quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Comentando Era Uma Vez em… Hollywood (EUA/Inglaterra/China, 2019): Uma Homenagem ao Cinema e uma Exaltação do Herói Branco



Quinta-feira passada assisti ao último filme de Quentin Tarantino na estreia.  Não sou fã do diretor, foi um daqueles casos em que a gente embarca na aventura por causa da companhia.  Quando terminou o filme, estava disposta a não escrever a resenha, não tinha gostado mesmo, em parte a sensação foi fruto da minha má vontade com o diretor (*que não se diluiu, diga-se de passagem*), só que refletindo sobre a película por uns dois dias, mudei de opinião.  Não é um filme ruim, trata-se de uma grande homenagem ao cinema, ainda que em alguns pontos ele tenha me desagradado pessoalmente, aliás, senti falta nas críticas brasileiras de ver esses problemas pontuados, mas comento ao longo do texto.  Segue a resenha, que demorou bastante para ser concluída e me deu muito trabalho.


Com a carreira em crise, Dalton teve que aceitar alguns papéis ridículos.
Los Angeles, 1969. Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator em decadência, famoso por interpretar um cowboy na série de TV Bounty Law (1958-63), depois de uma tentativa frustrada de se tornar astro de cinema, agora ele vive de pontas como vilão e lutando contra o alcoolismo e a depressão.  Pouca coisa restou de seus tempos de glória, mas uma delas é a fidelidade e amizade de Cliff Booth (Brad Pitt), seu dublê em todas as produções nas quais atuou.  Paralelamente ao drama de Dalton e o dia-a-dia de Booth  e sua pit bull, o filme nos introduz os vizinhos do protagonista, a atriz em ascensão Sharon Tate (Margot Robbie) e seu marido Roman Polanski (Rafal Zawierucha).  Dalton considera Polanski o melhor diretor da época e é realmente uma pena que eles nunca tenham sido apresentados, mas será que não haverá uma oportunidade?


Mas, normalmente, ele era o vilãozinho de um episódio de seriado de TV.
Era Uma Vez em… Hollywood (Once Upon a Time… in Hollywood) é quase um conto de fadas.  Está no título, aliás.  Eu que fui ao cinema assisti-lo sem sequer ler a sinopse, só sabia do elenco mesmo e do diretor, e somente percebi esse detalhe no final.  Imaginei que seria somente uma referência ao clássico Era Uma Vez no Oeste, clássico do faroeste italiano.  O filme, aliás, é cheio de pequenas e grandes referências ao cinema e TV dos anos 1950, 1960.  Quando, por exemplo, Booth entra em um dos chalés do Rancho Spahn, onde a série de TV Bounty Law (Caçador de Recompensa) era gravada, há uma foto do Zorro na parede.  Será que a série de TV do Guy Williams foi filmada lá, ou um dos filmes anteriores?  E, sim, o Spahn Movie Ranch é um lugar real, porque a história de Dalton e Booth se desenvolve paralelamente aos últimos dias de Sharon Tate.

Para quem não sabe, este ano lembramos os 50 anos do assassinato de Sharon Tate e três de seus amigos o cabeleireiro das estrelas Jay Sebring (Emile Hirsch), o roteirista Wojciech Frykowski (Costa Ronin), a milionária Abigail Folger (Samantha Robinson), além do vigia da casa Steven Parent.  Tate tinha somente 26 anos e estava grávida de quase nove meses.  Os assassinatos, cometidos com requintes de crueldade, foram perpetrados por uma seita formada pelos seguidores de Charles Manson (Damon Herriman), que acreditavam que ele era a reencarnação de Jesus Cristo e iria iniciar o Helter Skelter, uma espécie de apocalipse.  Esses assassinatos não foram os únicos, mas o primeiro massacre somente.  


Podem colocar Margot Robbie na foto, mas o filme não é sobre ela.
Parte do grupo terminou preso por um crime menor, roubo de carros, e uma das assassinas de Tate, Patricia Krenwinkel (Madisen Beaty), contou vantagem para uma colega de cela dos crimes que tinha cometido, dando para a polícia as pistas suficientes para chegar aos responsáveis pelos terríveis assassinatos.  Nenhum dos envolvidos, salvo Linda Kasabian (Maya Hawke), demonstrou qualquer arrependimento em relação aos crimes.  Krenwinkel  passou o julgamento desenhando demônios e Manson chegou a atacar o juiz com um lápis.  

Vou me desviar um pouco, mas acredito importante pontuar.  Dalton tem profundo desprezo pelos hippies, Booth nem tanto, afinal, ele não tem problemas em dar carona para Pussycat (Margaret Qualley), uma adolescente membro da seita de Manson, até o Rancho Spahn.  Em nenhum momento, o filme mostra o caráter cristão (*ainda que distorcido*) do grupo de Manson.  Isso é apagado em absoluto.  Só que estamos muito longe do movimento hippie, do seu engajamento pacifista, de suas propostas de criar uma sociedade alternativa, mais igualitária, ainda que marcada pelo uso de muitas drogas e pelo amor livre.  Qual a imagem que o filme vai deixar dos hippies para alguém desinformado, ou jovem demais paraa se lembrar deles? Jovens que defendiam "Paz e Amor", ou maníacos assassinos?

Aparentemente inocentes... Não para Dalton, claro.
Não estou falando da parte humorística do filme, mas da forma displicente como os hippies são apresentados.  Apaga-se a parte cristã delirante, algo fundamental para entender a Família Manson, e reforça-se uma imagem genérica, estereotipada e preguiçosa do movimento hippie. Sim, muitos pensavam como Dalton, que é uma espécie de lixo branco que deu certo apesar de estar em crise, mas será que dentro do filme não havia espaço para o contra-ponto?  Em uma cena, Pussycat, a adolescente que assedia Booth, fala contra a guerra do Vietnã.  

Os hippies eram pacifistas, alguns preferiam ser presos a ter que pegar em armas, protestaram contra os massacres e outros crimes promovidos pelos norte americanos, e em 1969 muita gente já estava contra a Guerra do Vietnã. O boxeador Muhammad Ali, que é citado no filme por um desrespeitoso (*e desrespeitado*) Bruce Lee, por exemplo, preferiu ser preso e perder seus todos os seus cinturões de campeão mundial a servir de garoto propaganda da guerra para que jovens negros fossem atraídos para o alistamento.    Mas coloque a única crítica à guerra na boca de uma personagem vista como louca, ou negativa, e você a esvazia, descredencia. E Tarantino é muito inteligente para não saber o que está fazendo, os demônios que está invocando.


Pussycat se oferece para Booth, que a recusa.
De resto, um dos poucos momentos em que eu ri sinceramente durante o filme foi quando Booth se recusou a fazer sexo com Pussycat, porque ela era menor de idade.  A explicação oferecida por ele é totalmente plausível em nossos dias, mas duvido que um sujeito com o perfil de Booth, ou Dalton, recusaria uma adolescente que se oferecesse a eles como a personagem o fez.  Pensem que alguns anos depois, Roman Polanski, viúvo de Sharon Tate, iria drogar e estuprar uma menina de 13 anos e isso não lhe renderia grandes problemas, ele se encrencou por não cumprir a pena que nem era prisão.  Aliás, adivinha quem defendeu Polanski publicamente em 2018?  Quentin Tarantino. Pois é para quem foi feita essa sequência?  Provavelmente, para não irritar aqueles que pudessem lançar a pecha de pedófilo sobre o filme, mas que fecham os olhos absolutamente para a forma rasa como caracterizaram o movimento hippie.  Dois pesos e duas medidas.

Voltando, Dalton representa (*e o verbete da Wikipedia em inglês é pródigo em minúcias sobre a composição do filme*) um tipo de ator muito comum.  Ele foi galã da TV um dia, ele  tentou uma carreira no cinema, ele até tem uma base de fãs, mas nunca conseguiu ser reconhecido como uma estrela.  Sua carreira declinou, assim como sua conta bancária, e ele mergulhou no alcoolismo.  Em uma das muitas participações de grandes astros no filme, temos Al Pacino que tenta agenciar Dalton para um novo filão do cinema da época, os Western  Spaghetti.  Dalton se sente ofendido, mas se você já ouviu falar de Sergio Leone e conhece um ator chamado Clint Eastwood sabe da importância desse subgênero do Western.


Dalton sofre de depressão e alcoolismo.  Ele se sente
incapaz de entregar uma grande interpretação.
E o filme poderia ser outro se Booth e Dalton embarcassem para a Itália e a película acompanhasse sua carreira na Europa.  Só que essa é somente uma parte da história de um filme que é longuíssimo, tem quase três horas de duração.  E somente depois de sair do cinema, eu soube da cena pós créditos, uma homenagem ao seriado Batman e Robin, porque a personagem de Al Pacino adverte Dalton que se ele não aceitasse a oportunidade oferecida por ele, talvez terminasse como vilão nessa série.  Olha, eu deveria ter esperado pela cena, na minha sessão, só uma mulher ficou assistindo aos créditos. 

Só que o diretor precisava trazer seus heróis de volta para a América.  Dalton tinha feito muito sucesso na Europa, mas gatador como era e padecendo de alcoolismo e depressão, ele não consegue aproveitar o sucesso.  Volta casado e anunciando que a parceria com Booth, que em dado momento do filme, ele chega a dizer que eles eram mais que amigos e menos que um casal, teria que terminar.  Os dois amigos decidem, então, tomar uma última bebedeira no mesmo restaurante no qual Sharon Tate estava com os amigos.  


Vá para a Itália e salve sua carreira.
Há uma narrativa central, a de Dalton e Booth e há a história de Tate que é discretamente contada.  O filme, aliás, não é sobre ela, por mais que Margot Robbie esteja particularmente luminosa.  É uma homenagem ao cinema e à TV, à cultura pop, enfim, mas é, antes de tudo, um bromance.  Trata-se de uma relação muito íntima entre dois homens que se amam ao ponto de serem fiéis um ao outro mesmo em situações limite.  Booth é o faz tudo de Dalton, uma mistura de mordomo, motorista e babá, além de melhor amigo.  Já Dalton, não se esquece de Booth e tenta usar da pouca influência que lhe resta para ajudar o amigo a conseguir um emprego no set de Besouro Verde.  

E, aqui, chegamos a um ponto importante, Bruce Lee (Mike Moh), que participava desse seriado no papel de Cato, o sidekick do herói, porque isso era o máximo permitido para um ator asiático naquela época.  Tarantino foi duramente criticado pela forma como representou Bruce Lee na tela.  O diretor argumenta que leu uma biografia do astro e lá estava escrito que ele era uma criatura arrogante.  Uma biografia, uma só, fora o tanto de gente que conviveu com o ator e nem falo de família, falo de gente que trabalhou com Lee e poderia falar sobre ele.  Imagino que o diretor considere arrogante um chinês reclamar dos papéis subalternos e estereotipados que eram dados aos orientais em Hollywood.  Deve ser realmente ofensivo ver um oriental, um indígena, um negro, uma mulher reclamando que são tratados de forma desigual, ou injusta.  Ele falou um monte de baboseiras a mais e eu recomendo um vídeo.  


Um Booth envelhecido derrota Bruce Lee no auge de suas capacidades físicas.
No início, houve quem colocasse panos quentes, afinal, era só a filha de Lee reclamando, mas houve outras vozes, como Kareem Abdul-Jabbar, que trabalhou com Lee e foi treinado por ele.  Mas o que Tarantino faz?  Coloca Booth, um homem de meia idade, mas um herói de guerra, branco e de olhos azuis, derrotando Bruce Lee no auge do seu vigor.  Olha, se alguém disser que foi um uso racista e babaca de Bruce Lee, assino embaixo.  Gente como Lee só pode ser desagradável para quem tem medo de mudanças sociais, de perder seu status quo, aliás, esse tipo de gente é o que normalmente não gosta dos hippies, também.  Lee aparece em outras sequências, uma delas com Sharon Tate, mas não tem mais diálogos.  


O homem branco sempre vai vencer no
final e colocar o chinês arrogante no seu lugar.
Voltando para as mulheres, há muitas participações especiais, caso de Maya Hawke, filha de Uma Thurman e Ethan Hawke (*não sei com quem ela se parece mais*) e Dakota Fanning, que eu não consegui reconhecer.  Enfim, principalmente por causa da Família Manson temos muitas mulheres na película com nomes e que conversam entre si.  A Bechdel Rule é cumprida, ainda que o filme seja sobre homens, inclusive sobre o próprio diretor que exercita as suas fantasias de vingança mais uma vez. Sim, não é sobre Sharon Tate, não é mesmo.  Ela está ali para lembrar que talvez a presença de um ou mais homens "de verdade" pudesse evitar a sua tragédia.  A mulher mais importante do filme, porque participa de uma sequência fundamental para a narrativa de Dalton, o protagonista, é a menininha Julia Butters.


Julia Butters, a melhor coisa do filme.
Butlers interpreta Trudi Fraser, uma estrela mirim prodígio que vai contracenar com Dalton no episódio piloto de um novo seriado de cowboys chamado Lancer.  A menininha parece não confiar no talento de Dalton que, depois de ratear nas falas e se martirizar por conta do alcoolismo, retorna e entrega uma atuação primorosa.  A pequena atriz acaba lhe dando um beijo enquanto diz em seu ouvido que nunca viu ninguém atuar tão bem em toda a sua vida.  A criança tinha oito anos, mas é o tipo de coisa que uma criança fala.  Eu tenho uma em casa que se comporta desse jeito.  Meu riso foi sincero e, bem, foi a melhor parte do filme para mim.


O elogio que dá força para Dalton.
Não vou me prolongar mais, não tenho como analisar algumas coisas que engrandecem o filme.  Assisti um vídeo que comentava em minúcias a forma como Tarantino usou os ângulos de câmera para retratar as transformações do Faroeste desde os anos 1950.  Deixo o link para que vocês possam checar.  Também não posso entregar o final frenético do filme, os vinte minutos que funcionam como uma catarse para quem embarca na mesma canoa do diretor, a da vingança, porque Era Uma Vez em… Hollywood  é uma uma sincera homenagem ao cinema e aos seriados clássicos de TV clássicos, mas é, também, um filme de História Alternativa no qual o ponto de divergência, aquele fato, ou momento, que muda toda a história, é muito bem explorado.  Comento um tiquinho sobre isso depois do trailer, mas só para quem não liga para spoilers.

Era Uma Vez em… Hollywood  é um bom filme, mesmo alguém que não é fã de Tarantino e que viu uma série de problemas nele, como eu, reconhece isso.  Mas trata-se de uma exaltação de modelos de masculinidade em crise, um olhar amoroso e complacente sobre esse homem branco e heterossexual meio impotente diante de um mundo em mudanças.  O problema é que esse tipo de masculinidade pode explodir de forma raivosa (*como explodem no filme, mas fica para a área de spoiler*), mas, enfim, vale o ingresso como filme.  Imagino que teremos algumas justas indicações ao Oscar.  Talvez Margot Robbie para coadjuvante e DiCaprio e Pitt poderiam ser mencionados, também.  A própria menininha, Julia Butters tem aquele perfil para receber Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


Mais que amigos, menos que um casal.
A única crítica forte que mantenho é que o filme é, sim, longo demais.  Poderia ter uns vinte minutos menos, até mais que isso.  Há quem tenha dito que não sentiu o tempo passar, eu senti, a questão é que a gente esquece do quão arrastado o filme se tornou em alguns momentos nos últimos vinte minutos e sai com a impressão de que o ritmo foi mantido o tempo inteiro.  Eu não assistiria de novo e, como disse lá no início, só vi o filme, porque minhas amigas queriam, mas isso é comigo, nada tem a ver com a qualidade da película.  É isso, Era Uma Vez em… Hollywood  já é a maior bilheteria de Tarantino em nosso país até hoje.



Se você está aqui, não se importa com spoilers, ou já assistiu ao filme.  Pois bem, Era Uma Vez em… Hollywood é uma ucronia, história alternativa.  O diretor já tinha se aventurado nessa seara em Bastardos Inglórios e voltou a ela.  Histórias assim podem ser bem interessantes, mas esse fator só é explorado bem no final do filme.  É somente um mecanismo de vingança e de exaltação daquele modelo em crise de masculinidade que faria toda a diferença em uma situação limite.  Tipo, como é que três hippies idiotas conseguiram matar quatro pessoas, sendo dois deles homens?  Faltou testosterona e uma pit bulll, claro.

Tarantino visivelmente tem ódio de Manson e dos membros de sua família, embora só os chame de hippies, generalizando o grupo sem mostrar que eram fanáticos religiosos cristãos.  Antes do grupo partir para massacrar Sharon Tate e seus amigos, eles cruzam com Dalton, que os escorraça, e terminam fazendo uma discussão sobre a influência da TV e outras mídias na formação produção de desajustados e criminosos.  Nenhuma linha sobre as alucinações religiosas cristãs de Manson, mas quero imaginar que é uma ironia com aqueles que culpam os vídeo games pelos crimes violentos.  Darei esse voto de confiança ao diretor.  Mas, enfim, o gatilho da mudança no rumo da história é simples: e se os assassinos entrassem na casa errada?  Pois é, entraram.


Não sei se a imagem dos pit bulls vai ser
ainda mais arranhada por causa desse filme.
Os três hippies, porque uma arrumou uma desculpa para desistir, salvando sua vida, dão de cara com um Booth, e lembrem que ele bateu em Bruce Lee, e a coisa não prestou. O dublês estava muito bêbado e drogado, mas dá conta dos três junto com sua cadelinha de estimação.  Os maníacos nem tiveram a chance, foram trucidados.  Nassa sequência, o diretor exercitou toda a sua veia para a ultra violência estilizada.  Eu confesso que ri de nervoso e tive vergonha de não conseguir me controlar.  Entendo o gosto pela história alternativa, mas ela não deve ser usada somente para fazer justiça com as próprias mãos, aliás, justiça antecipada.  

De qualquer forma, não sou do tipo que acredita que a gente se alivia imaginando os inimigos, ou desafetos, sofrendo, ou que compor peças de história alternativa possa servir para nos libertar de sentimentos ruins.  Me parece infantil e imaturo, sabe? Esta semana, aliás, tivemos nossa cota com a comemoração do governador do Rio da execução do sequestrador do ônibus na Ponte Rio-Niterói.  Fazer humor com nazistas, ou hippies do mal (*embora para Tarantino só sejam hippies*), sendo trucidados não vai me dar nenhum alívio.  Fazer com que as pessoas compreendam os contextos históricos e os mecanismos que permitem que gente tão doente, ou perversa, ou insensível assuma o poder e cometa atrocidades é muito mais urgente.  Mas cada um com seu cada um.


Margot Robbie está luminosa, mas o
filme não é sobre ela, ou sobre Tate.
Quando Era Uma Vez em… Hollywood termina fica a deixa para um filme dois, basta querer executá-lo.  Dalton finalmente consegue conversar com os vizinhos, ele acaba sendo convidado por Sharon Tate para contar os detalhes do ataque horrível, enquanto Booth, que fez tudo sozinho, vai para o hospital.  Concluindo, para mim foi meio que um alívio não ter que assistir ao assassinato real de Tate, estava me dando angústia, mas antes mesmo do desfecho, desconfiava que Dalton e Booth iriam acabar envolvidos no caso, mas o final foi bem interessante, apesar das ressalvas que eu coloquei.

2 pessoas comentaram:

Só vou deixar esse link que mostra como o Bruce Lee realmente era.

https://youtu.be/JVXzwtPddWA

Obrigado pela crítica, foi a única que me situou nos acontecimentos que o filme tenta recriar, por exemplo não conhecia a história da Sharon Tate e agora faz mais sentido na minha cabeça o porque dela existir no filme.

No geral também gostei, mas queria que ele fosse pelo menos uns 30 min. menor, tinha horas que eu saia do filme devido a sua narrativa fragmentada, e sobre a cena final eu juro que fiquei olhando a violência e só achando "tá, e daí?" enquanto o cinema inteiro gargalhava, sabendo agora do contexto novamente encontro motivo para ela existir, mas foi um negócio tão exagerado e "Tarantinesco" que eu não sei se gosto ou não do desfecho.

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