segunda-feira, 13 de março de 2023

Oscar consagra Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, figurinista de Wakanda Forever faz história e Naatu Naatu, também.

Não consegui assistir todo a premiação.  Eu estava assistindo na TNT e Ana Furtado estava insuportável como apresentadora principal.  Fora o excesso de propaganda da Samsung, não que programas não precisem ser patrocinados, mas a coisa estava tão excessiva que me deu nervoso.   Enfim, quando parei de assistir, o ponto mais emocionante tinha sido o Oscar de ator coadjuvante para Ke Huy Quan, eu fiquei no limite de chorar junto, porque é um caso de reconhecimento de uma carreira que estava nas sombras.  Só que eu comentei no post de ontem que não tinha visto quase nada, preciso corrigir isso.

Michelle Yeoh também fez um belo discurso ao receber o seu oscar de melhor atriz, ela marcou a importância da representatividade, de meninos e meninas parecidos com ela poderem se sentir ali, também.  Foi uma premiação que se esforçou um tanto para se mostrar diversa, mas sempre há umas arestas a aparar, vide as ausências de indicação de mulheres na direção, quando seus filmes estavam indicados a melhor filme.  Sim, acontece com os homens também essa sacanagem, vide o caso de Argo, ou Avatar, nesta mesma edição, PORÉM as mulheres diretoras são excluídas e ignoradas como regra, por isso mesmo, a exceção de duas diretoras ganhando nos últimos dois anos é isso, EXCEÇÃO, não muda a REGRA.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo saiu com sete oscars, dentre os mais importantes, só escapou melhor ator que foi para Brendan Fraser, mas o filme não estava competindo na categoria.  Eu queria que Angela Basset levasse o prêmio de atriz coadjuvante, porque com toda a irregularidade de Wakanda Forever, ela brilhou e foi muito. Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo tornou-se o filme mais premiado, com conjunto com outras premiações, desde O Senhor dos Anéis (*eu não gosto desse filme, enfim.*).  Nada de Novo no Front pegou quatro e achei justo que fosse o melhor filme em língua estrangeira.  Eu detestei a dupla premiação de Parasita, porque é um prêmio do cinema em língua inglesa, logo, ele abocanhar melhor filme e filme em língua estrangeira é uma aberração e, claro, eu não vejo tanto mérito assim no filme coreano e comentei isso à época.  


Agora, dois destaques, um para a figurinista de Wakanda Forever, Ruth E. Carter, que foi a primeira mulher negra a receber dois prêmios oscar.  Como o filme não tinha vencido o prêmio do sindicato dos figurinistas, e fiz post sobre isso ontem, ela não era favorita.  Eu esperava que Elvis levasse, mas perdeu dois prêmios dados como certos, figurino e fotografia.  Enfim, Ruth E. Carter fez um excelente trabalho em Wakanda Forever e é bom vê-la sendo reconhecida de novo, ainda mais de surpresa.

E teve o prêmio para Naatu Naatu e eu não acredito que a Índia não tenha indicado RRR (Revolta, Rebelião, Revolução), porque me parece um caso de escolha política mesmo.  O filme é ótimo, é elogiado, mas é incômodo.  E eu olho para RRR e penso em Aquarius, não que eu goste particularmente desse filme, mas ele era o que de melhor tínhamos naquele ano e Sônia Braga teria recebido uma indicação ao oscar de melhor atriz com certeza.  Mas está aí abaixo a belíssima apresentação de Naatu Naatu no Oscar.  Ficou espetacular.

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