O Comipress trouxe links para várias matérias. Uma do The Guardian, enfatiza que Japão e Rússia são os dois únicos países do G8 que não têm legislação proibindo a posse de imagens pornográficas com crianças. A nova legislação é menos resultado da vontade política da gerontocracia machista japonesa e mais fruto da pressão internacional. O The Guardian comenta ainda que a preocupação com esse tipo de material cresce no Japão e que parte da sociedade exige um posicinamento do Estado, afinal, um dos grandes hits da temporada passada, foi o álbum intitulado "Melting Pudding" estrelado por uma idol de 9 anos usando biquini. Cita, também, o caso do fotógrafo preso por conta das fotos de uma menina de 14 anos em roupas transparentes (ver post anterior). A matéria do The Guardian cita a dificuldade em incluir os mangás lolicon dentro da legislação repressiva, e o assunto é comentado também na matéria do site AHN. Esta última matéria diz:
Yuka Saito do Escritório da Unicef no Japão disse ao Guardian Unlimited que desejavam incluir os mangás na legislação, mas que têm encontrado dificuldades. "Nós sempre encontramos argumentos sobre liberdade de expressão, mas se nos EUA e em ontros países este tipo de material pode ser colocado fora da lei, por que o Japão continua à tolerá-lo?" Saito diz.Talvez seja tradição, como caçar e comer baleias, não é mesmo? Só falta aparecer alguém para dizer "Parem de nos pressionar países ocidentais hipócritas ou continuaremos fazendo lolicon cada vez mais hardcore inundaremos a net até que vocês se cansem de falar e baixar nossos mangás e animes". Realmente...
6 pessoas comentaram:
Valeria, sempre defendi que a infancia deve ser protegida. Mas será que caçar mangás lolicon (animes eu até entendo) não é um pouco de exagero? São obras de ficção que não envolvem crianças de carne e osso. Claro que a venda tinha que ser proibida pra menores. Mas censura previa e sumaria não é demais?
Ass.: Pitoresco
Em nosso país, muitos mangás lolicon seriam facilmente enquadrados como apologia ao crime, comentei isso em outro post, mas se alguém formado em direito quiser esclarecer, fique a vontade. Mas vamos lá, suponha que o mangá tenha como trama uma menina de oito anos que é seqüestrada, estuprada e mantida em cárcere privado por um sujeito, depois, lá com seus 11 anos engravide. Ou então, um rapaz que oferece serviços de baby-sitter e que enquanto os pais deixam tranqüilos seus bebês (*sim, de bebês*) ele os estupra. Ambos são mangás reais, que existem e vendem no Japão e não são obras de terror ou o agressor é o vilão. O estuprador é o herói, aquele que faz o que o leitor desejava fazer.
Será que o cara que consome esse tipo de material - sim, é cois para homem - não é o mesmo que buscaria a criança de carne e osso? Será que o cara que deseja esse tipo de coisa, que sonha com isso, não deveria ser conduzido a uma ajuda psiquiátrica e, não, ser estimulado por uma indústria que oferece um Kodomo no Jikan para menores. Eu sou a favor da censura prévia deste material, sim. Palavra pesada, idéia que remonta a ditadura, mas que, neste caso específico, me parece desculpa para acobertar pedófilos, sujeitos que fazem apologia ao ato sexual com crianças, à violência contra meninas, meninos e mulheres. Mas dá dinheiro, o Japão tem tradição em ser frouxo com essas coisas e, sim, a gente pune depois que o cara seqüestrar e matar menininhas à caminho do colégio. Já aconteceu. Só por coincidência, todos os crimes envolvendo esse tipo de pedófilo e chegam à mídia (*será perseguição?*) sempre detectam material lolicon em sua casa. Às vezes não encontram o material com meninas reais, mas está lá o inofensivo mangazinho.
Podem me rotular do que quiserem, mas o cara que deseja este tipo de material, que se excita com ele, já merece atenção, primeiro de um bom psicólogo e psiquiatra, para que não termine nas mãos da polícia ou de uma turba de linchadores. E, antes que algum bom samaritano venha perguntar se não tenho pena ou preocupação com o que fazem com este tipo de criminoso na cadeia, digo que me preocupo primeiro com as vítimas, deixo os agressores que passam à categoria de vítimas para outros que queiram se preocupar com seu bem estar.
E defensores do lolicon e de Kodomo no Jikan (*não é o caso do Pitoresco que estava ponderando a questão*), nem adianta tentar postar aqui. Eu não vou publicar. Posição da dona do blog.
Concordo com você Valéria. Nesse caso a censura é o menor dos males.
E falo isso com pesar, porque pra mim o livre arbítrio é uma das coisas mais importantes. Lógico que ele acaba quando chega no limite dos outros.
Ass: Tang
Como alguem com muitos sobrinhos (sendo duas meninas) eu me coloco completamente a favor da proibição desse crime, não apenas no formato manga, mas tb em comics, filmes, etc.
E mais, se fosse possivel gostaria que a compra desse material fosse rastreada p/ chegar até os consumidores e quem sabe evitar possiveis crimes.
Liberdade de expressão é um direto sim, mas como todos tb deve ser utilizado com responsabilidade. E previnir crimes, ou ao menos sua apologia é dever do estado e de qualquer cidadão.
Isso mesmo, depois dos mangas nós vamos proibir( Jogos Mortais, O massacre da serra elétrica, Sexta-feira 13) porque quem assiste esse tipo de filme claramente tem intenção de sair torturando e esquartejando as pessoas nas ruas.
Me poupem, se um ser humano adulto, em pleno gozo de suas faculdades mentais não tiver condições de diferenciar uma obra de ficção de algo real, não vai ser a simples proibição de tal material que vai trazer segurança as nossas crianças.
Vamos colocar fogo em tudo, criar uma cultura única e universal e voltar pras cavernas, aí todo mundo segue uma só lei e acaba o papo furado.
Matéria de 2008 e o sujeito vem dar chilique... Amazing!
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