quarta-feira, 26 de abril de 2017

Comentando os três primeiros capítulos de Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni...


Em janeiro foi anunciado que o mangá Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni...  (僧侶と交わる色欲の夜に…), um josei erótico, iria virar anime em abril.  Coisa rara, talvez, a primeira investida desse tipo, estava ansiosa para dar uma olhadinha.  E eu assisti os três primeiros episódios, que se acha até com legendas em português, e dei uma passada de olhos no episódio 4.  Será uma resenha curta, porque, bem, não há muito o que falar.

A história básica é a seguinte: Mio Fukaya é uma estudante universitária, que não tem namorado, e ainda fantasia um pouco com seu primeiro amor, Takahide Kujou.  Uma noite, há uma reunião da turma do colegial e Mio reencontra Kujou.  O sujeito continua lindo, expansivo e tudo mais, só que, quando lhe arrancam o boné, Mio descobre uma coisa: ele se tornou um monge. O rapaz é herdeiro do templo da família.  Desolada, já que acredita que monges não podem ter uma vida amorosa, Mio bebe demais.  A moça é socorrida por Kujou que a leva para casa.  Ao chegarem ao apartamento da moça, o rapaz lhe mostra por atos e palavras que ela está muito, muito enganada à respeito do que um monge pode, ou não, fazer.


Ponto um: os capítulos do anime duram míseros 4 minutos e meio.  Ponto dois: é pornografia mesmo.  Se não lhe agrada, não vá assistir.  Ponto três: não sei se alguma história de verdade vai se salvar no final, mas as cenas de sexo são interessantes.  O primeiro episódio conseguiu apresentar os protagonistas muito bem e é basicamente isso.  A moça é insegura de si, um clichê, por assim dizer, e meio culpada por se sentir atraída por um monge.  Já Kujou não parece nem aí para qualquer moderação e deseja mesmo é transar com ela.  Não há penetração, todo o ato sexual é o rapaz dando prazer para a protagonista.  Talvez, aí, resida a única diferença entre o material e um hentai comum, mas é preciso frisar que ele, Kujou, é que guia toda a ação.

O segundo episódio é todo a transa dos dois e, de novo, nada de penetração, o auge é quando o moço faz sexo oral em Mio.  Acabou o episódio.  Detalhe curioso é que o anime tem três versões: uma para a TV, mais curta e com censura 15 anos, uma censurada com aqueles mosaicos que a gente conhece (*o capítulo dois joga os mosaicos na cena de sexo oral*) e um sem censura.  Um fansuber colocou as duas versões do episódio 1 para download.  A versão censurada tem cerca de um minuto a menos e, ao invés de mostrar uma cena tórrida de sexo, mostra uns amassos e beijos.


No episódio três, Kujou leva Mio para conhecer sua família no templo e a apresenta como sua noiva.  Ele não perguntou a ela sua vontade, daí, temos outra ação impositiva. Ao que parece, ele estava sendo pressionado pelo pai a se casar e propõe que a moça finja que é sua noiva.  O que não impedirá que os dois façam sexo, já que, como ele diz, têm grande compatibilidade física. Só que a moça ama Kujou e a situação a faz se sentir mal.  De resto, a mocinha com cara de adolescente, vestido e avental, é mãe de Kujou, o que acrescenta uma nota bizarra à história toda. O capítulo quatro parece ser mais uma crise de culpa da mocinha por estar se relacionando de forma tão explícita com um monge.  Nesses dois episódios, há somente uns amassos mais empolgados, continuamos sem penetração.

Algo interessante, os títulos dos episódios são engraçadíssimos: Antes de ser um monge... Eu sou um homem; Mesmo monge, eu irei amar, me casar, e...; Eu imagino que a compatibilidade física pareça não ser ruim, mas...  Enfim, todos os títulos são falas ou pensamentos de Kujou.  Pergunto-me se Mio será responsável por algum título futuro.  Falando da animação, é bem meia boca mesmo, mas ninguém espera muito de um anime desse tipo.  Se as transas forem boas, ele cumpriu 80% da sua proposta.  


É isso.  Se você for assistir Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni..., não espere muito e, principalmente, não espere uma heroína empoderada, Mio é uma típica protagonista de shoujo mangá mediano.  A série só é curiosa, porque veio ocupar um nicho vazio e pode ser a primeira de outras adaptações de mangás eróticos femininos para a animação.  Nesse aspecto, ela ganha relevância pelo pioneirismo.  

De resto, a série ainda está em andamento, mas parece que as coisas estão decididas.  A mocinha é frágil, o mocinho é um sujeito bonitão e habilidoso, que sabe dar prazer (*físico*) a uma mulher, como os homens dos romances de banca de jornal.  Talvez apareça um rival, talvez, não.  Passei olhos em uns quadros do mangá, achei pouca coisa mesmo, mas são umas cenas de sexo bem pesadas, será que vão estar no anime?  Falando em mangás eróticos e pornográficos para mulheres, o ANN publicou um artigo sobre isso. Pode ser interessante para alguém. 


P.S.1: Tropecei nas versões censuradas do episódio 2 e 4.  São fraquinhas de dar dó.  Comparadas com o capítulo 1 sem censura, são inócuas.  Colocam um símbolo em cima de algumas cenas que não podem ser cortadas para que não se veja nudez e partes inteiras são substituídas por animações fofinhas sem nenhum conteúdo sexual.

P.S.2: No episódio 4, que tem legendado em espanhol no Youtube, Mio se nega a fazer sexo com Kujou, porque, bem, a relação dos dois é somente para enganar os pais dele.  O rapaz continua fingindo em público, mas a cena de sexo interrompida no início é a única.  Vamos ver como Mio se comporta.

3 pessoas comentaram:

O negócio é mais bizarro do vc descreveu... Ela meio q acaba indo morar com ele, e além das tarefas da faculdade ela tem q fazer osafazeres do tempo... Gente e a mãe dele "obrigando" ela ir tomar banho com ele pra "fazer amor"... Eu ri do primeiro ao último episódio q achei disponível (q foi o ep 10), eu só achei a versão censurada com aquele desfoque de quadradinho q tornou tudo mais estranho ainda, mas eu quero muito assistir a continuação, apesar de ser bem sem noção essa história, achei bem bacaninha heheheh

A versão com mosaicos já é a versão "sem censura", porque ainda vigora no Japão a lei que proíbe a exibição de genitais adultos. Quando falo em versão censurada, me refiro a uma que corta os atos sexuais, ou boa parte deles, e insere uns diálogos engraçadinhos com as personagens em SD.

ah sim, entendi... os japoneses são meio "sem noção" neh, que "não cencura", mais censurada

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