quinta-feira, 29 de maio de 2008

Himitsu: Episódio 4



Dos animes da temporada, o único que tenho assistido fielmente é Himitsu. Estou baixando Itazura na Kiss (*meu marido está assistindo e me mantém a par*) e assistirei depois, mas Himitsu me pegou. Não que seja uma série particularmente brilhante, mas mantém um bom nível. Moyashimon era brilhante, Wellcome to NHK e Genshiken me prenderam, Himitsu me passa a sensação de que tenho que ver, mas não sei bem motivo.

Até agora o seguimento do mangá tem sido muito frouxo, ou pelo menos do que eu li no mangá. As personagens não mudam de roupa, a agente do grupo é um clichê, e, claro, o protagonista tem um himitsu (segredo) que é bem clichê, também (*não vou contar... mas desconfio que será usado para mudar um dos casos mais barra-pesada do mangá*). O primeiro episódio foi inventado, o segundo e o terceiro estão no mangá e foram sobre o assassinato do presidente dos EUA. Até pensei em comentar esses dois por conta da piada "Fulano é um dos maiores presidentes que os EUA já tiveram, deve figurar ao lado de Lincoln, Wahington, Kennedy e George Bush." Quem?! Esse último junto com o trio top de linha?? Mas deixa para lá, deve ser piada mesmo.

Começou com uma van cheia de idosos desacordados sendo lançada de um precipício e o assassino, um jovem com o rosto escondido filmando. Para quem não sabe, a divisão de polícia da série usa as memórias dos cérebros dos mortos. Um dos idosos sobreviveu. O exaeme do cérebro dos sobreviventes deu alguns indícios sobre o crime. Era um suicídio coletivo, eu sabia desde o primeiro momento.

No meio do episódio, o pai do protagonista - o agente Aoki - tem um infarto e pede para que o filho o deixe morrer com dignidade caso necessário e que ele não deseja ser um peso. Aoki, que é um mala sem alça workaholic e esconde sei lá porque onde trabalha, fica impressionado e se empenha em descobrir o motivo da tentativa de suicídio dos idosos. E toca a examinar os cérebros dos velhinhos, seus últimos dias de vida.

O diálogo que ele encontra em um deles é cruel. Mãe e filho na cozinha o velho está escondido vendo a cena. "Mamãe, quando terei meu quarto?" "Já falei, filho, quando seu avô morrer." "E quando vai ser isso?" "Não sei, filho. Peça a Deus que seja logo." Descoberto o assassino e preocupado com o idoso no hospital, ele corre para lá e pega a filha do velho sobrevivente prestes a desligar o aparelho. Ele a impede, ela chora. É mãe solteira e sustenta o pai (*que diabos de aposentadorias os caras recebem no Japão?*) e a filha sozinha. Ela não aguentava mais, entre a filha e o pai idoso, ela teria que fazer uma escolha.

Não vou descrever outras cenas, ela não era a assassina e o criminoso é preso quando vai buscar mais "lixo" (*palavras do assassino... Era suicídio, mas tinha assassino ou facilitador. Vocês entendem, né?*), isto é homens velhos. Triste mesmo. E no final, Maki, o chefe de Aoki, diz mais ou menos assim "Os criminosos são os familiares que empurram os idosos para a morte. Só que estes, nós não temos como prender." Quem leu Tokyo Babylon deve ter lembrado de uma das histórias que trata exatamente disso. E eu fiquei mais tocada porque tinha lido no Mainichi Shinbum uma história muito parecida: filha atira mãe idosa da janela do hospital e depois tenta se matar. Ela estava desempregada e não tinha como se manter, mas tinha recebido dos irmãos o encargo de cuidar da mãe.

O que leva os familiares a empurrar os idosos para a morte, precisa ser visto, também. Isso não é passar a mão na cabeça, mas tentar compreender um problema social e certamente o egoísmo não é a única razão. E claro, temos os idosos se sacrificando pelo bem dos seus. E como? Colocando fim às suas vidas para que outros possam viver melhor. Justo? Claro que não! Mas eu não consigo deixar de reconhecer a nobreza desse atp tão triste.

3 pessoas comentaram:

Oi Valéria!!

Também estou acompanhando Himitsu, e achei que esse episódio 4 foi um dos mais legais.

Assim, eu acho que o roteiro é o ponto forte desse anime, eu nunca li o mangá, mas a arte do anime não é lá essas coisas, sabe?? Os rostos são esquisitos.. mas isso não me incomoda muito. O chefe do Aoki tem mó cara de uke!! ahhahaha Também achei esse himitsu dele previsível. Já o Aoki eu achei instigante, ele parece ser apaixonado pela irmã, será q é isso?? =P

Dá muita pena dos velhinhos nesse episódio, pensar que isso acontece de verdade me deixa nervosa. Esse diálogo entre mãe e filha me lembrou Tokyo Babylon na hooora! Se bem que eu achei que Tyo foi muito mais tocante e envolvente, provavelmente pq a história dos personagens foi mais desenvolvida.

Enfim, embora tenha esses pontos negativos, a história me prende de tal maneira que eu não consigo nem pausar!! Vou acompanhar com certeza!

E ah! os epis 2 e 3 que você comentou.. o arco parecia ser tão legal, tão bem trabalhado.. mas aquele final foi decepcionante! Parece que o tempo tava contado e eles tiveram que inventar qualquer coisa. É assim no mangá também?

Realmente me lembrei de Tokyo, porque essa é uma das estórias que mais me chocou (a vencedora foi a da menina estuprada). Mas esse tipo de situação parece ser muito comum no Japão. Também tem uma estória do tipo no Delivery Service of Corpse da Conrad. É realmente muito triste. Não sei dizer se nobre, pois para mim nobreza com sacrifício é assassinato.

Bem, Luciana, você falou o segredo do Aoki. Essa história de ser apaixonado pela irmã é que já virou clichê. Se forem seguir o mangá (*e já falaram no melhor amigo que o Maki matou*), o segredo do Maki (o chefe) é muito mais interessante e cruel. Se forem seguir o mangá. Até acho que vão e que a trama deve mobilizar os últimos episódios.

Quanto ao uke/seme, Maki/Aoki, está na cara. ^_^ Mas não vai rolar nada.

Sim, sim, em Tokyo Babylon foi mais tocante, mas TB se propõe a ser mais emocional, também. Himitsu tem aquele ar contido.

No caso do presidente dos EUA eu realmente não lembro s eo final é igualazinho. Aliás, como disse, eles estão seguindo o mangá frouxamente. O drama do Aoki com fixação pela irmã eu não vi no início do mangá, a agente desastrada faz somente uma ponta e morre, só há homens na divisão, e por aí vai...

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