terça-feira, 19 de novembro de 2019

Nise da Silveira terá seu nome inscrito no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria


Direto da página da Câmara: "A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 9262/17, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que inscreve o nome de Nise Magalhães da Silveira no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A relatora, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), recomendou a aprovação.  Como a proposta tramita em caráter conclusivo, está aprovada pela Câmara dos Deputados e deve seguir para o Senado, a menos que haja recurso para análise do Plenário."

Nise da Silveira  (1905-1999), médica alagoana, foi a única mulher de sua turma a se formar na faculdade de medicina da Bahia, tornou-se uma psiquiatra pioneira no uso da arte terapia, no uso de animais nas terapias com doentes psiquiátricos, e na aplicação das ideia de C. G. Jung no Brasil.  Condenava o uso do eletrochoque e da lobotomia quando eles eram regra na medicina.  Durante a Ditadura do Estado Novo (1937-45), foi denunciada como comunista e permaneceu anos na cadeia sendo reintegrada ao serviço público depois da anistia aos presos políticos.  Reabilitada em 1944, passa a se dedicar a um ramo pioneiro da psiquiatria, a terapia ocupacional.  Fundou no Rio de Janeiro, em 1952, o Museu de Imagens do Inconsciente.  

Glória Pires interpretou Nise no cinema.
A vida de Nise da Silveira foi contada no cinema em 2016.  O filme Nise: O coração da loucura é estrelado por Glória Pires e dirigido por Roberto Berliner.  Há resenha da película no Shoujo Café, basta clicar aqui.

São poucos nomes no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, dentre os agraciados constam poucas mulheres e elas são Anna Justina Ferreira Nery, mais conhecida como Ana Néri, patrona da enfermagem e que participou da Guerra do Paraguai  (1864-1870)Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi; Bárbara de Alencar, primeira presa política do Brasil. Heroína da Revolução Pernambucana (1817); Clara Camarão, indígena, que participou da Insurreição Pernambucana (1645-1654), a Segundo Sargento Antônia Alves Feitosa, mais conhecida como Jovita Feitosa, que queria lutar na Guerra do Paraguai; Zuleika Angel Jones, mais conhecida como Zuzu Angel, estilista e vítima da Ditadura Civil-Militar (1964-85); e as líderes quilombolas Dandara dos Palmares e de Luiza Mahin.  Curiosamente, não temos o nome de Maria Quitéria de Jesus Medeiros, heroína da Independência no livro ainda.  Bem, colhi os nomes da Wikipedia, acredito que esteja atualizada.  

O tal livro.
Curiosamente, encontrei uma matéria do fim de 2018 falando de novas inclusões de mulheres Maria Quitéria entre elas, mais Sóror Joana Angélica de Jesus e Maria Felipa, as três heroínas baianas da Independência.  Dona Leopoldina, nem sombra.  Os monarquistas deveriam fazer algo nesse sentido, já que parece que esqueceram dela.  Agora, nessa lista de 2018 faziam parte Jovita, Clara Camarão, Bárbara e Zuzu Angel, então, desculpem não conseguir dar uma lista precisa.  A Agência Pública coloca a mesma lista de novos 21 nomes, acredito que a Wikipedia está incorreta, enfim.

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