quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ashita no Joe na França



O Manga News francês anunciou hoje que o clássico do shounen mangá e uma das séries mais influentes de todos os tempos ganhará sua edição francesa. O lançamento de Ashita no Joe (あしたのジョー) pela editora Glenat será no festival de Angoulême em janeiro de 2010. A série será publicada na coleção Vintage em uma edição com 10 ou 12 volumes, ainda a confirmar. a edição original teve 20 tomos. Felizes os franceses...

8 pessoas comentaram:

Mais um que não leremos aqui. Mas apenas confirma a pujança do mercado francês de mangás. E lá, a palavra "clássico" desperta uma respeitabilidade imensa. Que inveja.

Se eles lançaram O Coração de Thomas, eu importo. com a vantagem de ser um volume somente, neste modelo vintage.

A França ainda hoje lançando clássicos do mangás. Será que ainda há desculpas pra não termos mangás clássicos publicados no Brasil?

Como se faz para importar? Fica Muito caro, ou absurdamente caro?

(hehehehe)

Coleção de altíssimo nível, por sinal. por enquanto tem apenas duas séries, essa e Cyborg 009, ambos clássicos do mangá.

A desculpa para não lançarem clássicos no Brasil é perfeitamente compreensível: Não vendem! Durante anos "A Princesa e o Cavaleiro" foi referenciado como o mangá menos vendido da história da JBC (não sei se ainda é) e os clássicos que a Conrad publica ocasionalmente mal conseguem se pagar.

Houve UM clássico que vendeu bem no Brasil, Lobo Solitário, mas as tentativas de repetir o "fenômeno" com outros trabalhos similares fracassaram espetacularmente.

Importar quadrinhos da França não sai particularmente caro se você souber onde comprar. Só levem em conta que as lojas online não têm aqueles descontos inacreditáveis que a Amazon americana costuma dar (30-50%!) porque a lei francesa não permite por razões justificáveis mas complicadas demais para eu explicar aqui.

Repare que a postagem da Amazon francesa e lojas similares é mais cara por encomenda mas mais barata por artigo, então sai mais em conta comprar grandes quantidades de material de uma vez. Minha loja online favorita (www.decitre.com) é um bom exemplo. Ela cobra 21 euros de postagem em encomendas até 40 euros (52% do valor), mas apenas 35% de postagem em encomendas acima de 160 euros. Já a Discount Manga (www.discountmanga.com) cobra 30 euros por QUALQUER encomenda para o Brasil, quer ela custe 10 ou 200 euros.

Hunter (Pedro Bouça)

A Princesa e o cavaleiro fracassou porque foi lançado em banca. Formato errado e sem propaganda.

Buda vendeu bem e você mesmo sabe, Hunter.

No mais, os franceses assistiram todos os animes clássicos, nós, não. Só não percebe que isso é chave, quem não quer.

E ainda assim, sei que na Itália, dos shoujo clássicos, só A Rosa de versalhes teve uma venda absurda. Ace Wo Nerae - muito popular, mas muito mais longo - não foi bem e determinou a ida para as livrarias.

Culpar o público, neste caso, é passar a mão em uma política errada das editoras e, também, fechar os olhos para o limbo que foi os anos 80 aqui no brasil em termos de anime. Não vimos Ashita no Joe, não vimos A Rosa de Versalhes, assistimos 20 e poucos episódios de Candy Candy, a lista é enorme.

Valéria, Princesa e o Cavaleiro foi lançado da mesmíssima maneira como a JBC publica TODOS os seus mangás, alguns muito mais obscuros (e a maioria muito pior...) que o clássico do Tezuka.

No entanto, esse em particular foi o que vendeu menos. É de se esperar que venda menos que um Samurai X ou Yu-Yu Hakusho, mas pense na infinidade de séries desconhecidas e/ou medíocres publicadas pela JBC que venderam mais!

Buda vendeu bem? Não sei nada sobre isso. Aliás, entendo que o fato de nenhum dos seus mangás recentes vender exatamente bem (se pagar não é vender bem!) foi precisamente o que lançou a Conrad na crise que atravessou pelos últimos anos.

Quanto à inexistência de animes clássicos, recentemente foram exibidas no Brasil as novas séries de Astro Boy e Cyborg 009 (cuja série original, vale lembrar, FOI exibida no Brasil décadas atrás). Ainda assim, tenho minhas dúvidas que os mangás dessas séries fossem vender decentemente no Brasil. Eu sei que nos EUA, que viram tanto os animes originais quanto os novos dessas séries, ambos os mangás tiveram um péssimo desempenho. Cyborg 009 foi até cancelado no meio...

Hunter (Pedro Bouça)

Hunter, mas a Princesa e o Cavaleiro tinha escrito “velho” nele. Isso contou. Era material de livraria. No mais, a JBC sempre escolhe coisas populares ou com algum apelo especial, como sexo. A Princesa e o Cavaleiro era diferente, diferente demais.
Buda aparecia na página da Siciliano entre os mais vendidos e sugestões. Não acredito que fosse somente lá. Poderia ser propaganda paga da Conrad? Talvez, mas uma das diferenças de Buda para os outros é que ele foi colocado na seção de “religiosos”. Na época que tinha meus contatos na Conrad era dito que Buda vendia muito bem. Esses contatos me passaram Paradise Kiss, não creio que me dariam informações erradas. Também me passaram vendagens de mangás que realmente foram deixados de lado pela editora e que não eram clássicos como Tezuka.
Remake, não são os originais, eles não me enganam e não devem agradar aos fãs de Naruto.. Desculpe, mas quererem empurrar os novos como se fossem os antigos não cola. Eu falo de gerações assistindo Ashita no Joe e Lady Oscar, familiares com eles e com vontade de ver como eram os quadrinhos. No mais, aguardemos o retorno da Conrad e como fica a questão dos quadrinhos deles.

Related Posts with Thumbnails