segunda-feira, 24 de maio de 2021

JBC anuncia a reedição da Princesa e o Cavaleiro na live do JBOX TV


 Assisti boa parte da live da JBC no JBOXTV.  A live tinha como título Shoujo Mangás: Muito Além das Flores e o objetivo era falar da demografia, traçar uma história e, ao mesmo tempo, celebrar os vinte anos da JBC publicando mangás.  Parei o meu trabalho, estou produzindo slides sobre Absolutismo e Mercantilismo, não levei o pobre Meteoro (*meu cachorro*) para passear, e assisti ao programa, porque a Pachi me chamou.  Até comentei mais do que devia, posso ter sido até inconveniente até, mas confesso que não tenho mais idade para ter paciência com gente que visivelmente não gosta de shoujo, ainda mais querendo desviar o assunto a todo momento para falar de outros temas.  "No meu tempo de criança, meninos e meninas assistiam Fantomas e Speed Racer, todo mundo gostava das mesmas coisas, o que importa é a qualidade.".  

Bem, eu não lembro de Fantomas na TV, sou ligeiramente menos velha, mas a gente assistia QUALQUER ANIME que passasse na TV.  O que tinha, a gente via.  Coisa boa, coisa mais ou menos, a gente via.  Também achei meio o fim da picada confundirem character design do anime de Cavaleiros do Zodíaco (セイントセイヤ),,e da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら) com os respectivos mangás.  Sério gente?  Pessoa que publica mangá, que é do meio, e não sabe que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa?  E ainda meio que impedindo que as moças da live falassem.  OK, mas eis que iam fazer o anúncio de um mangá.  Pela forma como o Del Greco estava encaminhando a coisa, eu desconfiei que não seria nenhuma novidade, mas uma reedição de luxo de alguma coisa.

Enfim, teremos A Princesa e o Cavaleiro em formato grande e dois volumes.  É bom ter este mangá, um clássico, uma das pedras fundamentais do shoujo mangá com qualidade?  É, sim, mas preferia uma novidade de fato, uma série nova.  Fico também me perguntando se há público para A Princesa e o Cavaleiro para além dos entusiastas por Tezuka e dos estudiosos de mangá, mas como nunca saberemos se um mangá vende, ou não vende, porque eles só comentam quando é um sucesso absurdo, tampouco sabemos das tiragens, eu nem me estresso mais com essas coisas.

A Princesa e o Cavaleiro, ou Ribon no Kishi (リボンの騎士), conta a história de uma princesa que, por uma traquinagem de um anjo, nasce com dois corações, um de menino e outro de menina.  Como no reino de seus pais somente os homens poderiam reinar, o rei e a rainha decidem esconder que Safiri é uma garota e ela é publicamente um menino, mas recebe uma educação adequada aos papéis de gênero masculinos e femininos.  Se a fraude for descoberta, uma tragédia poderá acontecer.  Mas a princesa cresce, seu coração de  mulher muitas vezes se insurge e ela e ela conhece o príncipe do reino vizinho por quem se apaixona.  O anjo brincalhão também recebe a ordem de vir para a Terra e recuperar o coração de menino.  E, bem, seu segredo não será um segredo por muito tempo... Safiri é a primeira garota-príncipe e um modelo para todas as outras.

O mangá foi publicado originalmente na Shojo Club entre 1953 e 1956, sendo o primeiro shoujo mangá a seguir um modelo de serialização que já estava em vigor nas revistas para garotos, incorporando, também, a narrativa inspirada no cinema.  A série teve uma continuação com os filhos da heroína e foi republicada na Nakayoshi entre 1963 e 1966 com algumas revisões e com correções no olhos para que eles ficassem mais de acordo com a estética dos shoujo mangá. Devo comprar essa nova edição de A Princesa e o Cavaleiro, mas fiquei um tanto frustrada.  Há muita coisa que não saiu no Brasil e não sei se A Princesa e o Cavaleiro vem porque tem público, ou por ser escolha do editor.

3 pessoas comentaram:

Pelo o que tava caminhando da live, também achei que não seria coisa nova, ainda mais se olhar o que estão publicando e vão publicar esse ano: é quase tudo reimpressão ou nova edição de algo já publicado. O que tem se novo é Clear Card, que é continuação. Eu também queria algo novo, mas parece que a JBC não vai ser quem vai oferecer isso

Valéria, a JBC anunciou My Broken Marino, fiquei muito feliz!

Fui assistir por causa dos seus comentários Valéria, e constatei a mesmíssima coisa. Tenho preguiça desse bando de homens que desviam do assunto/tema principal que é falar de SHOUJO! Citaram Fantomas, Rurouni Kenshi... Aff E realmente me engasguei de rir quando discorreram que o traço do Kurumada (CDZ) e da Ikeda (RdV) têm semelhanças!! Oi? Não seria o mesmo character design do Araki feito para o anime de ambas as obras??

Desagradável também os comentários do público desmerecendo a live por causa do tema. Podiam ir todos praquele lugar. Só acho.

A minha edição meio tanko de A Princesa e o Cavaleiro tá pedindo arrego, talvez eu adquira este lançamento, mas só com uma boa promoção da vida.

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