sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Literatura Brasileira em Quadrinhos



Matéria do Jornal do SBT sobre as adaptações de Machado de Assis para os quadrinhos. Valeu por apresentar os premiados Gabriel e Fábio Moon (*site oficial da dupla*), premiados no Brasil e no exterior, mas ajudou a reforçar a idéia de que quadrinho é para quem não gosta de ler. Trófeu abacaxi para o pedantismo da mocinha que no final disse ter não gostado do quadrinho, porque "Se Machado quisesse que seus livros virassem quadrinhos, ele mesmo os teria feito". Um... Será que ela realmente sabe o que é HQ e quando elas surgiram? Duvido... Não seria mais fácil largar de falar bobagem e dizer simplesmente que não gosta de quadrinhos ou que só lê Mônica? Antes que alguém diga que estou discriminando, aviso que um dos maus alunos mais inteligentes diz só gostar de Mônica. Embora eu acredite que ele tem preconceito contra quadrinho em geral e que Mônica fica ligado ao afetivo infanti, é direito dele, oras!

Mas parece que a tendência (*salvo se aconteça uma crise econômica séria*) é que este tipo de adaptação se multiplique. E que sejam muito bem vindas. E falando nos irmãos Bá há notinha sobre eles na Folha de São Paulo que acabei de abrir: eles ganharam mais um prêmio! Quem não lhes dá atenção é que está perdendo! Segue a notícia.
QUADRINHOS

Gabriel Bá é premiado pelo Harvey Awards
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos mais importantes prêmios da indústria dos quadrinhos, o Harvey Awards premiou "The Umbrella Academy", HQ desenhada pelo brasileiro Gabriel Bá, quadrinista da Folha, na categoria melhor nova série. "Umbrella" tem roteiro assinado por Gerard Way, vocalista da banda My Chemical Romance. Neste ano, Bá venceu o Eisner Awards, a mais importante premiação do mercado de quadrinhos norte-americano, na categoria melhor série limitada com o mesmo título. A publicação "5", desenhada por Bá com outros quadrinistas, foi eleita como melhor antologia pelo Eisner deste ano.

3 pessoas comentaram:

Assisti essa matéria ontem, que pena que só tenham entrevistado gente mal com...ahum, gente infeliz - como uma colega minha prefere dizer. Detesto essa visão distorcida sobre quadrinhos. Fico muito feliz pelos irmãos Bá, gente mais esperta que uma estudante prepotente os tem reconhecido e é isso que importa. =)

No meu trabalho (biblioteca) descobri três volumes das Edições Maravilhosas (adaptações da Tico-tico) da década de 50, quando comuniquei a bibliotecária responsável ela imediatamente cuidou de pegar essas edições preciosas e transferi-las para a seção de obras raras.

Pena que no nosso país os leigos só dão valor àquilo que alguém diz que tem valor. Se sair no jornal é bom, se ninguém disser nada é ruim.

Muito digna de pena a mentalidade desse tipo de gente e parábens a quem está fazendo esse tipo de trabalho que estimula os jovens leitores a se aprofundarem na literatura.

O problema não é ser leigo, o problema é desprezar aquilo que não se conhece ou que não se gosta.

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