quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Sobre a morte de Debbie Reynolds


Queria deixar algumas palavrinhas sobre a morte da atriz Debbie Reynolds não por ser particularmente fã de seu trabalho, seria mentira se dissesse que sou.  A questão não é essa, mas o aspecto trágico da sua morte.  Ela já tinha 84 anos. Nessa idade, a maioria de nós não se surpreenderia com uma morte, mesmo de uma pessoa saudável.  Não sei se ela estava doente, o fato é que não há como não associar a sua partida, ela foi vítima de um derrame ontem, à morte de sua filha, Carrie Fisher, a eterna Princesa Leia.  Resumindo, nenhum pai ou mãe, que faça jus ao nome, espera partir depois de seus filhos.  


Acredito que mesmo se a relação for atribulada, a grande maioria se  imagina indo embora e deixando filhos e netos para trás. Os velhos devem ir antes.  Eu tenho uma menininha de três anos e carrego algumas angústias.  Preciso vê-la crescer, zelar por ela até que ela tenha condições de cuidar de si.  Por isso, preciso cuidar de minha saúde, pois a dela pode depender da minha.  Também não consigo me imaginar vendo minha menina partir antes de mim.  Sou contra noções de natureza aplicadas às relações  humanas, mas o que vem na minha mente é "isso não é natural".


Enfim, eu imagino a dor da mãe que perde a/o filha/o.  Minha avó passou por isso.  Nós passamos por isso.  Foi de repente, foi dolorido, não foi tão rápido com Carrie Fisher, que teve um ataque cardíaco no dia 23 e faleceu no dia 27, mas depois que começou, o tempo voou.  Eu acredito que o coração de Reynolds não suportou a perda, o corpo não resistiu e ela se foi.  Ficamos com suas imagens, sua dança, seu encanto.

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