sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Comentando Passaporte para Liberdade (Brasil/2021): Quando uma Brasileira Decidiu Fazer Diferença, Quando Poderia se Calar

Em 2019, fiquei sabendo que a Globo, junto com a Sony, tinha colocado em pré-produção uma série sobre Aracy de Carvalho, apelidada de "Anjo de Hamburgo", cidade alemã onde ela trabalhava no consulado brasileiro como responsável pela liberação de vistos.  Aracy teria sido responsável por conseguir a liberação de dezenas de vistos para judeus em um momento em que crescia a perseguição nazistas que desembocaria no Holocausto.  Aracy conheceu em Hamburgo o cônsul-adjunto João Guimarães Rosa, sim, o escritor, que tornou-se seu parceiro e com quem se casou em 1940.  Em 1982, após investigação criteriosa, ela foi agraciada pelo governo de Israel com o título de "justa entre as nações".    Segunda-feira passada, a Globo estreou a minissérie na TV aberta e no Globoplay.  Como são dois blocos de 4 episódios, decidi comentar a primeira parte toda de uma vez.

O seriado começa com a chegada de Guimarães Rosa (Rodrigo Lombardi) à Hamburgo.  A funcionária Aracy Moebius de Carvalho (Sophie Charlotte), que acabou de conseguir o seu divórcio do marido alemão, é peça central em uma rede que se empenha em conseguir vistos para que judeus possam sair da Alemanha para o Brasil.  Para agilizar as coisas, já que o governo brasileiro tenta dificultar a entrada de judeus, Aracy usa de expedientes para enganar o cônsul, Joaquim Antônio de Souza Ribeiro (Tarcísio Filho), transformando vistos de turista em permanentes.  

O cônsul encarrega Aracy de ajudar Guimarães Rosa, que fica encantado por ela, mas suspeita que a jovem possa estar envolvida em algo perigoso, a encontrar um apartamento.  Aracy não gosta nada disso e decide despistar o cônsul-adjunto. Guimarães Rosa é antifascista e fica particularmente abalado pela Noite dos Vidros Quebrados (9-10 de novembro de 1938). Aracy termina confiando nele, os dois se aproximam e ele se torna cúmplice nas ações da protagonista usando de suas boas relações com o ministro das Relações Estrangeiras, Oswaldo Aranha, para que aumente as cotas de vistos de Hamburgo, apesar da circular secreta 1127 recomendar que os vistos aos judeus sejam reduzidos ao máximo.

Além dos dois protagonistas, a série tem pelo menos mais três personagens importantes.  Milton Hardner (Stefan Weinert), um ex-policial e parceiro de Aracy nas suas ações de auxílio aos judeus.  Ele ainda mantém relações com gente dentro da polícia e a protagonista diz para Guimarães Rosa que ele é seu instrutor de direção.  Taibele Bashevis (Gabriela Petry), uma jovem que se afastou de sua família religiosa e é cantora usando o nome de Vivi Krüger e fingindo ser ariana.  Vivi é amante de um oficial das SS que a protege e domina, ao mesmo tempo, e viciada em cocaína.  Sua amiga, Helena (Sivan Mast), que faz parte da resistência ao regime, tenta aliciá-la como espiã.  Aliás, essa amiga termina sendo ameaçada pela máfia judaica, que existia e não sei como será desenvolvida na trama.

E a terceira personagem importante é o Capitão Thomas Zumkle (Peter Ketnath), o amante de Vivi.  Bem relacionado, provavelmente oriundo de uma família poderosa, ele é responsável pelo processo de arianização da economia de Hamburgo.  Explicando, entre 1933 e 1938, os judeus foram pressionados a passar os seus negócios para o nome de arianos, ou vendê-los, a partir de 1939, a coisa se tornou obrigatória.  Os empreendimentos de judeus eram leiloados para arianos por baixo preço, ou apropriados por gente ligada ao Estado, garantindo o enriquecimento de uma série de pessoas.

Zumkle começa como uma personagem dúbia.  Seria ele um nazista honrado?  A relação com Vivi até o episódio #3 é desigual, como não poderia deixar de ser, é desigual, mas ele a protege e tenta salvar o pai dela, o que acaba redundando em fracasso, porque um dos "amigos" de Zumkler, o Coronel Schaffer (Tomas Sinclair Spencer), decide eliminar o sujeito só por diversão.  Zumkler também tenta salvar Hugo Levy (Bruce Gomlevsky) para pagar uma dívida de honra que o médico judeu rico nem sabe que existia.  É por causa de Levy que Zumkler cruza o caminho de Aracy e passa a persegui-la por estar obcecado por ela.  Falando em Hugo Levy e sua esposa, eles são os típicos judeus que não acreditavam que o discurso nazista era para eles, também.  Para não me estender nisso, recomendo este outro post.

Enfim, Zumkler acredita que Aracy é uma mulher fácil e que iria ficar intimidada, ou fascinada por ele (*o ator é lindo, lindo, lindo*), mas ela o rejeita e acaba engrenando o romance com Guimarães Rosa.  A partir daí, ele meio que expõe o seu lado nazista malvado, porque ninguém chegaria à posição em que ela está sendo uma pessoa minimamente legal.  O sujeito não vira uma caricatura, a construção da personagem é sutil, mas ele mostra que não é tão honesto quanto aparentava e é violento com Vivi, muito por ela o ter rejeitado e culpado pela morte do pai.  Zumkler não pode forçar Aracy a ir para a cama com ele, mas pode estuprar sua amante judia cuja vida está em suas mãos.  Sim, é um spoiler, desculpem.

No geral, a série é boa.  O elenco é internacional, com brasileiros, alemães e pelo menos uma atriz israelense que estava no excelente Através do Muro. No geral, o inglês de todo mundo, língua da série, não irrita os meus ouvidos, mas eu não veria Passaporte para Liberdade dublado, porque nem usar os atores brasileiros para fazerem suas próprias vozes usaram.  Já as legendas do Globoplay são irritantes.  Aliás, o streaming só oferece opção de legendas em português para tudo e eu as considero deficientes e cheias de coloquialismos esquisitos (*"cê", "tá", "tava" etc.*) em todos os programas.  Não consigo imaginar o culto Guimarães Rosa, ou qualquer pessoa bem educada dos anos 1930 falando desse jeito.  

Agora, ter gente falando inglês na Alemanha e brasileiros falando entre si, em privado, em inglês é esquisito e tira um pouco da seriedade do material.  Quando anunciaram a série, disseram que ela seria falada em várias línguas.  Já ouvi coisas em alemão ao fundo e não houve legenda.  A oração fúnebre de Vivi para o pai, que deveria estar em hebraico, ou ídiche, também não foi legendada e a moça e a mãe trocam algumas palavras em ídiche e ficou sem tradução do mesmo jeito.  Isso é péssimo.

A série usa e abusa, no que acerta muito, das cenas de época, inserindo pedaços de documentários e registros dos anos 1930 ao longo dos capítulos.  É uma saída excelente, especialmente, para que as pessoas visualizem as ações do Estado Nazista.   Ainda assim, a série deslizou exatamente na Noite dos Cristais (Kristallnacht), ou noite dos Vidros Quebrados.  Explicando, em agosto de 1938, a Alemanha expulsou do país todos os judeus poloneses que foram levados para a fronteira quase sem nenhum de seus pertences.  A Polônia se recusou a recebê-los, deixando-os como cidadãos apátridas e na terra de ninguém em pleno inverno.

Um adolescente de 17 anos, judeu polonês residindo em Paris, ficou transtornado ao saber que sua família estava naquela situação.  Pegou uma arma e alvejou várias vezes um diplomata alemão na embaixada da capital francesa.  Criou-se uma grande comoção, quando o homem morreu, houve o ataque a todas as sinagogas, negócios e até residências de judeus na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia nos dias 9-10 de novembro.  Não adiantava chamar a polícia, ou os bombeiros.  Houve linchamentos e estupros.  

No outro dia, homens judeus começaram a ser presos.  A comunidade judaica se viu obrigada a pagar os prejuízos, sob acusação de ter causado dano aos bens de alemães (*os judeus tinham perdido a cidadania em 1935 com as Leis de Nuremberg*) por não terem cuidado da segurança.  Na série, só vemos agentes do Estado participando dos atos de violência, mas há farto material fotográfico e fílmico mostrando que civis atuaram na Noite dos Cristais.  O regime nazista é um regime de massa.  A série não poderia ter errado aqui, ficou parecendo que o povo alemão, que em sua maioria apoiava o Hitler, não teve nada a ver com o horror.

Outra cosia que foi meio irritante é Aracy repetindo no primeiro e no segundo capítulo, depois parou, como a vida das mulheres era melhor na Alemanha, que lá ela podia dirigir, como se no Brasil, caso tivesse dinheiro para um carro, estivesse impedida.  A insistência sobre a autonomia das mulheres alemães não combina muito bem com o que o governo nazista defendia.  No discurso oficial nazista, as mulheres tinham direito a três "K", Kinder, Küche, Kirche (crianças, cozinha, igreja), os papéis públicos das mulheres no regime nazista, e Aracy chegou na Alemanha em 1934, eram regulados pelo regime e estavam a serviço dele, o ideal, no entanto, é que fossem donas de casa e tivessem muitos filhos.

Nessa mesma linha, me espanta que a secretária do consulado, Tina Fallada (Aryè Campos), veste-se combinando peças vistas como masculinas e femininas.  É fato que as calças compridas para mulheres começaram a ser vistas como aceitáveis em ambientes graças a algumas atrizes como Katharine Hepburn, que fazia o gênero tomboy, além de ser muito assertiva em suas declarações e atitudes públicas.  Agora, uma coisa é uma mulher moderna usar calças compridas em um clube, ou outro espaço de lazer, ou uma uma atriz fazer isso, outra coisa é a secretária de uma repartição pública fazer isso como se fosse a coisa mais normal.  E Tina Fallada sempre usa esse tipo de roupa, é sua marca registrada.  Sim, eu sempre olho o figurino.

A pior e a melhor sequência da série até agora foram protagonizadas por Vivi. A primeira serve para introduzir Zumkler.  A moça está passando pela rua vestida de forma elegante e sensual, ela é abordada por meninos da Juventude Hitlerista que a chamam de prostituta, a assediam e terminam descobrindo que ela é judia.  Zumkler chega para resgatá-la e pune os garotos.  Ora, os garotos da JH não iriam atacar um a mulher na rua sem ter certeza de que ela era judia.  Fosse Vivi uma ariana, eles estariam encrencados.  Ao colocar a cena, parece que a minissérie queria destacar o quanto o nazismo era brutal com as mulheres, mas além de ser um exagero, entra em contradição com o discurso de Aracy e a atitude de Tina.

A segunda sequência com Vivi é quando ela está na casa da mãe, uma mulher ultraortodoxa e que havia repudiado a filha, mas que voltara atrás depois da Noite dos Cristais e um garoto da JH bate à porta e lhes entrega uma caixa dizendo ser da prisão.  O garoto avisa que elas têm que pagar a conta da entrega fazendo um depósito bancário.  Ao abri a caixa, são as cinzas do patriarca da família.  Houve uma cena semelhante no filme Swing Kids, que é sobre os meninos fãs de Jazz que eram perseguidos, porque o estilo musical era considerado coisa de judeus e negros.  Enfim, em Swing Kids, o protagonista, que é interpretado por Robert Sean Leonard, houve o choro e o desespero da família da rua.

O horror do Holocausto ainda estava começando, mas a série é muito eficaz em mostrar que mesmo no começo, ele não era algo tolo, porque todas as vidas importam.  Aliás, essa ideia de que as coisas só ficaram ruins depois, parece nortear o discurso dos historiadores Fábio Koifman (*o que mais dá entrevistas*) e Rui Afonso criticando a minissérie e colocando em questão a figura de Aracy e seu papel naqueles meses no consulado de Hamburgo.  Sim, eu não posso terminar a resenha, e haverá outra avaliando a segunda metade da série, sem falar da controvérsia histórica envolvendo o Anjo de Hamburgo.  

Segundo Koifman, o estudo desenvolvido pelos dois evidenciou que Aracy não agiu de forma heroica, tampouco fez algo que não estava em consonância com as leis brasileiras, ou seja, ela fez o que qualquer funcionário poderia fazer.  Eu não li o trabalho deles, um capítulo no livro Judeus no Brasil: História e Historiografia (2021), que é em homenagem ao medievalista Nachman Falbel (*tenho livros dele em casa*) e reúne vários artigos.  Até compraria o livro, se conseguisse acesso ao índice, mas como não consegui, não vou pagar caro em um livro que pode me interessar muito pouco.  Muito bem, vamos lá.


O primeiro ponto é que os historiadores podem estar certos e errados ao mesmo tempo.  Primeira coisa, eles parecem absolutamente certos em um aspecto, os vistos dos judeus eram identificados com a letra "J", porque judeus poderiam vir para o Brasil em duas condições, caso pudessem colaborar de alguma forma (*empresários, técnicos, artistas etc.) e com visto de turista, que era temporário.  E, vejam que legal, a minissérie não errou nesse ponto, ela segue direitinho o que eles apontaram.  No entanto, em TODAS as matérias Koifman repete que não havia nenhuma restrição do governo brasileiro aos judeus em 1938-39 e que as coisas na Alemanha não estavam tão ruins assim (ainda).

Em matérias de jornal, costumam retalhar o que a gente fala.  Já dei várias entrevistas para meios de comunicação e sei disso, mas como historiadora, as falas de Koifman me parecem estranhas.  Vamos ao segundo ponto, então?  É fartamente documentado que o governo brasileiro tinha circulares secretas, que a série vem citando de forma bem pertinente, limitando os vistos para os judeus.  Então, imagine se Aracy e Guimarães Rosa não tivessem agido?  Está documentado que o Embaixador em Budapeste (Hungria) negava os vistos aos judeus e comunicava orgulhosamente ao governo brasileiro o cumprimento da diretriz 1127.  Bastou uma busca e eu cheguei lá. No mundo real, um burocrata interessado pode ajudar a salvar vidas, ou economizar meses de dor de cabeça, ou ferrar com você.  Neste caso, deixar morrer mesmo.

Encontrei o artigo Além do Estado e da ideologia: imigração judaica, Estado-Novo e Segunda Guerra Mundial e destaco o seguinte: "O anti-semitismo esteve presente nos anos 1930 e 1940 em importantes círculos do governo, especialmente o Itamaraty, e sua mais grave conseqüência foram as circulares secretas que restringiram a imigração de judeus ao Brasil a partir de 1937. Este anti-semitismo produziu episódios terríveis, como a história dos três mil vistos a católicos não-arianos que o Vaticano solicitou ao governo brasileiro e que, em sua maior parte, acabaram sendo recusados, conforme o livro do historiador Avraham Milgram, e centenas de histórias trágicas de refugiados que não puderam entrar, conforme as pesquisas de Maria Luíza Tucci Carneiro. Neste sentido, não há dúvida de que a política do governo brasileiro foi conivente com o anti-semitismo na Europa. Embora o Estado Novo tivesse núcleos ideológicos afinados com regimes de extrema direita, como os de Portugal e Polônia, com o fascismo italiano e mesmo com o nazismo alemão, não se pode, no entanto, defini-lo como um regime fascista ou nazista, historiograficamente falando."  

Espero que vocês tenham entendido que o Brasil, se pudesse, não aceitaria judeus, o governo estava cheio de antissemitas, como também buscou restringir a entrada de japoneses mais ou menos na mesma época, antes da 2ª Guerra Mundial alegando motivos eugênicos, isto é, de melhoria da "raça".  Eu não sou especialista em Brasil, nem em Estado Novo, ou imigração judaica e eu sei disso, porque é algo fartamente documentado, discutido e exposto.  Claro, se você não lê sobre isso, pode não saber, mas eu fiquei dez anso dando aula para o terceiro ano do Ensino Médio.  A minissérie está seguindo direitinho a História e matando a cobra e mostrando o pau, porque nos papos entre o cônsul e Guimarães Rosa e Aracy são citadas as circulares secretas por número.  E se você jogar no Google, elas aparecem, porque são documentos públicos e o primeiro link costuma ser o do Museu do Holocausto.  E vamos ao terceiro ponto!

O título de justo ou justa entre as nações é usado pelo Estado de Israel para descrever não-judeus que arriscaram suas vidas durante o Holocausto para salvar judeus do extermínio pelos nazistas por razões altruístas. Vocês imaginam o Estado de Israel dando esse título para qualquer um?  Sem investigar muito bem?  Sem ouvir testemunhos, ou observar provas documentais?  Eu não imagino que saiam dando esse título para qualquer um.  E eu posso estar sendo má, porque, repito, não li o trabalho dos historiadores que atacaram a minissérie e sei que as matérias retalham as falas, mas fica meio que no ar a insinuação de que Aracy foi desonesta, que se aproveitou de judeus assustados para ganhos pessoais, autopromoção, essas coisas.  Só que em 1937, 1938, 1939, ninguém tinha ideia do que iria acontecer no futuro, só que havia gente desesperada e precisando de ajuda e você era o burocrata que poderia ajudar, ou dar de ombros.  

Essa, é a pior parte, acho, porque há os testemunhos e a série acertou muito ao colocá-los no final.  É algo que lembra o que era feito em Amor e Revolução, a novela do SBT sobre o Golpe Civil Militar.  Em Passaporte para Liberdade, são os filhos e netos de gente que Aracy ajudou a salvar que falam dela, de como ajudou, inclusive, a salvar pertences dessas pessoas, algo mostrado na série, porque o governo alemão tributava em NOVENTA e SEIS PORCENTO tudo o que os judeus tinham, ou seja, eles chegariam ao Brasil na miséria.  Sim, as coisas iam piorar, mas elas não estavam ruins em 1938-39?  Desculpem estavam, sim.

Sim, eu sei que vão romancear a história de Aracy e Guimarães Rosa, o romance começou no capítulo #3 e as cenas nem são lá muito interessantes ainda.  Alguns diálogos me parecem um tanto piegas.  O capitão nazista bonitão é uma invenção da série, mas o desespero dos judeus, as famílias ameaçadas, as pessoas presas e torturadas, as Leis de Nuremberg e a Noite dos Vidros Quebrados, tudo isso aconteceu.  E é reconfortante, porque não fui convencida do contrário, que brasileiros tenham ficado do lado certo, mesmo com as pressões do governo do seu país, que era simpatizante da Alemanha, a não fazerem nada, ou fazerem muito ponco.

Antes de terminar, três coisas.  Rachel Anthony assina o roteiro junto com Mário Teixeira e isso deve estar funcionando para o bem da série.  O ator Pierre Baitelli está no capítulo #4, mas não foi listado no Imdb da série, nem na Wikipedia.  E, ontem, o linguista Marcos Bagno fez um post no Facebook, que depois apagou, sei lá, comentando que o uso dos artigos definidos parecem estar desaparecendo em algumas situações no português brasileiro.  E ele citou o título da série que deveria ser Passaporte para a Liberdade, mas que o "a" sumiu, porque o título é uma tradução direta do inglês, Passport to Freedom.  Ficou feio e errado, por assim dizer.  É isso.  Feliz Natal pra vocês.

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