Estava para fazer este post, se bem me lembro,desde o final do ano passado. Basta ver a data em que criei os vídeos. A questão é simples, depois de ter assistido (*e re-assistido muitas vezes, caso da série com o Colin Firth*), Orgulho & Preconceito (Pride & Prejudice) em suas múltiplas encarnações, eu decidi cortar as mesmas cenas em todas as versões possíveis e submeter a comparação. Testei até aqui no meu marido, que periga desenvolver Darcy-fobia em breve. Mas ele não titubeou entre a série de 1980 e a de 1995, as duas adaptações para a TV feitas pela BBC e que são consideradas as melhores pela maioria e, exatamente por conta do Darcy, acabou ficando com o Colin Firth. Por enquanto, só consegui cortar duas seqüência até agora, mas outras virão. Neste caso, trata-se da primeira proposta que Darcy faz à Elizabeth que é, para mim, a parte que define se você é um bom Darcy ou uma boa Elizabeth. Assistam, sei que muita gente não deve ter visto nem a versão de 1940, nem a de 1980, e dêem seu veredito. Infelizmente, não tenho como incluir o Elliot Cowan, de Lost in Austen (2008), agora, ainda que eu o considere o segundo melhor Mr. Darcy. ^_^
Bem, eu não gosto muito da versão de 1940, que transforma Orgulho e Preconceito em uma comédia, mas não é ruim de forma alguma. Greer Garson é uma grande atriz, mas não vejo nada de especial em sua Lizzie (*não gosto de vê-la chorar nessa cena, parece fingimento*), e eu amo Laurence Olivier, mas ele é muito dandy, muito afetado como o Darcy. Estranhamente, nesta seqüência ele está muito bem, mas ele toca em Elizabeth, e não consigo imaginar o Darcy fazendo isso... não nesse momento. Bem, você pode julgar por si mesmo. ^ _ ^
Apesar da quantidade de fãs que a série de 1995 tem, acredito que os mais fanáticos são os que preferem a de 1980. Às vezes, até com grosseria... e confesso que é estranho ver uma senhoras de mais de 50 anos fazendo isso gratuitamente, mas, enfim, vamos ao que interessa. Elizabeth Garvie é ótima como Elizabeth Bennet, talvez, a melhor de todas, assistindo a série com cuidado, eu realmente fico tentada a dizer que ela é a melhor. Já David Rintoul é quase robótico, especialmente em uma cena na qual ele precisa mostrar toda a angústia que sente ao se rebaixar por uma mulher, que ele mesmo acredita, não ser a mais correta para si. Com o passar da série, ele vai relaxando, mas, mesmo assim, ele começa mal. E como não assisti outro material com ele, fica difícil comparar, o que é bem mais fácil com um Laurence Olivier, um Colin Firth, um Matthew Macfadyen e, até, com o Elliot Cowan. Não conheço nada mais com o Rintoul que eu queira ver ou que seja acessível.
Não preciso repetir (mas vou), que amo a versão com o Colin Firth, que é o melhor Mr. Darcy, em minha opinião. Claro, que é preciso dizer, também, que é nessa versão que a personagem tem mais espaço e que, portanto, podemos discernir melhor o seu caráter, antes mesmo da protagonista, Elizabeth, descobrir que ele é “gente boa”, além de bonitão e muito rico. Na seqüência da proposta, Firth mostra todo o amor, contradição e a angústia que estão duelando dentro da personagem. Isso faz toda a diferença. Jennifer Ehle é muito boa também, mostrando raiva, confusão, tudo misturado. Ela enfrenta Darcy de igual para igual. Eu amo os dois.
Eu gosto e não gosto da seqüência do filme de 2005, mas o que reconheço integralmente é sua importância para criar uma nova geração de fãs de Orgulho & Preconceito. A chuva reforça a agitação interna de Darcy, eu entendo a função dramática deste recurso, mas ainda prefiro o livro... Isso significa que as versões que tentam seguir o livro, como em 1980 e 1995, são melhores. É uma cena interna, não externa. Matthew Macfadyen Darcy é um bom Darcy, mas, desde o começo, ele me parece mais tímido que orgulhoso. Parece que ele compôs seu próprio Darcy, coisa que os outros também fizeram, mas nessa criação, ele matou o “orgulhoso” que era tão fundamental para definir a personagem. Já Keira Knightley, de quem até gosto como atriz, não é uma boa Elizabeth, ela não é uma moça da Regência, pelo menos não neste filme ou em qualquer outro... O figurino e o cabelo, não ajudam muito, também.
Bem, eu não gosto muito da versão de 1940, que transforma Orgulho e Preconceito em uma comédia, mas não é ruim de forma alguma. Greer Garson é uma grande atriz, mas não vejo nada de especial em sua Lizzie (*não gosto de vê-la chorar nessa cena, parece fingimento*), e eu amo Laurence Olivier, mas ele é muito dandy, muito afetado como o Darcy. Estranhamente, nesta seqüência ele está muito bem, mas ele toca em Elizabeth, e não consigo imaginar o Darcy fazendo isso... não nesse momento. Bem, você pode julgar por si mesmo. ^ _ ^
Apesar da quantidade de fãs que a série de 1995 tem, acredito que os mais fanáticos são os que preferem a de 1980. Às vezes, até com grosseria... e confesso que é estranho ver uma senhoras de mais de 50 anos fazendo isso gratuitamente, mas, enfim, vamos ao que interessa. Elizabeth Garvie é ótima como Elizabeth Bennet, talvez, a melhor de todas, assistindo a série com cuidado, eu realmente fico tentada a dizer que ela é a melhor. Já David Rintoul é quase robótico, especialmente em uma cena na qual ele precisa mostrar toda a angústia que sente ao se rebaixar por uma mulher, que ele mesmo acredita, não ser a mais correta para si. Com o passar da série, ele vai relaxando, mas, mesmo assim, ele começa mal. E como não assisti outro material com ele, fica difícil comparar, o que é bem mais fácil com um Laurence Olivier, um Colin Firth, um Matthew Macfadyen e, até, com o Elliot Cowan. Não conheço nada mais com o Rintoul que eu queira ver ou que seja acessível.
Não preciso repetir (mas vou), que amo a versão com o Colin Firth, que é o melhor Mr. Darcy, em minha opinião. Claro, que é preciso dizer, também, que é nessa versão que a personagem tem mais espaço e que, portanto, podemos discernir melhor o seu caráter, antes mesmo da protagonista, Elizabeth, descobrir que ele é “gente boa”, além de bonitão e muito rico. Na seqüência da proposta, Firth mostra todo o amor, contradição e a angústia que estão duelando dentro da personagem. Isso faz toda a diferença. Jennifer Ehle é muito boa também, mostrando raiva, confusão, tudo misturado. Ela enfrenta Darcy de igual para igual. Eu amo os dois.
Eu gosto e não gosto da seqüência do filme de 2005, mas o que reconheço integralmente é sua importância para criar uma nova geração de fãs de Orgulho & Preconceito. A chuva reforça a agitação interna de Darcy, eu entendo a função dramática deste recurso, mas ainda prefiro o livro... Isso significa que as versões que tentam seguir o livro, como em 1980 e 1995, são melhores. É uma cena interna, não externa. Matthew Macfadyen Darcy é um bom Darcy, mas, desde o começo, ele me parece mais tímido que orgulhoso. Parece que ele compôs seu próprio Darcy, coisa que os outros também fizeram, mas nessa criação, ele matou o “orgulhoso” que era tão fundamental para definir a personagem. Já Keira Knightley, de quem até gosto como atriz, não é uma boa Elizabeth, ela não é uma moça da Regência, pelo menos não neste filme ou em qualquer outro... O figurino e o cabelo, não ajudam muito, também.
8 pessoas comentaram:
Eu assisti a todos estes filmes/seriados, mas vou guardar minha opinião para uma ocasião mais oportuna. =p
De qualquer modo, concordo com boa parte do que foi dito. ^^
Ótimo post. Como fiquei viciada em Jane Austen nos últimos anos e assisti todas as séries que consegui encontrar sobre os livros dela, confesso que já assisti todas essas versões. A minha preferida é a de 1995, é perfeita, a de 1940 deixou muito a desejar a começar pelo figurino que acho que está errado para a época(agradeceria se você pudesse me retirar essa dúvida), o de 2005 foi um filme muito bom, que ajudou uma nova geração a conhecer Jane Austen, mas acho que fizeram muitas adaptações em relação a obra original. A versão de 1980 foi a última que assisti e gostei também, apesar de estranhar um pouco as personagens a princípio, por ser o primeiro seriado da década de 80 que eu assisti, acho que as produções atuais nos fazem julgar mais as produções antigas no quesito de qualidade da imagem, ambientação e todo o aparato visual.
Estarei esperando ansiosa pela próxima parte.
Um abraço, Lady.
A série de 1940 está com o figurino "errado" sim, eles optaram por mudar o período. Disseram que era para ficar mais opulento, mas eu acho que foi economia, pois aproveitaram figurinos de E O Vento Levou, segundo o IMDB.
Eu achei todas as roupas horrorosas, as da década de 80 idem. (também rolou uma economia similar, mas pelo menos respeitou o período)
Oi! Adorei o post, também sempre morri de vontade de fazer algo parecido. Eu sou uma das pessoas que conheceu Austen pelo filme de 2005. Mas posso dizer, que o filme só me deixou intrigada... depois do livro que eu me apaixonei pela história.
Para eu poder opinar ainda tenho que assistir a versão de 1980...
A versão de 1940 eu vi no TCM e não gostei do ator não :/
Por enquanto fico com a versão de 1995
Sendo clichê: minha favorita também é de 95. Nunca tinha visto nada de 40, mas me pareceu meio exagerada... e o comentário acima sobre terem pego roupas emprestadas de E O Vento Levou explica muito, hahaha.
A de 2005 é legal também, mas algo na expressão da Knightley me irrita um pouco nessa atuação.
Bem, Lady, o filme de 1940 usa a moda dos anos 1830. Eu realmente não gosto muito desse figurino para as mulheres (*os homens, OK*), pois detesto os cabelos e as mangas... Mas, sabe? Em A Jovem Rainha Vitória a moda de 1830 ficou bárbara.
Tanko, não acho pobre o figurino da série 1980. Fora as terríveis ombreiras de Mr. Darcy, eu acho tudo muito bem feito e os vestidos são muito bonitos, especialmente os da Elizabeth.
Para mim, o Colin Firth é o melhor Mr. Darcy EVER! XP
A interpretação dele como Mr. Darcy é tão marcante que virou referência, seja para elogios ou críticas.
Sou absolutamente fanática pela versão de 1995! XP Eu sei as falas! x_x E, claro, o Colin Firth como Mr. Darcy é o maior dos motivos para eu ter me apaixonado por esta versão. XP
Não concordo. A versão de 2005 é incrível, o Mr.Darcy compôs perfeitamente o papel de orgulhoso principalmente na cena em que a pede em casamento quando escolhe dizer que a ama apesar de seu bom senso, achei aquilo incrível. Como um homem que ests pedindo sua amada em casamento escolhe insulta-la? Ele realmente em minha opinião ali mostrou o seu orgulho de forma mais categórica. Keira fez seu papel lindamente uma Elizabeth que quando eu li o livro de Jane Austen a imaginei exatamente como Keira a fez... Donald(o pai das Mrs.Bennet) foi de uma atuação excepcional. Sem falar do talento de Jena Malone e Carey Molligan que ao interpretarem Lydia Bennet e Kitty Bennet eram irritantes e quase na maioria do tempo tolas, o que de certo modo era o que Jane Austen descreveu em seu livro ao relatar o cotidiano das irritantes irmãs. Sem falar de Judi Dench que foi de uma imponência em sua atuação como Lady Catherine que intimidou até o telespectador. Bom seu ficar aqui falando sobre todo o filme e todo o livro não sairei daqui. ..
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