domingo, 14 de fevereiro de 2010

Telegraph entrevista os dois Mr. Darcy



Eu disse que falaria mais de cinema hoje, pois é, passando pelo site do jornal inglês Telegraph vi que havia duas matérias-entrevista, uma com o Colin Firth, Mr. Dary em 1995, e outra com o Matthew Macfadyen, que fez o mesmo papel em 2005. Não vou traduzir, só vou comentar mesmo.

Achei a entrevista com o Matthew Macfadyen um tanto decepcionante, pois esperava que ele falasse mais sobre a minissérie de “Os Pilares da Terra”. Na verdade, ele parece estar o tempo todo – pode ter sido resultado da edição – mostrar que não é um sujeito sério e certinho, que sorri e até gargalha, que quando interpretou Mr. Darcy ele estava um pouco tenso, porque a esposa estava grávida e ele preocupado. Ele também dá a entender que a aura de seriedade que as pessoas colaram nele foi reforçada pelo papel que fez na série inglesa Spooks. Nunca vi nada desse seriado, mas parece que todo galã da BBC que se preze passa algum tempo nela.

Por fim, a entrevista parece rodar, rodar e terminar em sexo. Por exemplo, a única parte em que ele toca em “Os Pilares da Terra” é para falar que “passou um tempo filmendo na Hungria e interpretou um monge assexuado”. Se é só isso que ele tem a dizer sobre o Prior Philip, começo a ter medo do resultado. E eu que achava que ele poderia dar vida ao meu personagem favorito do livro de forma espetacular.

Já no final da entrevista, ele fala do seu papel como Xerife de Nottingham no Robin Hood de Ridley Scott. Segundo ele o Xerife é “(...) um idiota que está atrás de ouro e quer enfiar as mãos dentro das calcinhas da Donzela Marian.”, antes disso, fala que é para esquecermos o Alan Rickman, que foi o Xerife de Nottingham na versão do Kevin Costner. Bem, primeira coisa, esquecer o Alan Rickman é impossível; segundo ponto, outra vez ele me deixou com medo. Definitivamente, humor não é o forte dele.

Já a entrevista com o Colin Firth foi bem mais simpática e interessante. Primeiro ele se derrama em elogios ao diretor de The Single Man, Tom Ford. Ele disse que o diretor – que é estilista e estreou com esse filme – lhe enviou um e-mail e ele ficou tocado com a eloqüência e sensibilidade do texto. Colin Firth diz que imaginava que a estréia de um estilista seria em um filme que pudesse de alguma forma falar de moda, coisa que é difícil em um filme sobre um professor solitário em desespero e que se passa em 1962.

Por fim, ele diz que as razões para aceitar uma personagem podem variar enormemente a depender das circunstâncias. Diz o Colin Firth, “Algumas vezes eu aceito um papel porque é com um grupo de pessoas que estou louco para trabalhar, e às vezes pode ser o desejo de fazer algo diferente ou simplesmente não me levar muito à sério”. Deve ser por isso que ele aceitou a continuação de St. Trinnian’s. ^_^

Ele continua, "Uma vida de filmes muito, muito sérios iria me enlouquecer. Eu preciso – e sou afortunado por ter – um menu bem variado nesse aspecto. Eu quero dizer, estava gravando Mamma Mia! ao mesmo tempo em que estava fazendo Genova de Michael Winterbottom. Aquele foi um verão muito, muito bizarro”. E ele termina dizendo que não lhe ofereceram ainda nenhum filme de ação. E o pessoal do Telegraph pontua “E se isso nunca acontecer, ele não vai ficar muito chateado”. É por essas e outras que eu adoro o Colin Firth.

4 pessoas comentaram:

Valéria,

Esta entrevista do Matthew Macfadyen para o jornal inglês Telegraph foi com o objetivo de divulgar a a peça "PRIVATE LIVES", no qual ele está contracenando com a Kim Cattrall e não falar sobre o seu trabalho na série OS PILARES DA TERRA.

E quando ele faz aquele comentário sobre o monge assexuado ele faz referência ao seu papel sensual na peça PRIVATE LIVES, pois após meses está interpretando um monge assexuado, ele agora vai interpretar um homem totalmente diferente do seu personagem como Prior Phillip.

O blog da Adriana Zardini (Jane Austen Club) postou esta mesma entrevista, não sei se você já viu, eis o link: http://janeaustenclub.blogspot.com/

No blog dela também tem um comentário bem legal que ele fez sobre a sua participação quando estava filmando O&P, que você não citou.

Ah, quando ao seu personagem em Hobin Hood, eu vejo como uma forma de alerta, para não gerar grande expectativa e que não espere que sua participação seja igual ao Alan Rickman, pois o personagem dele é pequeno (afinal ele já tinha comentado que filmou toda a sua participação no filme em apenas 4 dias, e ele ainda comenta: "estou com uma peruca idiota, de barba, com cara de camponês e ridículo. Que maravilha!”.

E acredito que o Matthew Macfadyen é capaz de fazer tantos papéis sérios como de comédia muito bem sucedidos.

bjs

Luciana, eu vi no site da Zardini a entrevista. Foi de lá que cheguei no Telegraph e vi a entrevista com o Colin Firth.

Mas não mudo nada do que disse. Foram comentários tolos mesmo. E compare com o que ele diz da gravação de Orgulho & Preconceito (*que eu pontuei no meu post*) com os comentários sobre Robin Hood e Pilares da Terra.

Não questiono o talento dele, mas como piadista é péssimo. E mais, ele poderia ter se colocado de forma diferente.

Torço para que Pilares da Terra seja bom, mas se o tom da interpretação for em cima de sexo ou não-sexo, já era.

Quanto à Robin Hood, eu não tenho esperança alguma e já comentei no blog. E esquecer Alan Rickman é impossível, mesmo que seu Xerife seja igualmente ridículo.

Valéria,

Não sabia que você tinha visto a matéria no blog da Adriana Zardini antes, por isso citei nos comentários.

A sua postagem e a do blog da Adriana, citando a mesma fonte, forma dois pontos de vista diferentes e em nenhum momento desejei que você mudasse de opinião, apenas fiz os meus comentários.

É mais do que claro que temos uma visão diferente referente a esta entrevista do Matthew Macfadyen.

Luciana, desculpe se pareci grosseira, não era o objetivo, não.

Eu smepre visito o blog da Luciana, todos os dias, aliás. ^_^ Está linkado no Shoujo Café.

E não pense que eu tenho bronca do Matthew Macfadyen, é que Pilares da Terra é um dos meus livros favoritos. E ver a frase displicente, como se fosse coisa sem importãncia, me aborreceu e muito. Ele, afinal, é um dos protagonistas da minissérie, ora bolas!

Enfim, Robin Hood do Ridley Scott, eu realmente acho que é uma furada. Mas o trailer é muito, muito bom... E eu vou assistir no cinema, eu sei, mas minhas expectativas... Mas eu entendo a dificuldade em fazer uma personagem que foi encarnada por um grande ator.

No filme do Kevin Costner o Xerife é o vilão e bem mais interessante que o Robin... Talvez o objetivo seja um Xerife mais ao estilo do filme de 1938, quando o vilão era o Guy de Gisbourne encarnado pelo magnígico Basil Rathbone... Aliás, o Richard Armitage fez um excelente Gisbourne tb. :) O Xerife era um sujeito bem ridículo nessa versão.

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