Bem, o terceiro episódio de Yubisaki to RenRen (ゆびさきと恋々) estreou no sábado. A história progride de forma agradável e, pelo menos por enquanto, previsível. E não é crítica, é só uma constatação. Yuki está apaixonadíssima por Itsuomi, ela quer e precisa expressar este sentimento, no entanto, estamos em uma shoujo de romance bem quadradinho. O que isso significa? As coisas irão devagar e, de repente, podem se acelerar muito. Neste momento, é devagar mesmo e estou gostando. Nada a reclamar.
Yuki decide fazer um guia da língua de sinais japonesas que ela usa, porque há duas, inclusive houve uma postagem do estúdio falando das dificuldades de representação em tela dos sinais (*há duas variantes no Japão: “Nihon Shuwa” e “Nihongo Taioushuwa”*) e a felicidade em perceber que o trabalho foi bem feito, para o rapaz. Se Itsuomi não é bobinho e ele não parece ser, basta juntar esse guia, uma declaração de amor em forma de palavras e desenhos feitos à mão com todo cuidado, e as expressões da moça para entender as coisas. Ele entendeu, porque lhe disse que preferia que ela mesma lhe ensinasse. Óbvio que ele não teria grande problema em entender o caderno que ela fez.
O aparelho de Yuki, sua função pelo menos, é meio explicada neste episódio. Ele permite que Yuki ouça barulhos, mas sua surdez é tão profunda que é somente isso, ela sequer consegue discriminar de onde eles estão vindo. De novo, o aparelho, um dispositivo caro, parece ser somente um adereço para identificá-la como deficiente auditiva. Repito, não gosto disso e é um dos poucos problemas que vejo na série. A forma como a animação busca representar a língua de sinais, por exemplo, é muito detalhada e bonita.
Neste episódio, Yuki sai para encontrar-se com Itsuomi à noite. A mulher mais velha que eu acredito não ser a mãe da moça, porque no mangá ela mora em uma república, lhe avisa do horário de retorno (*toque de recolher?*). Não diz que hora é esta, porque vemos Yuki na rua à noite com frequência. De repente, é algo como meia noite. Enfim, no caminho, ela encontra Oushi, que quer dissuadi-la de encontrar com Itsuomi durante a noite. É um ataque de ciúmes e ele diz para a protagonista que o rapaz de cabelo prateado só quer se aproveitar dela.
Ela vai assim mesmo, claro. O encontro era em uma lavanderia e Yuki e Itsuomi conversam e ficam tão próximos que há um quase beijo. É engraçado, porque o rapaz fala em voz alta da importância de Yuki neste momento de sua vida, mas esquece de falar olhando para ela. Já para a garota, é complicado com tantas emoções girando dentro dela, encarar o moço, algo que é importante para a leitura de lábios. A função desse tipo de cena é ser fofinha e ela é.
Duas personagens são introduzidas neste episódio Ema Nakazono e Kokoro Iyanagi. Ambos estão bêbados quando chegam ao bar onde Itsuomi trabalha. O gerente, Kyouya Nagi, interesse romântico da amiga de Yuki, Rin, explica que eles são colegas de colegial de Itsuomi. Aqui, temos uma situação bem engraçada, porque Yuki acha Ema linda e se sente inferiorizada e insegura pelo excesso de intimidade dela com Itsuomi.
Yuki é, para quem quiser ver, a personagem mais bonita da série, Suu Morishita só faz protagonista bishoujo, então, mesmo Ema sendo bonita, ela não supera a mocinha da trama. No entanto, a primeira interação dos recém-chegados se presta inclusive para Iyanagi, que é cabelereiro, sugerir mudanças no visual de Yuki. Ele está bêbado, pode não ter conseguido observá-la direito.
Já Ema, apesar de Nagi explicar que ela é só amiga de Itsuomi para acalmar o coração de Yuki, tem interesse, sim, pelo rapaz. Ela aparece tarde da noite na casa dele pedindo para dormir lá. Claro fica que ela não quer somente dormir. Ele entende bem e acaba largando a moça no seu apartamento e indo para outro lugar. O episódio fecha com Ema muito frustrada e descobrindo o guia que Yuki fez para ele.
Não avancei no mangá, então, não sei como Ema será desenvolvida. Ela é a antagonista, ela irá brigar por Itsuomi, isso é óbvio. Há algumas possibilidades, ela pode se juntar com Oushi, afinal, eles têm o objetivo comum de separar o casal protagonista. Agora, minha experiência com shoujo mangá aponta que, logo, logo, Ema cairá de simpatia por Yuki, afinal, a mocinha é irresistível. De resto, Itsuomi é muito enfático na sua rejeição aos avanços da moça. Já Oushi, não sei.
Concluindo, foi um episódio com muitas cenas bonitinhas e um bom gancho final. Também foi dada a informação de como Oushi aprendeu a língua de sinais e que Rin não é de Tokyo. Aliás, ela diz que se esforça para anular o seu sotaque, apontando para um preconceito contra as formas diferentes de se falar o japonês. Algo, aliás, comum no Brasil, também, vide a forma como os jornalistas, em especial, são pressionados a anular seu sotaque, isto é, falar com um suposto padrão do Rio de Janeiro. Até a próxima resenha!
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