Joye Evelyn Hummel, ou Joye Hummel, foi a primeira mulher a escrever roteiros da Princesa Amazona ainda no tempo do criador da heroína, William Moulton Marston. Ela conheceu Marston na universidade, sendo sua aluna em disciplinas de psicologia. Excelente aluna, ela chamou a atenção do professor e foi primeiro contratada para datilografar seus roteiros. Quando Marston adoeceu, ele contraiu poliomielite, ela, que só tinha 19 anos, foi contratada para substituí-lo temporariamente e escreveu cerca de 70 roteiros. O problema é que ela não assinava seus roteiros, ela era uma ghostwriter de Charles Moulton. Imagine quantas outras mulheres devem ter sido esquecidas por causa disso?
Hummel abandonou os quadrinhos em 1947, depois de seu casamento, alegando que queria se dedicar aos cuidados de sua enteada. Mais tarde, ela afirmou em entrevistas que mesmo se não houvesse a sua filha, a morte de Marston, no mesmo ano, fez com que seu interesse por continuar trabalhando com quadrinhos desaparecesse, porque os novos escritores eliminaram muito do feminismo da Mulher Maravilha. Ela não gostava da nova versão da heroína.
O papel de Hummel na construção da Mulher Maravilha só foi amplamente divulgado em 2014, quando ela deu entrevista para o livro The Secret History of Wonder Woman de Jill Lepore. Hummel foi então contactado pelo Smithsonian Institute, que lhe pediu as duas pastas embaladas contendo as edições da Mulher Maravilha que ela escreveu. Ela também entrou em contato com Mark Evanier, que queria documentar os primeiros anos dos quadrinhos. Hummel ganhou o Prêmio Bill Finger de 2018 por Excelência em Escrita de Quadrinhos e foi uma das convidadas de honra na San Diego Comic-Con International. Hummel faleceu no último dia 5 de abril, um dia depois do seu aniversário de 97 anos. A causa não foi revelada.
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