segunda-feira, 6 de abril de 2009

Para dragão dormir



Segue a resenha da Folha de São Paulo sobre o filme de Dragon Ball. Como espero o pior e não vou ao cinema assistir (*o trauma de Speed Racer foi mais que suficiente*), não me espantei com a crítica. Deve ser tudo verdade.
Para dragão dormir
"Dragon Ball" chega aos cinemas, mas não deve empolgar os fãs da série


DIOGO BERCITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Você pensou que bastava guardar seus mangás no fundo da gaveta e eles nunca os descobririam, mas aconteceu: um grande estúdio de Hollywood, a 20th Century Fox, gravou um filme de "Dragon Ball" com atores de carne e osso.

O Folhateen já assistiu ao longa, de nome "Dragonball Evolution", que chega aqui na próxima sexta (a classificação indicativa ainda não foi divulgada) e adianta: fãs, temei.

Fica até difícil enumerar o que não deu certo, mas podemos começar com o Goku. Nos cinemas, o herói virou um adolescente tímido, sem amigos nem namorada, que se descobre, de repente, destinado a salvar o mundo de um monstro maligno selado há milhares de anos por uma magia.

Condensado

Estava meio na cara que adaptar um mangá de 42 edições e um desenho animado de mais de 500 episódios não ia dar muito certo. Principalmente se todo o rico caldeirão de personagens, cenários e situações fossem apresentados nas telonas em menos de 90 minutos -já fez as contas do quanto ficou de fora?

Nós sabemos disso, e o diretor do filme, James Wong, também. Por telefone, justificou sua adaptação com o tom de quem já está se preparando para as críticas que estão por vir.

"Eu acredito que é impossível filmar "Dragon Ball" em duas horas ou menos", disse. "Não tem a ver com tecnologia, era possível criar tudo o que quiséssemos. Tem a ver com o que a plateia consegue entender na curta duração do filme."

Para o jovem Justin Chatwin ("Guerra dos Mundos"), que faz o papel de Goku nas telonas, o filme está "bem amarrado" e deve agradar aos fãs. "Mas, se você for ao cinema pensando que vai ver o mangá, ficará desapontado. O intuito do filme é introduzir as pessoas ao mundo de "Dragon Ball"."

De fato, quem não conhece a história emblemática de Goku (veja mais ao lado), contada pelo mestre Akira Toriyama, pode até se divertir com as cenas de ação e uma ou outra piada. Mas os fãs - que, de curiosos, certamente vão conferir com os próprios olhos - talvez esperassem um pouco mais.

Mangá e animê são sucesso
DA REPORTAGEM LOCAL

Talvez você não saiba o que é "Dragon Ball", mas, acredite, há muita gente que sabe bem -mais de 300 milhões de exemplares foram vendidos no mundo desde o lançamento da primeira edição, em 1984.

O sucesso foi tanto que, em seguida, foram produzidos mais de 500 episódios de animê, adaptando e esticando a história para a exibição na TV.

No Brasil, o animê já foi ao ar pelo SBT, pela Globo e pelo Cartoon Network. Já os mangás foram publicados em 1999 pela editora Conrad e abriram o caminho para os gibis japoneses tomarem as prateleiras das bancas por aqui.

"Quando procurei o editor, no Japão, ele exigiu que eu publicasse os gibis sem cores e com leitura oriental, da esquerda para a direita", conta Rogério Campos, diretor editorial da Conrad. "Pensei que jamais daria certo, encarei como custo de marketing. Mas foi um sucesso de vendas!"

Desde então, o formato que parecia fadado ao fracasso - em preto e branco e de trás para frente - tornou-se a base para a publicação das dezenas de títulos que se seguiram.

Enredo longo

"Dragon Ball" foi escrito por Akira Toriyama e conta a história de Goku, um menino alienígena que tem rabo de macaco e força descomunal.

Com sua amiga Bulma, que conhece por acaso, o rapaz viaja o mundo procurando as sete esferas do dragão que, juntas, garantem um desejo realizado. Daí em diante há centenas de personagens e lutas memoráveis, mas o filme já deixou claro -é difícil resumir a história. Vale mais a pena ler ou assistir ao animê.

1 pessoas comentaram:

Poxa, e eu que achei Speed Racer um bom mix de fidelidade e adaptação. ^^

Mas esse caso de DB me lembra o filme da Mulher-Gato (só não digo que é pior pq não consigo imaginar algo mais ruim), se é p/ mudar tudo pq usar um nome ja consagrado?

Só p/chamar belheteria?

Melhor inventar algo novo mesmo.

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