Ainda True Blood: episódios 6, 7 e 8

Não deveria falar mais nada de True Blood depois dos posts de ontem, mas tendo assistido os episódios 6, 7 e 8, preciso falar alguma coisa. Para não dizer que não vejo nada de bom na segunda temporada – bem, isso se vocês não acreditam que eu sou masoquista, claro – começo pelo que gostei.

Definitivamente, foi uma ótima escolha não matarem o Lafayette. E quem escreve as falas dele, está sempre muito inspirado. Adorei o fato de ser o Lafayette o primeiro a notar – não dá para levar a sério o Andy Bellefleur e, aliás, a irmã dele nada até agora – que Eggs (*com um nome desse*) deve ser encrenca “demoníaca”. Espero que Lafayette e sua sombra dourada tenham algum papel a desempenhar na derrocada da intragável Maryam.

Partindo-se do princípio que o Godric da série não é o mesmo do livro (*vampiro bi-milenar adolescente, estuprador de criancinhas arrependido e buscando o suicídio*) e que a presença dele na sede da Irmandade está mal explicada, até que o vampiro “evoluído” adepto da não-violência não está de todo mal. E é interessante – e eu gosto dessas coisas – que a cada passo e atitude, ele deixa claro que ele poderia fazer, sim, um tremendo estrago se quisesse. Sorte sua, meu bem, que ele não quer. A relação dele com o Eric não enriquece nada o vampiro viking, entretanto. E como meu amigo Anderson já pontuou em seus comentários aqui no blog, ver o Eric jogando sujo não nos agrada.

Sookie estava menos irritante nos episódios 7 e 8, talvez por não estar ou fazendo sexo e fazendo jurinhas de amor, ou brigando com o Bill ou perseguindo o pobre telepata do hotel. Só que a briguinha dela com a Lorena tinha clara função de alimentar fantasias masculinas. Não gostei, ainda que eu até veja como positivo que construam uma personalidade para a Lorena, que foi um dos pontos fracos da composição da Charlaine Harris. No livro 3, quando ela aparece, ela é má e mais nada. E sua morte é muito... um... sem graça.

Jason herói foi de dar engulhos. O sumiço dos shapeshifters uma pena, mas o que realmente me aborreceu foi a virgindade perpétua da Jessica. Tudo ia quase muito bem para a vampira adolescente que até deixou de ser chata e virou chodó de muita gente. Enfim, ela transa com o namorado, sente dor (*vampiros sentem dor*) e começa a gostar. Bill interrompe por uma boa causa. Quando ela e o namorado voltam e novo para o rala-e-rola (*discreto para os padrões da série*), ooops, lá está o hímen de novo. E a dor (*eu compreendo bem a situação*), e o incomodo. Daí, ela trava. Alguém deve ter achado o ápice do excitante colocar a mocinha nessa situação cretina, mas o que está por trás, a meu ver é machismo e moralismo. Afinal, o único excitado e feliz foi o namoradinho humano da moça.

Antes que alguém levante a bola de que vampiros ficam do mesmo jeitinho de quando foram convertidos, vamos aos fatos. No livro, sim, é desse jeito. Bill diz em um certo momento que ele tivera sorte de ter feito a barba antes de ser vampirzado, ou arrastaria um barbão pela eternidade. Mas, na série, eles cortam cabelo, fazem sombrancelha, fazem barba (*Já vi o Eric barbeado e com barba por fazer, assim como o Bill*). Meu marido insiste que tintura não conta só que em entrevista com o Vampiro a menininha lá não podia nem retirar os cachos artificiais de quando tinha sido transformada. Logo, qual a função do hímen da Jessica, se não castrá-la ou excitar a audiência masculina com o sonho (*bem islâmico*) das virgens eternas? Fecho aqui. Estou baixando o episódio 9.