século XVIII, eu estou certo. Esse é um problema que se observa muito no mangá Lobo Solitário, da Panini. Eu sei que liguagem vulgar provavelmente existiu em todas as épocas e lugares, mas o linguajar de baixo calão do século XVIII certamente era outro bem diferente dos dias de hoje. Esses detalhes dizem muito sobre a precariedade de leitura dos revisores.

Por fim, algo que falta é uma nota dizendo quem é o autor, ou autora, mangás que já publicou, quando, onde, etc. Se não fica parecendo as piratarias que foram publicadas aqui no Brasil, que nem citavam o nome dos autores. A encadernação é boa, o papel também, apenas a capa deveria ter aquela película plástica protetora. Minha nota final é seis, talvez seis e meio até. "

Kamugin

sábado, 25 de março de 2006

Página Oficial de Love Con no ar


Na onda das adaptações de mangás para live action, um movie de Love Con ou Lovely Complex, como queiram, foi anunciado para agosto. O site oficial já está no ar com resumo da história, fotos, wallpapers e outras coisas que somente quem é fluente em japonês poderá descobrir por completo. Os protagonistas serão interpretados pela modelo Ema Fujisawa e o ator Teppei Koike.

Para quem não sabe, Love Con tem mais de 12 volumes e sai na revista Bessatsu Margaret. A autora da série se chama Aya Nakahara e foi premiada com o Shogakukan Award de 2004 na categoria shoujo mangá pela série. A história gira em torno de dois adolescentes Atsushi Otani, um garoto muito baixo para a sua idade, e Risa Koizumi, menina que tem um problema inverso. Enquanto muitas piadas são feitas em cima do complexo de altura das personagens, e eles vivem se estranhando, mas terminam amigos e se apaixonam. Enfim, é um mangá leve e simpático.

XXXHolic indicado para o Festival de Annency


De acordo com o Anime News Network, movie de xxxHOLiC foi selecionado para o Festival Internacional de Cineama de Animação de Annency, na França. Outro indicado é Wallace & Gromit - A Batalha dos Vegetais que ganhou o Oscar deste ano e o 33º Annie Awards, há três outros indicados, mas acredito que ele seja o favorito. O festival ocorrerá entre 5 e 10 de junho, com a participação de 260 filmes de 6s países. O mangá de XXXHolic foi recentemente lançado no Brasil pela editora JBC e, apesar da CLAMP dizer que é shoujo, continuo discordando disso.

Graphic Novels: um fenômeno literário


"Antes um primo tímido e quieto dos comics, as vendas de graphic novels ultrapassaram a dos comics e se tornaram um grande fenômeno literário." Este é o início de uma matéria de um jornal canadense falando do fenômeno das graphic Novels - quadrinhos em formato livro - nos EUA. A ênfase não é nos mangás, mas eles são apresentados em um dos parágrafos como uma dos impulsionadores dos lucros de GNs nos Estados Unidos: "Uma outra razão é que nos dias de hoje existem graphic novels de caráter mais 'literário' sendo escritas e que alcançam uma audiência mais ampla. Existe também um grande movimento nas grandes bibliotecas públicas para organizar as graphic novels em coleções. Uma outra razão é o mercado de mangás japoneses, que é tão grande que inundou com toda a sua energia o mercado de quadrinhos norte-americano."

Chevalier D'Eon vira anime


Os japoneses me saíram com uma bem interessante, pegaram um dos cross-dressers mais famosos da história, o Le Chevalier D'Eon, e criaram uma série para ele. Muita gente acha que uma das inspirações para a Oscar da Rosa de Versalhes partiu da personagem real, um jovem nobre, com compleição feminina, grande talento como espadachim e que foi escalado por Luís XV para ser agente secreto. Sua vida cheia de aventuras, inclusive amorosas e de caráter heterossexual, as escapadas para que seu sexo não fosse revelado, tudo isso daria um filme ou anime e tanto. Só que pelo que eu entendi da página oficial do anime, o foco estará no jovem D'Eon antes dele passar a se travestir (*ou não*), quando o rapaz investiga uma série de crimes contra mulheres. Fiquei curiosa.

Uma biografia do Le Chevalier D'Eon em português pode ser encontrada aqui, na página de um cross-dresser de verdade e com menção à Oscar da Rosa de Versalhes. O texto não me é estranho, talvez tenha lido a versão em inglês ou francês, já que dizem que é tradução... Bem, alguns erros devem ser perdoados, como, por exemplo, dizer que Luís XV era "imperador" da França. ^_^ O anuncio do anime também está da página da rede de tv Wow Wow. Como os animes deles tendem a ser legais e criativos, aguardo ansiosamente pelos episódios da série do Chevalier.

Riyoko Ikeda e a Rosa de Versalles


Como fiz um post sobre o novo movie da Rosa de Versalhes e citei esta entrevista na coluna da semana, decidi colocá-la aqui. Tentei encontrar o link, mas parece que ela foi tirada do ar faz muito tempo. É uma pena, porque seria bem mais interessante dar a origem e não reproduzir o material aqui sem autorização.
Infelizmente, não fiz a tradução, está em espanhol mesmo. O original era em catalão, então, se passasse para o português já seria a tradução da tradução. É uma conversa muito elucidativa, em especial sobre o que pensa Ikeda e porque o anime - que é excelente - está tão distante do mangá e foi rejeitado pela autora e por parte do público original, se os italianos tiverem razão.
Riyoko Ikeda y la Rosa de Versalles

El clásico shoujo, La Rosa de Versalles tendrá por fin una edición castellana en el Salón del Manga. Para celebrarlo, una entrevista a la autora!

La edición de este manga es una doble buena noticia para los otakus. Primero, por el simple hecho de poder disfrutar un clásico como La Rosa de Versalles .¿ Recuerdas que en 3xl.net vimos pasar el anime, Lady Oscar ? Segundo, porque la edita una nueva editorial que apuesta por el manga Azake Ediciones . Ellos nos han cedido una entrevista a Riyoko Ikeda, la autora del manga, hecha por Verónica Calafell, la traductora (junto con Marc Bernabé, el que entrevistó para nosotros al autor de Shin-Chan. A continuación, la entrevista:

Verónica Calafell, Japón: Riyoko Ikeda me recibe en la tarde del 7 de agosto del 2002 en su departamento del barrio de Shibuya, en el centro de Tokio. Vestida elegantemente con un vestido blanco y negro, y cuidadosamente maquillada, comienza la entrevista con un poco de nerviosismo y reserva, pero estos pronto desaparecen a medida que avanza la entrevista que acaba siendo una conversación tomando un té helado que nos sirven sus asistentes. Riyoko Ikeda, que actualmente dedica mucho menos tiempo al manga que antes, todavía se emociona pensando lo que significó para ella el éxito de sus obras años atrás y que su afición y destreza como dibujante le permitieron comunicar al mundo. De naturaleza más bien modesta, tiende a restarle importancia a sus éxitos y se dedica casi totalmente a su querida carrera musical. Su objetivo inmediato es su debut como cantante de opera el 29 de octubre del 2002.

“El autor que más leía era Osamu Tezuka”

Parece que en tu vida has tenido tres puntos de principal interés: la música, la historia y el manga ¿.En que orden los colocarías?

“Para ser sincera, el manga actualmente ya no me interesa mucho. Ya no leo manga y, aunque me gusta escribir, no tiene que ser necesariamente comic. Puede ser novela, ensayo, animación, cualquier medio de expresión a través del cual pueda explicar un historia”.

¿Creciste leyendo manga? ¿Que títulos recuerdas con más cariño?

“Si, de pequeña leía mucho manga. El autor que leía más de jovencita era, con diferencia, Osamu Tezuka. Mis dos obras preferidas suyas son, sin duda, Hi no tori (Fénix) y Kirihito sanka (Himno a Kirihito)”.

“En realidad quería ser escritora”

El museo de Osamu Tezuka está en Takarazuka, la misma ciudad del grupo de teatro femenino Takarazuka que llevó al escenario tu obra más famosa, La Rosa de Versalles.

“Si, son un grupo de teatro fantástico y son todas mujeres. Diversas ciudades han propuesto hacer un museo de mi obra, pero hasta ahora siempre me he negado. Ha de estar en Takarazuka, donde está el museo de quien fue mi maestro. Si no, no hay museo.”

¿Cómo se te ocurrió comenzar a dibujar para ganarte la vida?

“En realidad yo quería ser escritora. Pero también me gustaba dibujar, y a través del dibujo también me podía expresar. Además, mi dibujo fue lo primero en ganarse el corazón de los lectores, así que elegí el dibujo como medio de expresión”.

Cuando comenzaste a dibujar Bara yashiki no shojo(La joven de la mansión de rosas),tu primera obra, en 1967,¿Tuviste alguna dificultad por el hecho de ser mujer?

“No, creo que no. Lo más duro fue convencer a mi editor de la publicación de La Rosa de Versalles, y no porque yo fuera mujer, sino porque él consideraba que mis lectoras no tendrían interés en una historia tan complicada ambientada en un contexto histórico tan complejo y a la vez lejano”.

¿Como lo convenciste?

“Bien, a mi favor jugaba el hecho de que el proyecto le había interesado a nivel personal, aunque no lo veía como producto comercial. Simplemente le prometí que sería un gran éxito y le pedí que me diera la oportunidad de demostrarlo. Le dije que la historia., si se explica de forma amena, no tiene porque ser tan difícil, ni para hombres ni para mujeres”.

“A los 17 o 18 años cayó en mis manos una biografía de Maria Antonieta”

¿A que crees que se debió la explosión de temas, autores y obras de temática shoujo manga en los años setenta?

“En primer lugar, la gente de mi generación somos la consecuencia directa de la época del baby boom que hubo en Japón inmediatamente después del final de la Segunda Guerra Mundial. Con eso, aumentó considerablemente la población, y por tanto el número de mujeres. En segundo lugar, la gente que quería expresar un sentimiento o explicar una historia y que hasta ese momento solo había podido hacerlo a través de la novela o la poesía, descubrió un nuevo modo de expresión igualmente valido: el manga. Las mujeres también descubrieron el manga y se interesaron por este nuevo medio. Finalmente, al terminar la guerra las mujeres japonesas ya no se podían quedar haciendo de amas de casa y cuidando a sus hijos: sentían que tenían que trabajar para levantar el país y contribuir a mantener la familia. Las que pudieron buscaron un trabajo que las compensara no solo económicamente, sino también psicológicamente, un trabajo al cual dedicarse de porvida”.

¿Cual es tu principal objetivo cuando dibujas manga?

“Siempre he querido explicar historias. En realidad, no me importaba como hacerlo: habría podido hacerlo en una novela, en una película o, como fue, a través de un comic. Si me decidí por el manga, fue porque a la gente le gustó mi manera de dibujar y por eso se convirtió en mi forma de expresión más fácil y de mayor repercusión”.

¿Como se te ocurrió la idea para dibujar La Rosa de Versalles?

“Estando en el instituto, a los 17 o 18 años, cayó en mis manos una biografía de Maria Antonieta escrita por Stefan Zweig, elaño 1933.Se titulaba.Marie Antoinette:The portrait of an ordinary woman. A partir de entonces se comenzó a formar en mi cabeza la idea de escribir una historia sobre la vida de Maria Antonieta”.

¿La Rosa de Versalles es una obra que requiere una documentación muy cuidadosa. Como te documentaste para perfilar con tanta exactitud los elementos de la historia? Entonces no había Internet….

“No, todavía no. Habría sido una gran ayuda. Lo que hice, en primer lugar, fue leer algunas obras traducidas y buscar la bibliografía en la que estaban basadas. Visité diversas bibliotecas, y como la editorial Shueisha donde trabajaba no tenía en aquel momento una biblioteca, me fui a la competencia, que es el edificio de al lado, y en la editorial Shogakukan busqué más información y ordené los datos”.
¡No ha visto “Lady Oscar”!

Lady Oscar, el anime

¿Como cambió tu vida La Rosa de Versalles?

“Es difícil explicar la forma en que me cambió la vida. Este año se cumple el 30 aniversario de la obra, y cuando miro atrás, pienso que sin La Rosa de Versalles y los millones de personas que la leyeron nunca habría podido entrar en el conservatorio hace siete años para estudiar música, no podría haber hecho muchas cosas”.

¿Supongo que has visto la versión animada de La Rosa de Versalles…?

“La verdad es que no”.

¿De verdad?¿No has visto nada de la serie?

“Bueno, vi los primeros capítulos, pero hubo una cosa que me molestó mucho y dejé de verla. Los extranjeros no se darán cuenta, porque en los idiomas europeos no existe esta diferencia, pero en japonés hay diversos pronombres personales para decir yo. Watashi(わたし) es más bien formal, boku (ぼく) es masculino, ore(おれ) es un masculino un poco rudo, washi (わし)lo usan los viejos… En el manga, Oscar hablaba con watashi(わたし), porque al fin y al cabo es una mujer. En cambio, los productores de la serie la hicieron hablar con ore(おれ)que es demasiado rudo y masculino, y que da una impresión totalmente diferente del personaje que yo tenía en mente”.

¿Quién es, en tu opinión, el protagonista de La Rosa de Versalles?

“Mi idea era que fuera Maria Antonieta, pero parece que fue Oscar quien tuvo más éxito”.

¿Porque hiciste de Oscar una mujer?

“Durante la toma de la Bastilla, el 13 de julio de 1789, la guardia real estaba allí. Mi idea era investigar al capitán, pero no tuve tiempo. Además a los 24 años no me veía preparada para diseñar un personaje masculino consistente. A los 30 o 40 seguramente, porque ya conocía a los hombres mejor”.

“Las escenas más difíciles de dibujar son las de amor”

¿Cuál es tu escena preferida de La Rosa de Versalles?

“Me gustan unas cuantas, no sabría cual elegir… Por dar un ejemplo, en la muerte de André, hay una escena en que Oscar piensa que su amigo todavía está vivo y le dice ¡Vamos, André!, y se gira para sonreírle, para darse cuenta que ya no está .Es una escena emotiva con muy pocas palabras”.

¿Alguna escena especialmente difícil de dibujar?

“Las escenas más difíciles de dibujar son, para mi, las de amor. Es difícil mostrar la emoción y los nervios en los rostros de dos personajes que están a punto de besarse. Se ha de mostrar pasión sin caer en el erotismo, se ha de buscar este equilibrio…Tan sutil y difícil de encontrar”.

Así que evitas los errores…

“Aun así, los hay. Por ejemplo, en mi obra dibujo la Basílica del Sagrado Corazón, en Montmartre, que es posterior a la Revolución Francesa. Fue construida en el siglo XX, concretamente en 1910.Mis asistentes la vieron en fotos y la reprodujeron, y cuando nos dimos cuenta ya se estaba publicando el comic en todo Japón y no había marcha atrás .De todas formas no ha llegado ninguna crítica de Francia. No se habrán dado cuenta…”.

“Tengo pendiente una visita a Barcelona”

Orfesu no mado (La ventana de Orfeo) se enmarca en la revolución rusa, mientras que la anterior ,La Rosa de Versalles, lo hacía en la Revolución Francesa.¿ De donde te viene el interés por la historia europea?

“La verdad es que me interesa más la historia japonesa, aunque no lo parezca. Lo que pasa es que al documentarme sobre un aspecto de la historia europea para escribir una obra, el proceso me llevó a conocer otros episodios de la historia, ya no solo de Francia, sino también de otros países que recibieron la influencia por los cambios que se daban en Francia, como Rusia, España, Austria…..Así que reuní tanto material que al final tenia información de diferentes lugares: aprendí mucho”.

Supongo que habrás estado muchas veces en Francia…

“Muchas veces…Pero siempre después de dibujar La Rosa de Versalles. Cuando dibujé el manga, no había puesto un pie en Francia en toda mi vida”.

¿Has estado en España?

“El año pasado visité España: crucé los Pirineos y fui con mi marido en coche al Pais Basco y por la costa hasta Portugal. A Barcelona no he ido, es un lugar que tengo pendiente. Tengo ganas de ver las obras de Gaudí, pero normalmente evito las grandes ciudades”.

¿Qué estás haciendo ahora?

“Escribo guiones para manga, pero ya no dibujo. He acabado Niberungu no yubiwa (El anillo de los nibelungos).La dibujante es Erika Miyamoto, que tiene un estilo parecido al que yo tenía”.

Muchas gracias, Sra.Riyoko Ikeda. Hasta aquí ,la entrevista con una mujer que ha hecho una interpretación de la Revolución Francesa que ha dado la vuelta al mundo, se ha traducido a muchos idiomas, con 30 años recientemente cumplidos desde su publicación. Sin duda, se merece este museo en Takarazuka que algún día esperamos visitar .Verónica Calafell.

Entrevista: Verónica Calafell
Traducción del catalán al castellano: CYLLAN

sexta-feira, 24 de março de 2006

Toei anuncia novidades

Vem aí um novo movie do clássico a Rosa de Versalhes (ベルサイユ の ばら), de acordo com a Toei. ^_^ Eis a imagem do cartaz, junto com uma do anime das Power Puff Z. Aliás, do anime das Meninas Super Poderosas há mais imagens, o que aguça a minha curiosidade. Outros movies também estão para ser lançados, como os de Pretty Cure Splash Star e Clannad. A notícia em inglês está no site Animenation.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Entrevista com Co-Fundador do Estúdio Ghibli


O Anime News Network colocou no ar uma entrevista com Isao Takahata, co-fundador do estúdio Ghibli. A entrevista, que pode ser lida em inglês na íntegra, fala de animes magníficos como Pom Poko e O Túmulo dos Vaga-Lumes, que não foram dirigidos por Tezuka e estão entre as obras-primas do estúdio para mim, além dos planos futuros de Takahata.

Top 10 da Taiyosha


Ranking dos mais vendidos para a semana de 13 a 19 de março de acordo com a Taiyosha. Nenhuma surpresa, Nana #15 está em primeiro lugar. Vamos ver por quanto tempo. A lista está disponível no site Manga Cast desde terça-feira, mas só consegui publicar hoje, a da Tohan entrou antes.
1. Nana #15
2. Hayate the Combat Butler! #6
3. Air Gear #13
4. Eyeshield 21 #18
5. Zatch Bell!! #24
6. Black Lagoon #5
7. Hajime no Ippo #75
8. MAR #13
9. Angel Heart #18
10. CrossGame #3

Top 10 Tohan


Esta semana está sendo tão cansativa que eu não tenho tido tempo nem para repassar o básico, daí, o ranking da Tohan da semana que terminou no dia 22 de março, vai estar indo antes do da Taiyosha... Enfim, todo mundo sabe quem é o primeiro lugar: Nana #15. Resta saber, por quanto tempo a série vai ocupar o top das duas listas. Há mais shoujos na lista, como The Wallflower, em segundo, e V.B. Rose, que regularmente aparece entre os dez. A lista está disponível no site Manga News.

1. Nana vol.15
2. The Wallflower vol.15
3. Angel Heart vol.18
4. Hunter x Hunter vol.23
5. Konjiki no Gash (Zatch Bell) vol.24
6. Air Gear vol.13
7. V.B. Rose vol.6
8. MAR vol.13
9. Bleach vol.21
10. Hayate the Combat Butler vol.6

segunda-feira, 20 de março de 2006

Shoujos mais vendidos de Fevereiro


O Shoujo Manga Outline publicou a lista com os shoujos mais vendidos dos mês de fevereiro no Japão. Alguns mangás já são bem conhecidos, Fruits Basket está na lista e a Nakayoshi se faz representar entre os dez com dois mangás, um deles, Ghost Hunt, de terror. Já o mês de março, mesmo antes de sair, já tem um 1º lugar previsível, Nana #15. Enfim, eis a lista:

1. Skip Beat! #12 de Yoshiki Nakamura
2. Pheromomania Syndrome #8 de Ichiha
3. Koukou Debut #5 de Kazune Kawahara
4. Clover #17 de Toriko Chiya
5. Shanimuni GO #22 de Marimo Ragawa
6. Fruits Basket #19 de Natsuki Takaya
7. Gost Hunt #9 de Inada Shiho e Fuyumi Ono
8. Eikaiwa School Wars #1 de Tomo Matsumoto
9. Sugar Sugar Rune #5 de Moyoco Anno
10. Nante suteki ni japanesque - Hitozuma hen #3 de Naomi Yamauchi e Saeko Himuro

sábado, 18 de março de 2006

MeruPuri sai pela Panini


Finalmente, depois de muito enrolar, a Panini anunciou o seu shoujo. As apostas dos fóruns falharam e a editora surpreendeu trazendo um shoujo de verdade (*a história de XXXHolic não desceu ainda*), MeruPuri - The Marchen Prince, de uma manga-ká em ascensão, Matsuri Hino. O mangá, que só tem 4 volumes, é uma mistura de romance e comédia com uma pitada de drama, saiu na revista LaLa, a mesma de Karekano, entre 2002 e 2004.

A história é mais ou menos a seguinte: Aram (*que aqui será Alan*) é um príncipe de um mundo mágico, graças ao feitiço de seu irmão Jeile, ele vem parar na Terra. Aqui ele conhece a colegial Airi, pois usa o seu espelho em forma de estrela como portal. Airi é descendente de uma princesa que foi exilada há muito tempo do reino de Aram. O príncipe é somente uma criança e a romântica e sonhadora Airi, que providencialmente mora sozinha com o avô que não aparece, o leva para sua casa.

No outro dia, para seu susto o menino acorda na forma de um belíssimo adolescente e seu servo, que passa pelo espelho, explica que tudo é culpa do feitiço: cada vez que usar mágica, Aram envelhecerá! Se for deixado no escuro, também. Só um beijo de uma garota pode reverter os efeitos. Airi e sua vida são viradas de ponta a cabeça por causa da presença do príncipe, exatamente no momento em que sua vida amorosa parecia deslanchar com um c0lega de escola adorável. Depois ainda aparece Jeile que é absolutamente pirado e incapaz de desfazer o feitiço... fora que Jeile deseja Airi como esposa... Bem, leiam o mangá.

MeruPuri é publicado nos EUA pela VIZ e não estava entre as apostas do público brasileiro mas sai (*ou saiu*) pela Panini na Itália, França, Alemanha e Espanha. Bem, fiquei feliz com a escolha, apesar de ser a Panini. É um shoujo de qualidade, com ótimo traço e história cativante. Resta saber SE nós consumidores seremos respeitados desta vez, pois é impossível esquecer o caso Peach Girl. E, mesmo que alguém esqueça, estarei aqui para lembrar. De qualquer forma, Meripuri sai nos EUA, pela VIZ, se não me engano, e se realmente eu gostar muito do mangá e a Panini começar a pisar na bola, não pensaria duas vezes em comprar a edição americana.

Ah, o preço também será menor... R$9,50, não é isso? Edições separadas devem subir os custos, afinal, são duas capas e coisa e tal... Mas talvez seja uma tentativa de pressionar a JBC. Se a Panini aqui no Brasil cismar de pegar pesado, podemos ver tentativas de dumping. Claro que como sempre isso significaria preços mais baixos para prejudicar competidores mais fracos. Depois que estes fossem detonados, os preços voltariam aos níveis de antes ou até mais altos. Quem acompanha o caso da Webjet no setor de aviação sabe bem do tipo de manobra que eu estou falando.

MeruPuri não vai mudar a sua vida, mas vai garantir umas boas risadas. É um mangá simpático em todos os sentidos. O novo mangá da autora, Vampire Knight vem fazendo muito sucesso também. Se você quiser dar uma olhada nas obras de Matsuri Hino é só procurar na net. As scanlations de Vampire Knight estão avançando e as de MeruPuri foram até quase o fim da série. A interrupção se deu por causa do licenciamento nos EUA, nada mais justo, mas ainda dá para matar a curiosidade. ^_^

Shoujo Manga é Perigoso!!!


A prefeitura de Osaka no Japão deliberou que todos os shoujo mangás devem ser avaliados e se qualificados como "pornografia" devem vir embalados em filme transparente. A atenção "negativa" para os mangás femininos foi atraída pelas séries adolescentes com ênfase no conteúdo sexual, aquilo que cá no Ocidente convencionou-se chamar de "steamy shoujo". Ou seja, este tipo de shoujo está recebendo o mesmo tratamento dos mangás adultos, em especial os hentai. A matéria original está aqui, a tradução para o inglês está disponível na página do Manga News.

Sinceramente? Eu acredito que logo serão baixadas leis de censura severas no Japão. Não vejo os shoujo mangás como campeões de baixaria ou pornografia, mas a ênfase de muitos mangás, especialmente hentai, nas parafilias, na violência principalmente contra mulheres e meninas e a o conteúdo pedófilo (lolicon/shotacon) cada vez mais constante e explícito. E os crimes contra meninas vêm crescendo no Japão. A criminalidade lá é baixa, mas em um país com poucos crimes, bastam um ou dois de caráter violento para alarmar a população. O link entre violência sexual-mangá-anime está feito. Melhor que as editoras e autores abram o olho o mais cedo possível.

sexta-feira, 17 de março de 2006

Top 10 da Tohan


Ranking da Tohan desta semana. Está disponível no site Manga News.

1. Hunter x Hunter vol.23
2. Bleach vol.21
3. Eyeshield 21 vol.18
4. Angel Heart vol.18
5. 20th Century Boy vol.21
6. Baki vol.31 (end)
7. Steel Ball Run vol.7
8. Baki Gaiden ~ScarFace~ vol.2
9. Vagabond vol.22
10. Mr.FULLSWING vol.22

Para os fãs de Candy Candy


Tem gente que acha que somente os animes e mangás novos têm valor, mas muita gente pelo mundo pensa diferente. Por isso mesmo, repasso o endereço da revista virtual Sueños (*Sonhos em espanhol*), mantida por fãs de Candy Candy. A série de mangá já tem 32 anos e o anime faz 30 anos este ano. Ontem, aliás, passei o endereço do torrent com os 29 primeiros episódios legendados em inglês. Vale cada minuto!

Mais um caso de plágio?


De acordo com o site americano Manga News, uma das autoras do último Rise Stars of Manga da Tokyopop foi acusada de plagiar o mangá Blade of the Imortal, que sai aqui no Brasil pela Conrad. O nome do quadrinho é Samurai Zombie e nesta página é possível ver as comparações entre ele e Blade. Parece mais que evidente a "referência", no entanto, acho ainda essas acusações de plágio muito estranhas, pois o tratamento dispensado aos acusados tem a ver sempre com a fama que a pessoa tem.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Candy Candy no Torrent!!!!!!


O que eu tanto esperava aconteceu!!!!! Alguém começou a colocar Candy Candy com legendas em inglês no Torrent. Não é o formato ideal, é *.mkv e eu não poderei assistir no DVD. Mas quem se importa? O primeiro pacote com 29 episódios - exatamenter o que foi exibido aqui no Brasil - está disponível no Tokyotosho. Espero que levem a série até o fim... Para quem não sabe ela tem 114 episódios.

Aproveitem, porque é shoujo clássico da melhor qualidade, novelão über-dramático com muitas lágrimas e risadas garantidas. O link direto é este
aqui. Mais que obrigatório!!!!!

Ainda sobre o Dia Internacional das Mulheres


Estou participando de uma discussão sobre gêneros de mangá, se as fronteiras estão se dissolvendo, ou não, e o fato da CLAMP dizer que XXXHolic é shoujo. Acho que algo do que falei por lá, poderia ser colocado aqui:

No Japão, se os gêneros vierem a desaparecer, certamente as mulheres não serão postas fora do mercado. O que a gente não pode esquecer é que o mangá feminino é um campo de expressão política - entendida aqui no seu sentido mais amplo - porque deu voz às mulheres, deu espaço profissional e, em um paíse que paga bem menos para a força de trabalho feminina, mostra que mulheres podem, sim, ganhar o mesmo ou mais que os homens. Perder este espaço de expressão é perigoso.

Esta semana passada acompanhei uma discussão em que alguém - uma moça dessas que parecem ter um cerébro de ervilha - reclamava do "Dia da Mulher" (*no singular ainda, porque todas nós somos iguais*), dizendo que era uma inutilidade, porque ela NUNCA tinha sofrido nenhum preconceito ou discriminação. Eu não entrei na conversa, mas pensei "Bom para você que houve gerações de mulheres que sofreram na carne para que você tivesse a possibilidade de nunca ter sofrido nenhuma sorte de preconceito ou discriminação. Algumas mulheres, aqui mesmo no Brasil, continuam sofrendo e em outros lugares do mundo, também."

No mangá, foram gerações de mulheres lutando anos por um lugar ao sol, por um espaço para produzir. Shoujo mangá para mim representa isso. Ele é necessário? Se não é mais no Japão, no Ocidente, é, com certeza. Afinal, há uma legião de meninas que precisam saber que elas podem fazer quadrinhos falando dos assuntos que quiserem, da forma como elas sentem sem se preocupar se eles serão "universais", ou não. E que esses quadrinhos podem chegar ao grande público, sair do gueto e que isto não é sonho, pois em um país do mundo isso é uma realidade há pelo menos três décadas e meia.

Sobre a Mímesis e XXXHolic


Isso também é parte da discussão que eu postei aqui em outro tópico.

Do ponto de vista da CLAMP XXXHolic é feminino apesar de estar dentro de uma revista inegavelmente masculina... Mas eu estava me remetendo a idéia de mímesis de Luce Irigaray: existe uma cultura feminina, mas que nós mulheres somos pressionadas, por sobrevivência, a operarmos em dois níveis sempre: a nossa esfera feminina (*intimista, sentimental, detalhista, etc*), construída culturalmente (*e que ninguém veja como natural*) e que é vista como inferior pela cultura masculina como inferior e menor e a dita cultura universal (*masculina*) e seus códigos.

Vejam que o número maior de mulheres produzindo shounen mangá com sucesso - vide caso extremo de Rumiko Takahashi - pode evidenciar exatamente isso: para as mulheres é muito menos complicado falar aos homens, porque nós estamos temos que fazer esta ponte todos os dias, enquanto o oposto já não acontece com freqüência. No Japão, os homens abandonaram o shoujo mangá em massa não porque ele pagava menos por princípio, mas, sim porque não conseguiam mais falar às meninas que tinham crescido. Dialogar com crianças era fácil, com jovens mulheres e seu universo, nem tanto.

Durante muito tempo o shoujo mangá foi uma expressão inegável dessa dita cultura feminina, do mundo interior, dava voz às mulheres e tocava fundo em seus problemas - de forma deliberadamente crítica, ou não, ao mesmo tempo em que ajudava a construir culturalmente novas gerações de mulheres. Mas nada é estático, nem a sociedade e suas expressões culturais, nem a produção feminina, nem a maneira de ser mulher ou homem em uma dada cultura. Por isso, tanto o shoujo quanto o shounen mudam, tomam emprestadas características que antes pareciam não lhe pertencer.

Hoje existem homens que escrevem shoujo sob pseudônimo, mas acredito que sejam poucos. Tem um chamado George Asakura que ganhou o Kodansha Award de shoujo mangá recentemente. Antes dele, o único homem premiado que eu me lembre - já na época do shoujo mangá dominado por mulheres - é o Shinji Wada. Este, aliás, ainda continua roteirizando, foi anunciado mangá recente dele com arte da autora de Gakuen Heaven e Cantarella. Wada não é bom desenhista, mas cria histórias interessantes e foi quem criou o primeiro shoujo policial, Sukeban Deka. Outro exemplo recente é Deep Love, que muita gente tanto gostou, tem um homem como roterista, também. Ou seja, são homens que conseguem escrever para mulheres, que mostram que isso é plenamente possível sem nos tratar como idiotas como alguns novelistas da Globo, e recebem reconhecimento por isso.

Dentro da esfera dos feminismos, busca-se fazer a transição crítica, com o objetivo de perceber as construções de gênero, os preconceitos e desmontá-los. (Para discussão e aplicação do conceito de Mímesis, ver: PLATEAU, NAVARRO-SWAIN)

Fórum da Tokyopop


A editora americana Tokyopop, responsável pela grande divulgação do shoujo mangá nos EUA, decidiu abrir um fórum. Para quem quiser dar uma olhada, o endereço é este aqui.

terça-feira, 14 de março de 2006

Três Espiãs Demais em Quadrinhos


Se mangá para meninas vende, se W.I.T.C.H. vende, Três Espiãs Demais (Totally Spies) em formato HQ deve vender também. Então a Tokyopop, pioneira no tratamento de mangá como mangá nos EUA e no investimento pesado em shoujo mangá, vai investir nas três espiãs patricinhas de Bervelly Hills. Acho esta série intragável se comparada com Kim Possible da Disney - também publicada em formato cine-manga pela Tokyopop - mas sei que deve fazer um grande sucesso por lá. Sair aqui no Brasil é questão de tempo. De acordo com o ICV, o objetivo é atingir aquilo que nos EUA é chamado de "tweens", isto é, meninas que não se consideram mais criança, mas ainda não são adolescentes de fato.

XXXHolic é shoujo... pelo menos para a CLAMP


O Flávio, leitor da minha coluna no Anime-Pró, escreveu alertando que na última entrevista dada pela Nanase Ohkawa e o diretor da I.G. Productions disponível on line, eles se referiram à XXXHolic como shoujo. É como eu disse, o critério revista se impõe como um consenso, MAS se a autora diz que XXXHolic é shoujo, não posso rolar para debaixo do tapete.

Eu, particularmente, acredito que a CLAMP não teria dificuldade de publicar seus shoujos em revistas desse gênero, e a Young Magazine é uma revista seinen, isto é, para rapazes e homens jovens. Então, o que um shoujo faria lá? Acredito que a CLAMP esteja de fato transcendendo os limites do gênero, o grupo criou um estilo próprio que está em permanente mutação e tem uma legião de fãs que seguiriam as autoras e comprariam seus materiais em qualquer revista que fossem publicados. Mas se XXXHolic é para garotas, repito, por que não está em uma revista josei? Estranho, não? Acho que os entrevistados querem é atrair a audiência americana que está se viciando em shoujo.

Então fica dito: para a CLAMP, mesmo que XXXHolic saia em uma revista seinen recheada de mangás com muito fanservice para garotos é considerado shoujo pelas autoras. A SÉRIE É DELAS, então, não posso omitir a informação. Logo, podemos dizer que temos três shoujos em publicação no Brasil: Fruits Basket, Angel Sanctuary e XXXHolic. Obviamente, como não concordo com o que foi dito na entrevista, logo, não retiro nada do que disse antes, mas está feita a correção e agradeço muito a quem escreveu me alertando. Esta nota entrará na próxima coluna também.

segunda-feira, 13 de março de 2006

Top 10 da Taiyosha


Os dez mais vendidos de acordo com a Taiyosha para a semana de 6-12 de março. A lista está disponível no site Manga Cast.

1. Bleach #21
2. Hunter×Hunter #23
3. Angel Heart #18
4. Eyeshield 21 #18
5. Baki #31
6. Baki Gaiden ~ScarFace~ #2
7. 20th Century Boys #21
8. Y十M #3
9. Sengoku #8
10. Steel Ball Run #7

Shoujo e Yaoi na MTV Americana


"Aqui está uma virada inesperada: muitos quadrinhos nos dias de hoje são para garotas – especialmente quando eles são sobre garotos que estão apaixonados uns pelos outros." É assim que começa mais uma matéria falando da influência do shoujo mangá, especialmente o yaoi, nos EUA. O artigo em questão é a transcrição de uma reportagem exibida na MTV americana. Com uma imagem de Tohru de Fruits Basket ao fundo, o apresentador se mostra surpreso diante da onda de garotas que lêem mangá. Nas ruas e livrarias, mais jovens são entrevistadas. Que bom que agora é impossível ignorá-las.

"Muito do foco dos mangás está nos relacionamentos e nas vidas dos jovens – ao invés dos homens de colant – e têm atraído as garotas para os quadrinhos de uma forma que o Super-Homem ou os X-Men nunca conseguiram." Bingo! Bem na mosca. Só não entende o básico do fenômeno quem não quer. Depois disso, como de praxe o artigo começa a falar do pioneirismo da Tokyopop e de seu papel relevante para que os mangás fossem tratados como mangás e os shoujo ganhassem espaço nos EUA.

"Nós estamos apenas tentando dar representatividade a todos os tipos de narrativa, todo o tipo de pessoas que estão lá fora, todos os estilos de vida. (...) Na verdade, nós vamos fazer mangás cristãos também. Temos a sensação de que se você está lendo um tipo de mangá, você provavelmente não irá ler o outro." Aqui eu discordo um pouco, não na parte de tentar contemplar todos os grupos, porque isso é magnífico. Só não acho que o público de um tipo de mangá, em especial o pessoal que vem consumindo shoujo e yaoi, seja refratário a outros tipos de produto. Aliás, a depender da qualidade desses "mangás" cristãos, eles só vão vender porque os pais e mães vão comprar e empurrar para os filhos, para salvá-los dos quadrinhos perniciosos...

E qual a próxima fronteira? Diz a matéria que são os quadrinhos coreanos, os manwha, e, o que não deixa de ser interessante, os mangás yuri. Se os romances entre meninos pegaram, nada impede que os entre meninas não dêem. Depois de Willow e seus romances no seriado da Buffy e Xena e Gabrielle o público de lá está masi que preparado. Ah, quem quiser assistir ao vídeo da matéria, é só clicar *AQUI*.

sábado, 11 de março de 2006

Site oficial de Nana no ar


O site oficial do anime baseado no mangá Nana, já está no ar. Mais um incentivo para que as editoras daqui prestem atenção na obra... anime, muita gente baixa pela net e passa a conhecer a obra original indiretamente. Claro que muitos negam isso, ou tergiversam quando querem posar de grande paladinos da luta anti-pirataria. Mas isso é assunto para outro post. Enfim, espero que a série tenha a qualidade que a obra de Ai Yazawa merece.

Shoujo X Shounen


Ainda rola muita dúvida por aí - algumas lançadas por ignorância ou preguiça, outras por má fé mesmo - sobre o que definiria um mangá quanto ao gênero. Rotular categoricamente é impossível, mas na falta de outro critério, vá pela origem do título. Por exemplo, onde foi publicado Love Hina? E Chobits? Basta ser CLAMP para ser shoujo? Basta ter romance e traço bonitinho? Não.

Os três últimos títulos da CLAMP a saírem no Brasil, por exemplo, são shounens. Angelic Layer saiu na mesma revista que BT'X, a Shounen Ace, sendo o primeiro mangá shounen da CLAMP. Tsubasa sai na Shounen Magazine. XXXHolic sai na mesma revista de Initial D, a Young Magazine. Não resta dúvidas, certo?

Falo de má fé, porque não raro alguém diz, gente que parece informada, que eu não posso reclamar da falta de shoujos por causa dos títulos CLAMP. Fossem eles realmente shoujos, até poderia ser assim, mas não são. Temos pouquíssimo shoujos no Brasil, publicados ou em publicação.

Outra coisa, mangá spin-off que teve origem em anime será shounen ou shoujo a depender da revista onde foi publicado. Princess Tutu é shounen, Cowboy Bebop, shoujo. Estranho, claro, mas um saiu na Champion Red Comics e o outro na Asuka. E os animes, são shounen ou shoujo por causa dos mangás que vieram depois? Não. Os produtos originais visavam o grande público e não devem ser rotulados a não ser qque sejam derivados de mangá, como Sailor Moon. Para sanar dúvidas, eu recomendo consultar este artigo no site do Prof. Matt Thorn. Aliás, ele responde perguntas e muito do que disse no último parágrafo é baseado em um e-mail que recebi dele.

Dia Internacional da Mulher


Não pude postar nada no dia 08 de março por causa da correria, aliás, nem escrevi coluna para o Anime-Pró ainda... foi uma semana bem difícil. Devo tentar fazer um post longo depois, tinha até pensado em um texto especial... enfim... De qualquer forma, vou postar um texto da Bia Abramo muito bom que foi publicado no domingo passado. Um texto que diz muito sobre como é possível retratar as mulheres de forma diferente na ficção. Este link é da Folha de São Paulo, como muita gente não tem acesso, o texto será disponibilizado na íntegra.

Mulheres poderosas aparecem na TV

BIA ABRAMO
COLUNISTA DA FOLHA


Vitória aperta a mão de Júlia, elas se olham nos olhos e se abraçam - um pacto contra a maldade do mundo está firmado. A cena é de "Belíssima", a novela de Silvio Abreu que, contra todas as expectativas, está com índices altos de audiência. Ponto para o autor: em vez de uma heroína romântica, sofredora e solitária, a novela tem duas amigas brigando juntas.

É uma novidade de "Belíssima" trazer para o centro da ação duas mulheres em vez de uma só, boa, em conflito com uma outra, má. Silvio Abreu sempre acreditou em mulheres poderosas (e do bem) - a novela está cheia delas, desde a sestrosa Safira à doce Sabina -, mas dessa vez deu um passo além ao fazer de Vitória e Júlia aliadas leais.

Como se sabe, a lealdade e a amizade entre mulheres é negada de maneira veemente nas sociedades sexistas -a associação solidária de duas mulheres é por demais assustadora.

Sinal dos tempos, com certeza. A TV, conformista que é, sempre foi território dos estereótipos mais tacanhos, das imagens de gênero mais autoritárias, do machismo mais vulgar. Ainda é - na propaganda ou no entretenimento, a objetificação do corpo feminino continua sendo uma tediosa e ofensiva moeda corrente-, mas não só.

Mulheres legais - entenda-se: do bem, donas de seu nariz, de seu corpo, poderosas etc. - , comportamentos e identidades considerados pouco femininos até pouco tempo atrás e sexualidades mais diversas têm aparecido aqui e ali, sobretudo na ficção.

É claro que os seriados norte-americanos incorporaram antes e melhor as conquistas do feminismo (e do pós-feminismo). "Sex and the City" é um exemplo óbvio e "The L Word", idem, mas há muitos outros.

Entre os mais recentes e interessantes, estão os que desafiam algumas da convenções mais intocáveis, como a bondade fundamental da mãe de família, em séries como "Weeds" e "Desperate Housewives".

Ah, sim, e num seriado considerado menor, "That 70's Show", há a sensacional Donna, um garota grande, meio molecona, que não leva desaforo para casa, sobretudo do namorado.

(Aliás, Maria João, da mesma "Belíssima", também recusa a feminilidade-padrão e vive em atritos com a mãe gostosona e a irmã modelo por conta de suas escolhas identitárias; espero que o autor não a revele lésbica mais adiante).

Aqui, as coisas sempre foram hesitantes nesse terreno, mas, mesmo assim, já são muitas as mulheres bacanas e as garotas superpoderosas que circulam pela TV -uma lista possível teria, além das já citadas, Marinete e Ipanema, do seriado cômico "A Diarista", Penny Lane, de "Bang Bang", Dona Nenê, de "A Grande Família"... Viva elas, mesmo que só existam na ficção.

biabramo.tv@uol.com.br

Novos Mangás da JBC


Nenhuma surpresa, afinal, a JBC vai lançar mais CLAMP, como todos nós já sabíamos. Agora, ninguém esperava que fossem dois ao mesmo tempo, XXXHolic e Tsubasa, nem que a editora fosse publicá-los bimestralmente. A estratégia é clara: os mangás estão em andamento, tem ligação entre si, alternando meio volume de um, meio volume de outro, haverá muita coisa para publicar durante um bom tempo antes de alcançar a edição japonesa.

Como todos devem estar cientes, não sou fã da CLAMP, apesar de Tokyo Babylon ter sido o melhor mangá que li em português por muito tempo. Por isso mesmo, deixo algumas ponderações:

1. Fico decepcionada porque nenhum dos dois mangás é shoujo. Tem gente que não sabe disso e já vieram até me cutucar que "eu não posso reclamar que não publicam shoujo no Brasil". Esse pessoal deveria ir pesquisar antes de fazer gracinhas. Pois bem, a JBC nos deixa agora com um único título shoujo correndo, Fruits Basket. O que somado a Angelic Layer e o possível shoujo da Panini, são três. Muito pouco, podem contar quantos mangás temos nas bancas.

2. Achei ótimo a idéia da periodicidade bimestral. Só que com meio volume não dá. Um volume a cada dois meses fornece um número de páginas ideal, meio tankoubon é enrolação.

3. Se o meio volume é R$5,90 a JBC está atualizando os preços e igualando suas concorrentes, só que sem oferecer a mesma qualidade, isso para mim é altamente problemático. Se cobram o mesmo que as outras, devem oferecer qualidade compatível.

4. Devo comprar pelo menos o primeiro volume de cada um e ver como é. Possivelmente não continuarei lendo. Não posso falar nada agora de nenhum deles, pois não ponho defeito antes de ler pelo menos um pouquinho e não li nada nem de XXXHolic nem de Tsubasa, exatamente porque não me interesso por correr atrás de coisas com o novo traço das meninas. O último mangá CLAMP que baixei foi Wish, que ainda espero ver por aqui.

5. A JBC confirma seu compromisso com em publicar os mangás das meninas, isso não é um problema desde que venha equilibrado com outros lançamentos. CLAMP vende, tem público certo, e talvez ajude a JBC a compensar perdas com outros mangás. Se o jogo é este, não vejo problema, pior seria cancelar mangás sem dar satisfações adequadas como certas editoras que conhecemos bem.

quinta-feira, 9 de março de 2006

Top 10 da Tohan


Ranking da Tohan para a semana que terminou no dia 8 de março. Está disponível no site Manga News. Nesta semana, nenhum shoujo está entre os dez.

1. Bleach vol.21
2. Hunter x Hunter vol.23
3. 20th Century Boy vol.21
4. Vagabond vol.22
5. Eyeshield 21 vol.18
6. MPD-Psycho vol.11
7. Oishinbo vol.94
8. Detective Conan vol.53
9. Keroro Gunso vol.12
10. Mushishi vol.7

terça-feira, 7 de março de 2006

Ranking da Taiyosha


O ranking da Taiyosha da semana que terminou no dia 5 de março. A lista está no site Manga Cast.

1. Bleach #21
2. HunterXHunter #23
3. 20th Century Boys #21
4. Eyeshield 21 #18
5. Vagabond #22
6. Oishinbo #94
7. Kashimashi ~Girl Meets Girl~ #3
8. Kikou Majitsushi ~Enchanter~ #10
9. DragonQuest Side Story ~Crest of Lodo~ #2
10. Steel Ball Run #7

Neo Tokyo: Compre pela Internet


A revista Neo Tokyo, a nova publicação informativa sobre animes e mangás no Brasil, pode ser comprada pela internet agora. Como a distribuição não parece ser regular, por exemplo, aqui em BSB eu ainda não encontrei, acho que é uma boa pedida. Quem quiser informações de como adquirir a Neo Tokyo é só visitar o site do Anime-Pró. E para quem qusier saber, bem, escrevo para a revista, mas sei que ela tem que melhorar muito. Então, aproveitem e escrevam e-mails com críticas e sugestões também.

segunda-feira, 6 de março de 2006

Mangá é um problema?


Tem uma matéria no site ICV sobre um encontro de especialistas da área do entretenimento nos EUA, o tema da discussão é "Mangá é um problema?". Enfim, eles reproduziram duas opiniões diversas, a primeira a do representante da 4Kids, aquela que mutila animes impiedosamente até hoje, e a segunda de um dos diretores da Pantheon Books. Eis os trechos com comentários:

“Eu acho que o mangá é um problema, porque nós estamos em uma sociedade que não tem a cultura da leitura. Crianças hoje não lêem, elas lêem menos hoje em dia. Em toda a pesquisa, nós descobrimos que elas estão assistindo mais televisão, elas ficam mais tempo na Internet, e neste meio, mesmo sendo o rei, você é muito descartável. Porque da forma como as coisas são apresentadas agora, elas saem de graça. Nós estamos transmitindo pela net muitos dos nossos shows agora. A razão porque fazemos isso é porque queremos que as crianças assistam o máximo que puderem, e que elas fiquem envolvidas pelo conceito e saiam para comprar nossos produtos. Os produtos não são de graça. O conteúdo é que será gratuito. E o mangá, na minha opinião, é um peixe fora d’água nos EUA. Nunca conseguira ter grande importância por aqui, porque as crianças da geração do computador ou da Internet, não irão ler. Elas não costumavam ler e não vão começar agora.” (Al Kahn, CEO of 4Kids Entertainment)
Sinceramente? Acredito que esse sujeito quer um mundo de gente incapaz de ler, um mundo movido somente por imagens, de preferência as fornecidas pela empresa dele. Aliás, a 4Kids faz um péssimo trabalho com animes, se a audiência, através da leitura, se informar das mutilaçõe spode correr atrás dos animes completos. Enfim, aqui o mangá é secundário, o que me assusta é como alguém pode defender a pobreza cultural e o fim da elitura de forma tão pacífica.

“A analogia para um quadrinho é a tela do computador. Você está olhando para a mesma relação entre a palavra e a imagem dentro de um pequeno retângulo branco. E as gerações que cresceram com os computadores sabem como olhar para a tela e lê-la imediatamente. Para elas, quadrinhos é algo natural. É o que elas estão olhando para. Ele se torna um condutor de informação com o qual eles estão completamente familiarizados. Eu tenho a sensação de que podemos chamar de mídia ou de linguagem, é uma linguagem universal. Toda a controvérsia sobre as charges dinamarquesas no último mês confirma isso. Quadrinhos têm um poder que poucas outras mídias têm. Por isso o futuro pode ser ao mesmo tempo muito brilhante e, também, muito assustador.” (Dan Brown, Editorial Director of Pantheon Books)
Uma visão bem mais interessante das possibilidades de interação das imagens com o texto e sua difusão. Os quadrinhos, qualquer que sejam o tipo, conseguem se difundir pelo mundo com muita facilidade. O mundo da internet não é somente feito de imagens, mas de palavras e a analogia entre o quadrinho e a tela é perfeita. Neste sentido, enquanto houver bons quadrinhos, haverá o interesse. Os mangás têm sido mais democráticos contemplando a diversidade, daí a aparente vantagem hoje, mas o futuro é incerto e mudanças são sempre bem-vindas.

sábado, 4 de março de 2006

Serenity: Outra Matéria


Mais uma matéria sobre Serenity, o quadrinho cristão em estilo mangá. Desta vez, é claramente colocado como produto que visa atingir as garotas. Interessante é que o autor - que parece realmente ser um legítimo representante pop da direita protestante americana - recebeu a proposta de Stan Lee (*Precisa dizer quem é?*) para criar algo cristão em estilo supers, mas o autor não se empolgou e percebeu que as meninas estavam lendo mangá porque não havia quadrinhos para elas, viu os lucros que os mangás estavam tendo e... assistiu Sailor Moon! Enfim, a gente sabe bem que há espaço para tudo, mas a brecha para Serenity foi aberta pelo shoujo mangá. Frases do cara:

"Tudo o que estamos fazendo é pegando um formato de mídia popular usando para expressar as preocupações do dia-a-dia da nossa audiência alvo. Nós estanhos trazendo o Cristianismo de volta ao mainstream, que é o lugar ao qual ele pertence."

Bem direto e objetivo.

"Nós queremos dazer alguma coisa na qual as personagens tenham crescimento real e progresso em suas vidas."

Lição tirada diretamente dos mangás.

"Houve quadrinhos Cristãos antes de 'Serenity', mas esses quadrinhos tendiam a cair em duas categorias - essencialmente a história de super-heróis com anjos e as histórias sentimentalóides sem nenhum pé na realidade."

Sem dúvida, ele deve estar certo. Acrescentaria os quadrinhos bíblicos daqueles com desenhos bem sérios e desinteressantes. Tudo muito formal, tradução direta do original americano. Ganhei uma coleção da Vida do Apóstolo Paulo em quadrinhos quando ganhei um concurso na Igreja. Foi lá nos extras que conheci a história do mártir Policarpo e vi pela primeira vez a lista com as "7 maravilhas do Mundo Antigo"

"Nós não somos um nicho. Nós somos o mainstream que o mundo secular das editoras e do entretenimento ignorou por muito tempo. Eu não estou dizendo que é dever deles sustentar esses valores (*cristãos*), mas por um longo tempo eles agiram como se os Cristãos não existissem. Os valores Cristãos são os valores dominantes da nação."

Se Serenity não fosse tão fraquinho eu ficaria com medo. Mas dizer qeu a indústria de entretenimento americana esqueceu os cristãos é uma mentira. Aliás, quem foi um dos grandes responsáveis pela perseguição e castração da criatividade dos artistas de lá, não foram os representantes dos tais valores cristãos? Só que para o cara do estúdio Buzz isso não conta...