terça-feira, 6 de março de 2018

Japão tem sua primeira comandante de um navio de guerra


Ryoko Azuma será a primeira mulher japonesa a comandar um navio militar, um destróier. Ela será responsável por comandar uma esquadra de navios de guerra, incluindo o porta-helicópteros Izumo.  A oficial, que tem 44 anos, declarou ao Japan Times que "se empenha em se tornar uma pessoa que possa servir de inspiração para outras" e que não se preocupa sobre ser uma mulher, mas que irá se empenhar em cumprir suas funções como comandante.  Ela comandará quatro navios que combinadas tem uma tripulação de 1000 pessoas, sendo comente 30 mulheres.  

Segundo o JT, as mulheres foram admitidas na Marinha das Forças de Auto-Defesa (*desde a 2ª Guerra o Japão só pode ter forças defensivas*) em 1996, mas até 10 anos atrás estavam impedidas de servir em navios de guerra.  Hoje, elas continuam proibidas de servir em submarinos.  O Governo japonês vem se esforçando por atrair mais jovens para suas forças de defesa (*usa, inclusive anime e mangá, acho que fiz post sobre isso*), mas há carência de pessoal.  Hoje, as mulheres são 6% do total do pessoal militar e, até 2030, o objetivo é aumentar a representação para, pelo menos, 9%.

Contra-Almirante (Md) Dalva Maria Carvalho Mendes,
primeira oficial general das forças armadas brasileiras.
Como curiosidade, no Brasil, a Marinha foi a primeira das Foças Armadas a aceitar mulheres regularmente (7 de julho de 1980), mas na área de saúde somente.  A primeira mulher oficial general em nosso país é a  Contra-Almirante (Md) Dalva Maria Carvalho Mendes, que chegou ao posto em 2012, ela faz parte do grupo dessas pioneiras.  Em 2014, foram admitidas as primeiras alunas na Escola Naval e, no ano passado, foi autorizado que as mulheres possam servir, como praças, ou oficiais, em navios de guerra.  Que o colégio Naval, que é de ensino médio, não aceita meninas, mas ano passado, as primeiras meninas chegaram à EpcAr, que é da Força Aérea.  Ambas as escolas são internatos.  A gente comemora, mas tem que reclamar que a coisa demorou muito.  A Força Aérea andou mais rápido no processo de inclusão, pois a AFA abriu para mulheres no ano em que eu fiz meu vestibular, 1992, mesmo que de forma restrita.  De lá para cá, abriram o curso de piloto militar para mulheres e várias já se formaram.  No caso do Exército, somente este ano as primeiras alunas chegaram na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras).

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