quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dakota Fanning será Effie Gray no cinema



Hoje soube pelo Facebook que em 2013 teremos um filme sobre Effie Gray, que foi esposa de John Ruskin e, depois, do pintor pre-rafaelita Everett Millais. Fiquei muito contente, primeiro é uma história bem filmável – e espero que o foco seja nela mesma e/ou no romance e vida dela com Millais – e Dakota Fanning vai ser Effie. Me preocupa que a descrição diga que o filme vai se centrar na relação dela com Ruskin, que será interpretado por Greg Wise, o Willoughby de Razão & Sensibilidade de 1995. Outra atriz no filme é Emma Thompson. Ela está na foto com Dakota Fanning. Eu confesso que poucas personagens me causam tanta repulsa quanto John Ruskin, desde que li sobre ele a primeira vez, lá na minha adolescência. Desculpem, mas eu montei uma imagem muito ruim do sujeito e muito positiva de Effie e Millais. Enfim, o resuminho que eu fiz da história desse triângulo foi adaptada do meu post sobre Desperate Romantics, dêem um desconto para minha má vontade com Ruskin (*se necessário*):

John Ruskin era um rico crítico de arte, e dele dependeu parte do sucesso inicial dos Pré-Rafaelitas. Ele aprecia o trabalho de Everett Millais e o toma como seu protegido, levando-o consigo em viagem e propondo que o artista use sua esposa como modelo. Millais na série protesta, pois o trabalho de modelo poderia manchar a reputação de uma mulher. Ruskin se impõe. Millais se apaixona por Effie, que revela que Ruskin nunca consumou o casamento, apesar da união já durar cinco longos anos e que ela sofre a tirania do marido e da mãe dele. Depois que Ruskin parece tentar se livrar de Effie infamando Millais, a moça pede a dissolução do casamento e é obrigada pelo marido a fazer um teste de virgindade. Resultado? Apesar da humilhação de Effie, Ruskin acaba saindo com um atestado de impotente. Tudo isso está registrado, é história. Effie se casa com Millais logo em seguida e Ruskin passa a persegui-lo, desqualificando seu trabalho. O casamento de Effie e Millais é tido como muito feliz, mas o artista teve que adotar uma linha mais “comercial” para sustentar a (grande) família e sobreviver à perseguição de Ruskin.


Ruskin tinha se apaixonado por Effie quando ela era criança, mas a moça era somente 9 anos mais nova que o marido, algo bem normal dentro da sociedade Vitoriana e mesmo hoje. O problema é que John Ruskin costumava se apaixonar por crianças e acaba caindo de amores por uma menina chamada Rose La Touche, mais de trinta anos mais nova. Ele se declarou apaixonado quando ela tinha somente 9 anos. Quando a menina faz 16 anos, Ruskin a pede em casamento, mas seus pais, muito prudentementes, escrevem para Effie perguntando por qual motivo seu casamento tinha sido anulado. Resultado, os pais de La Touche não deixam que a jovem de 16 anos case com ele. Ruskin quase enlouquece e La Touche se recusa a casar com ele mesmo depois de adulta. E morre antes dos trinta, internada em um sanatório. Para mim, Ruskin era um pedófilo manso, com o Lewis Carroll, do tipo que faz versinhos, se masturba, mas não encosta a mão na garotinha. Só que ele casou com Effie e queria casar com La Touche. Infernizou Effie – e está nos registros do tribunal – culpando-a por não ser aquilo que ele imaginava, dizendo que ela tinha algum defeito físico que o repugnava. Afinal, ele casou com a mulher, e tinha se apaixonado pela criança.

É isso, agora é aguardar trailer e maiores informações. A produção e o reoteiro é de Emma Thompson, o que dá muito peso, mas deve ser outro filme que vai direto para DVD, assim como Jane Eyre.

1 pessoas comentaram:

Eu já havia ouvido falar sobre esse filme, e Emma Thompson, seja no elenco ou atrás das câmeras, para mim, é sempre sinônimo de qualidade. Sobre a história de Effie Gray e seus dois casamentos, eu desconhecia, e confesso, é bem interessante.

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