Matéria do Correio Braziliense sobre o volume final de Adolf. Só elogios, claro! Eles fizeram várias matérias desde a estréia, inclusive recomendando a leitura aos vestibulandos. Muito justo, sem dúvida alguma. ^_^ Eu comprei todos os volumes e acredito que foi mais um gol da Conrad. Não sei o que virá depois, mas duvido que não lancem outro Tezuka. Agora é esperar notícias sobre Paradise Kiss... E torcer para acertarem com esse mangá.
Fim da saga de Adolf
O encontro de dois Adolfs: retrato do mundo pré-segunda guerra
Não bastasse o lançamento da coleção Calvin e Haroldo, a Conrad também pôs nas bancas o último número da série Adolf, do mestre japonês Osamu Tezuka. Acredite: o desfecho da história é surpreendente, um dos melhores roteiros de quadrinhos já lançados nos poucos mais de 100 anos em que a arte seqüencial deu o ar de sua graça no planeta Terra.
Lançada em cinco volumes, a série parte de um argumento brilhante: tendo como pano de fundo a Alemanha e o Japão pré-Segunda Guerra Mundial, o autor mostra a história de três homens chamados Adolf. Um judeu, um filho de oficial alemão e de uma japonesa e o próprio Hitler.
Nos primeiros volumes, Tezuka mostra os preparativos para a guerra em território japonês e alemão, esmiúça os preparativos para o conflito, a criação da propaganda nazista e suas ações para enraizar o anti-semitismo, e tem como leitmotiv uma carta na manga: tudo gira em torno de um suposto documento que prova que Hitler também era judeu. A partir disso, consegue produzir um roteiro em ritmo de thriller, com seqüências de tirar o fôlego até dos mais criativos.
Ao mesmo tempo, tece tramas paralelas, mostrando como e por que o preconceito, a intolerância e o medo se instalaram nas duas sociedades. Esse recurso, usado com maestria por Tezuka, é recorrente nos mangás e se chama sandan-banashi (contos trípticos), que, segundo o posfácio do quinto volume de Adolf, seria uma técnica herdada dos velhos contadores de história japoneses, tradição que remonta a muitos séculos.
Recomenda-se a leitura dos primeiros antes. Será impossível degustar – ou entender – a história sem ter lido os outros. Em Tezuka, quadros e frases se encaixam como em um quebra-cabeça de milhares de peças. Antes de ficar pronto, você sabe que é bonito. Mas só depois do último encaixe é que se pode admirar, com total encanto, o tamanho, a beleza e a riqueza de detalhes do que se tem em frente. (DR)
O encontro de dois Adolfs: retrato do mundo pré-segunda guerra
Não bastasse o lançamento da coleção Calvin e Haroldo, a Conrad também pôs nas bancas o último número da série Adolf, do mestre japonês Osamu Tezuka. Acredite: o desfecho da história é surpreendente, um dos melhores roteiros de quadrinhos já lançados nos poucos mais de 100 anos em que a arte seqüencial deu o ar de sua graça no planeta Terra.
Lançada em cinco volumes, a série parte de um argumento brilhante: tendo como pano de fundo a Alemanha e o Japão pré-Segunda Guerra Mundial, o autor mostra a história de três homens chamados Adolf. Um judeu, um filho de oficial alemão e de uma japonesa e o próprio Hitler.
Nos primeiros volumes, Tezuka mostra os preparativos para a guerra em território japonês e alemão, esmiúça os preparativos para o conflito, a criação da propaganda nazista e suas ações para enraizar o anti-semitismo, e tem como leitmotiv uma carta na manga: tudo gira em torno de um suposto documento que prova que Hitler também era judeu. A partir disso, consegue produzir um roteiro em ritmo de thriller, com seqüências de tirar o fôlego até dos mais criativos.
Ao mesmo tempo, tece tramas paralelas, mostrando como e por que o preconceito, a intolerância e o medo se instalaram nas duas sociedades. Esse recurso, usado com maestria por Tezuka, é recorrente nos mangás e se chama sandan-banashi (contos trípticos), que, segundo o posfácio do quinto volume de Adolf, seria uma técnica herdada dos velhos contadores de história japoneses, tradição que remonta a muitos séculos.
Recomenda-se a leitura dos primeiros antes. Será impossível degustar – ou entender – a história sem ter lido os outros. Em Tezuka, quadros e frases se encaixam como em um quebra-cabeça de milhares de peças. Antes de ficar pronto, você sabe que é bonito. Mas só depois do último encaixe é que se pode admirar, com total encanto, o tamanho, a beleza e a riqueza de detalhes do que se tem em frente. (DR)
2 pessoas comentaram:
Pois eu acredito muito que saia outro Tezuka.
Buda foi um grande sucesso de vendas. Não sei quanto a Adolf, mas deve ter sido também.
Li ambos e são muuuito bons!
Tezuka é com certeza um dos melhores autores. Que venham as outras obras dele!
A crítica fica com a Conrad pelo preço salgado da obra, vale a pena, mas limita o acesso a muitas pessoas. Mas a Conrad costuma lançar depois os pacotes completos com um bom desconto.
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