quarta-feira, 4 de junho de 2008

Eu Vejo Novela: Evento no CCBB



Deve ser um evento legal, Heloísa Buarque de Hollanda e Mirian Goldenberg são ótimas. Esse eu gostaria de assistir. Pena que estou em Brasília e enrolada... A programação completa não está no site ainda, infelizmente. Assim, só sabemos quem são os entrevistados de junho Sílvio de Abreu e Marcílio Moraes. Serão seis encontros ao todo.

Para quem não sabe, Marcílio Moraes foi o autor que revolucionou a teledramaturgia da Record com a excelente "Vidas Opostas" que mostrou uma favela de verdade e, não, a fake Portelinha. O que eu não sabia é que ele foi o autor da insossa "Sonho Meu". Será que vai ter Walter Negrão? Atualmente, não assisto regularmente nenhuma novela, mas elas são, sem dúvida alguma, o maior produto de exportação do Brasil e guardam muitas similaridades com os mangás em termos de estrutura e pelo fato de serem uma obra aberta, por exemplo.

TELEVISÃO: AUTORES DEBATEM NOVELAS NO CCBB DO RIO
Silvio de Abreu, autor de novelas como "Rainha da Sucata" e "Belíssima", e a antropóloga Mirian Goldenberg abrem a série de encontros Eu Vejo Novela, hoje, às 18h30, no CCBB do Rio de Janeiro (r. Primeiro de Março, 66, tel. 0/xx/21/3808-2020; retirar senha uma hora antes). Os debates terão ainda Manoel Carlos, Heloísa Buarque de Hollanda, Gilberto Braga, entre outros.

Auditório 4º andar
04 e 18 de junho - 18h30
Senhas distribuídas 1 hora antes do evento.

Série de 06 encontros, ao longo do ano, com dramaturgos brasileiros, críticos e intelectuais com o objetivo de discutir o papel da novela na cultura brasileira contemporânea e de que forma ela contribui para a formação do imaginário cultural popular. Os debates propõem uma reflexão sobre a estrutura narrativa das telenovelas, suas mensagens subliminares e a definição de papéis sociais.

Silvio de Abreu será entrevistado por Mirian Goldenberg e Valéria Lamego. Começou a escrever novelas ainda na TV Tupi, em 1977. À adaptação de "Éramos seis", seguiram-se clássicos do humor, suspense e drama que marcaram época, como "A guerra dos sexos" (1983), "Rainha da sucata!" (1990), "A próxima vítima" (1985) e "Belíssima" (2005-2006). Formado em cenografia pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, surpreendentemente iniciou sua carreira como ator de teatro, cinema e até mesmo telenovelas como "A próxima atração" (1970-1971). Foi também diretor de filmes, antes de se dedicar exclusivamente ao texto, não por acaso, repleto de referências cinematográficas. Dia 04.

Marcílio Moraes entrevistado por Beatriz Resende e Cristiane Costa. Antes de se tornar autor de telenovelas, foi professor, jornalista, publicitário, crítico de teatro e revisor. Na década de 1970, roteirizou peças para o teatro e, nos anos 80, em parceria com vários autores, escreveu novelas e minisséries da Rede Globo, onde trabalhou de 1984 a 2002. Marcílio foi companheiro constante de Dias Gomes e co-autor de sucessos como "Roque Santeiro" (1985-86) e "Mandala" (1987-88). Assinou "Sonho Meu" (1993), mas consagrou-se mesmo como pioneiro da teledramaturgia da TV Record, onde escreveu a campeã de audiência "Vidas Opostas" (2007-2008). Dia 18.

7 pessoas comentaram:

Eu sempre gostei de novela, mas atualmente não me empolgo com nenhuma. A não ser a bizarramente divertida Caminhos do Coração que parece fez sucesso a final teve sua nova temporada iniciada agora no começo de junho.

Ta certo que é muito tosco, mas é bem ver algo tão nerd na TV. Ate me lembra aquelas ousadias da globo como Vamp, Olho por Olho e mesmo Que Rei sou eu?

O seu comentário sobre Caminhs bate com um artigo que estava hoje na coluna Ooops:

"04/06/2008 - 11h26
"A Favorita" vira "Rejeitada"; "Mutantes" atraem garotada
Ricardo Feltrin
Colunista do UOL
O segundo episódio de "A Favorita", da Globo, marcou 35 pontos. Em seu segundo dia, a novela já mantém o título de pior performance da emissora em horário nobre, em todos os tempos, e vem sendo chamada nos corredores, jocosamente, de "A Rejeitada".

O primeiro episódio de "Os Mutantes", seqüência da novela "Caminhos do Coração", deu para a Record 24 pontos de média no Ibope. São três décimos a menos que o último capítulo da antecessora, fato inédito na emissora. A faixa etária que a novela mais atrai - e registra - expansão vai até 17 anos de idade.

Ou seja: molecada. Praticamente um em cada três espectadores "mutantes" tem idade entre 4 e 17 anos, sendo que 57% deles são garotas. E das classes C e B.

A trama, que conta com efeitos especiais muitas vezes feios, também atrai adolescentes classe A (ainda que em salas de discussão o argumento mais comum seja "eu assisto porque é muito tosco".)"

Eu não vejo nenhuma, atualmente está uma baixaria só. E ainda falam que o mangá da Utena que é imoral... Faz tempo que eu assisti uma boa novela. Rei do Gado foi a última, mas a boa mesmo foi Roque Santeiro. Essas sim eram boas novelas, sem apelo sexual e com boas histórias.

Bem, eu não generalizaria ao falar de mídia alguma. A novela que tenho comentado é uma novela das seis. Ela foi muito boa. A censura - que agora tem nome de "classificação indicativa" - limita muito a dramaticidade da novela. A morte de Tobias e Malvina em Escrava Isaura (1976) jamais passaria em uma novela das seis hoje, a própria Ciranda de Pedra de 1982 (*acho*) ousou mais e foi mais fiel ao livro que a atual... enfim, eu detesto generalizações. Se não gosto para os mangás, não faria para as novelas.

É generalizar é sempre ruim, mas comprende a posição da Aline.
Só acho que as novelas estão sofrendo com falta de criatividade e ousadia com relação as tramas.
Mas tb é verdade que sempre ha alguem que tenta ir alem, fazer algo diferente, nem sempre d certo mas pe melhor que ficar só no que é seguro e conhecido.
Mangas são um bom exemplo devido a sua diversidade.
Quem sabe dessa bizarrices não apareça algo que valha a pena?

É, mas as fórmulas de mangá também estão se tornando repetitivas. Há as tais "fórmulas de sucesso" que cada vez estão sendo repetidas com mais freqüência. E só o tempo dirá qe impacto isso terá sobre o mercado, mas as coletâneas já estão sofrendo.

Bem isso tb é verdade,mas ainda acho que os mangas tem uma "margem de manobra maior", do que os meus queridos comics (e mesmo entre eles ha autores que ousam e inovam)e que é possivel reverter o quadro.
Alem do que nós aqui no ocidente ainda nem conhecemos tudo oq eles tem a oferecer. è possivel que com o passar da febre e o equilibrio das vendas, as editoras passem a tentar conquistar novos nichos.

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