domingo, 13 de dezembro de 2009

Digital Manga vai distribuir mangás Harlequin nos EUA



Estava com esta notícia pendent faz algum tempo. A Digital Manga Publishing, uma das mais criativas editoras dos EUA, anunciou que irá tornar os mangás Harlequin disponíveis online da eManga. Os mangás Harlequin são digitalmente distribuídos em conjunto com a SOFTBANK Creative. Agora, será possível alugá-los pela eManga. Acredito que os arquivos tenham prazo de utilização. Eu torço que desta vez escolham melhor os mangás Harlequin que sairão nos EUA, porque a Dark Horse publicou uns muito fraquinhos e a Aurora, braço da Ohzora que publica os mangás Harlequin no Japão, parece ir mal. Por exemplo, Walkin’ Butterfly #4 para dezembro e nada até agora. É o segundo adiamento.

Os primeiros mangás Harlequin disponíveis para aluguel on line são: Millionaire Husband escrito por Leanne Banks e com arte de Kanako Uesugi, Prisoner Of The Tower escrito por Gayle Wilson e com arte de Karin Miyamoto, The Sheikh’s Reluctant Bride escrito por Teresa Southwick e com arte de Ayumu Asou, Word Of A Gentleman escrito por Lyn Stone e com arte de Tsukiko Kurebayashi, Married Under The Italian Sun de Lucy Gordon e com arte de Mayu Takayama, e Sale Or Return Bride escrito por Sarah Morgan e com arte de Kazuto Fujita.

Segundo o blog Kuriosity, o aluguel de um mangá no eManga dura por 72 horas. Depois o arquivo é bloqueado. Se o usuário alugá-lo por uma segunda vez, ganha direito ao acesso ilimitado. O preço médio do pacote de aluguel é de U$10 o que dá direito a 1000 pontos. Cada livro, em geral, consome 200-300 pontos do seu crédito. Comprando pacotes maiores, o usuário ganha pontos de bônus. Maiores informações, no eManga. Aliás, você pode degustar alguns mangás, inclusive os Harlequin. E para quem não sabe o que é mangá Harlequin, sugiro a leitura desse post aqui.

8 pessoas comentaram:

Sinceramente, do fundo do coração eu não sei como alguém consegue ler essas coisas. Harlequim é... eu li uma revista dessas com 3 histórias e não consegui enxergar nada que preste. Protagonista sofredora é raptada/estuprada/humilhada pelo mocinho (que em 90% dos casos é um vilão no começo), os dois se odeiam, ele faz algo de bom, ela desenvolve síndrome de Estocolmo e os dois vivem felizes para sempre (ou a tragédia se torna completa), sempre muito superficiais essas histórias, imagino como não devem ser esses mangás - não que não exista mangás piores ou do mesmo nível.

Kadu, você diz ter lido um livro com três histórias, certo? Isso quer dizer que eram romances curtíssimos, certo?

então como você pode tirar conclusões tão universais para todo o material? Se te interessar, pegue a resenha que eu fiz para O Mel do Pecado e o que eu fiz do mangá Holding on to Alex. Lá eu comento inclusive que os títulos nacionais tendem a ser bregas, enquanto o original nem sempre é.

Pode não mudar sua idéia, afinal, um livro foi capaz de te convencer sobre todo o gênero de romance romântico barato para mulheres.

Olha, eu converso com algumas mulheres que lêem esse tipo de romance e todas elas fazem coro de que só lêem isso para perder tempo, que é uma diversão rápida... Uma é secretária e prefere esses romances pq eles são rápidos de ler e ela pode parar a qualquer momento, ela só pega emprestados na biblioteca para matar tempo no trabalho - ela é secretária de dentista e passa horas.
Eu sempre peço opiniões sobre os livros emprestados para poder saber um pouco mais sobre eles, para poder indicar e nenhuma das mulheres que pega esse tipo de livro (público 100% feminino, alguns filhos pegam para as suas mães que não têm tempo de ir á biblioteca) sabe nem o nome das principais autoras desse tipo de literatura, exceto os livros que Nora Roberts (e outras escritoras de romances femininos que posteriormente passaram a vender livros em formato livro) escreveu.

Eu li uma dessas revistas de 300 e poucas páginas com 3 histórias de autoras diversas. Era tudo tão raso e superficial que até o Sidney Sheldon parecia um Hermann Hesse em comparação. É claro que pode haver coisa boa no meio (muitos autores começaram com esse tipo de literatura - a própria Nora Roberts que eu particularmente não gosto), mas a proporção deve ser minúscula.

Eu particularmente acho o formato ótimo e acredito que a maioria dos livros deveria ser publicado primeiro no formato pocket/popular e depois no formato que eles são publicados hoje em dia. Se o preço dos livros caísse para uns 10-15 reais a realidade do nosso país seria outra.

Resumindo: você só leu um livro. Todo o resto é ouvir dizer. E foi um livro no qual três romances dividiam 300 páginas. Fica difícil, né?

E por ser 100% feminino o público, fica mais fácil ainda dizer que é RUIM. Milhares e milhares de títulos são ruins. Literatura popular envolve mistério (*Sherlock Holmes, por exemplo*), ficção científica (*Perry Rhodan, por exemplo*), western, etc. Mas somente os romances românticos, porque são para mulheres, são generalizados e chamados de material ruim, passa-tempo sem objetivo. Mangá é material popular. Muito do que sai em capa dura e preço altíssimo no Brasil foi em seus países de origem, material popular MAS como saem maquiados, ou porque não são para mulheres, a gente não generaliza, faz ressalvas. Eu acho esse tipo de misoginia disfarçada muito cansativa.

Pois bem, se te interessar, leia o que eu sugeri. Visite no Orkut o grupo Adoro Romances e veja que as pessoas que lêem esse tipo de literatura, normalmente, lêem muitas outras coisas, que há homens nesses grupos, e que, sim, eles conseguem unir vários passoas de grupos sociais diferentes, formação diferente, e idades diferentes. A maioria mulheres, claro, e eis porque podem torcer o nariz para milhares e milhares de títulos, tendo lido um só e dizer: é ruim, é vazio, é superficial.

No mais, é o mesmo raciocínio que fazem com o shoujo mangá. O mesmo. Li um, não gostei. Digo que todos não prestam. Não li nenhum, é de mulher, digo que é tudo ruim.

Reflita um pouco. Se interessar, claro.

Valéria, no caso que vc citou essa série Perry Rhodan apesar de hj em dia ser cult por muito tempo foi considerada lixo, ficção científica como um todo é classificada como subliteratura, não só a de banca.
Livros de banca em geral são tratados como subliteratura, nesse caso não é exclusividade das Júlias, Sabrinas etc.
E como eu disse, é claro que pode haver coisa boa no meio, mas que a maioria é produzida industrialmente sem se pensar em conteúdo (além de se o mocinho será um Sheik, um príncipe, um pirata ou um ladrão da Idade Média) isso é, e realmente, o lixo de um é o tesouro de outros, gosto é gosto e não se discute.

Pois é, assim como quadrinho/mangá. Existe subliteratura? Acho que não. E mais, industrial por industrial, não existe nada que se encaixe nesse nicho mais do que os mangás.

Mas você abriu a coisa. antes você está dizendo que tudo era lixo, agora virou "a maioria", ainda assim, insisto: você leu um só. E ainda um livro de histórias curtas. Assim fica muito complicado falar.

Aliás, Perry Rhodan segue um padrão diferente, pois tem uma equipe de controle de qualidade, evitando ao máximo inconsistências em uma série que tem centenas de volumes.

"Eu li uma dessas revistas de 300 e poucas páginas com 3 histórias de autoras diversas. Era tudo tão raso e superficial que até o Sidney Sheldon parecia um Hermann Hesse em comparação. É claro que pode haver coisa boa no meio (muitos autores começaram com esse tipo de literatura - a própria Nora Roberts que eu particularmente não gosto), mas a proporção deve ser minúscula."


Isso eu escrevi no segundo post.

A maioria dessas revistas tem cerca de 100 páginas. acredito até que essas revistas de 300 sejam encalhes que eles devem juntar para vender depois em novo formato.

E não pretendo ler mais desse tipo de literatura pq não me agrada, se for para ler um romance eu prefiro ler algo da Taylor Caldweel, da Colleen McCullough ou da Rosamunde Pilcher.

Sobre Perry Rhodan eu não posso falar nada, só conheço umas 2 ou 3 pessoas que lêem e eu raramente as vejo. Aliás, só posso dizer q tbm é literatura marginalizada, que eu não leria também, apesar de gostar muito de Duna.

Não, meu caro. A maioria tem em média 250-300 páginas. E há várias coleções, vários recortes, porque o objetivo é atender vários gostos diferentes, ainda que a temática básica seja romance.

Os históricos têm cerca de 320 páginas. E é exatamente porque eu sei disso que estou dizendo que você está generalizabndo e sendo preconceituoso.

Mas até isso é opção, ainda mais porque não é questão de vida ou morte.

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