True Blood estréia amanhã no Brasil. Como toda matéria brasileira que se preze, esta da Folha de São Paulo tem que comparar "The Southern Vampire Mysteries", de Charlaine Harris e a saga de Stephenie Meyers, só esquecem de dizer que Harris começou a série bem antes da autora de Crepúsculo. Essa babação me enche a paciência. Enfim, quem tem HBO poderá assistir o primeiro episódio amanhã na TV, quem baixa da net, irá pegar o episódio #3. Eu baixei, mas não assisti ainda, só abri para ver o Eric. Não sei qual é a trama envolvendo nazistas, mas o flashback garantiu a presença de Godric na terceira temporada.
"True Blood" satiriza guerra cultural nos EUA de hoje
Terceira temporada da série vampiresca estreia amanhã à noite na HBO
TONY GOES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"True Blood", cuja terceira temporada estreia amanhã na HBO, propõe um dos universos mais bizarros atualmente no ar. Nele, os vampiros "saíram do caixão" e vivem abertamente entre os humanos. Isso aconteceu desde que cientistas japoneses desenvolveram um sangue sintético – o tal do "sangue verdadeiro", que dá nome ao programa- vendido engarrafado nas boas casas do ramo. Por isso, os vampiros não precisam mais matar para sobreviver – o que não significa que não matem.
Baseado na série de livros "The Southern Vampire Mysteries", de Charlaine Harris, "True Blood" guarda semelhanças com "Crepúsculo", de Stephenie Meyers. Mas em "Crepúsculo" praticamente não há sexo. "True Blood", por outro lado, é praticamente uma bacanal.
Os vampiros são imortais, mas guardam hábitos e vaidades do tempo de humanos.
Fazem luzes no cabelo, contratam prostitutas, elaboram pratos refinados com o sangue de suas vítimas. Nada disso assusta a garçonete Sookie (Anna Paquin, Oscar de coadjuvante por "O Piano"), que se envolve com Bill, um vampiro cavalheiresco, mas não resiste a um flerte com Eric, mais forte e mais "antigo".
ALEGORIAS
A terceira temporada começa de supetão, exatamente onde a segunda parou. No primeiro episódio descobrimos que Bill foi sequestrado por viciados em V, o sangue de vampiro pulverizado que provoca o maior barato nos humanos. V – uma alusão a E, de ecstasy – é uma das muitas alegorias da série. A mais óbvia é a correlação entre a luta dos vampiros por uma aceitação pelos humanos e o movimento gay da vida real.
"True Blood" é uma sátira de humor negro à "guerra cultural" atualmente em curso nos EUA, que opõe os liberais aos conservadores religiosos. A série não esconde sua simpatia pelos primeiros nem perde oportunidade de humilhar os segundos. Para um não iniciado, pode ser difícil começar a acompanhar agora.
Aos inúmeros personagens juntam-se outros, como o elegante lobisomem Alcide ou o afetado rei dos vampiros do Mississippi. Há também flashbacks que revelam que os vampiros lutaram contra os lobisomens e ao lado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Mas talvez nenhuma trama seja tão interessante quanto a de Jessica, a adolescente vampirizada à revelia que está aprendendo a conciliar namoro e outras preocupações da idade com sua nova condição de morta-viva.
"True Blood" demorou para engrenar, mas os produtores encontraram o equilíbrio entre sustos, risadas e provocações políticas. É a série mais assustadora e divertida dos últimos tempos.
Terceira temporada da série vampiresca estreia amanhã à noite na HBO
TONY GOES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"True Blood", cuja terceira temporada estreia amanhã na HBO, propõe um dos universos mais bizarros atualmente no ar. Nele, os vampiros "saíram do caixão" e vivem abertamente entre os humanos. Isso aconteceu desde que cientistas japoneses desenvolveram um sangue sintético – o tal do "sangue verdadeiro", que dá nome ao programa- vendido engarrafado nas boas casas do ramo. Por isso, os vampiros não precisam mais matar para sobreviver – o que não significa que não matem.
Baseado na série de livros "The Southern Vampire Mysteries", de Charlaine Harris, "True Blood" guarda semelhanças com "Crepúsculo", de Stephenie Meyers. Mas em "Crepúsculo" praticamente não há sexo. "True Blood", por outro lado, é praticamente uma bacanal.
Os vampiros são imortais, mas guardam hábitos e vaidades do tempo de humanos.
Fazem luzes no cabelo, contratam prostitutas, elaboram pratos refinados com o sangue de suas vítimas. Nada disso assusta a garçonete Sookie (Anna Paquin, Oscar de coadjuvante por "O Piano"), que se envolve com Bill, um vampiro cavalheiresco, mas não resiste a um flerte com Eric, mais forte e mais "antigo".
ALEGORIAS
A terceira temporada começa de supetão, exatamente onde a segunda parou. No primeiro episódio descobrimos que Bill foi sequestrado por viciados em V, o sangue de vampiro pulverizado que provoca o maior barato nos humanos. V – uma alusão a E, de ecstasy – é uma das muitas alegorias da série. A mais óbvia é a correlação entre a luta dos vampiros por uma aceitação pelos humanos e o movimento gay da vida real.
"True Blood" é uma sátira de humor negro à "guerra cultural" atualmente em curso nos EUA, que opõe os liberais aos conservadores religiosos. A série não esconde sua simpatia pelos primeiros nem perde oportunidade de humilhar os segundos. Para um não iniciado, pode ser difícil começar a acompanhar agora.
Aos inúmeros personagens juntam-se outros, como o elegante lobisomem Alcide ou o afetado rei dos vampiros do Mississippi. Há também flashbacks que revelam que os vampiros lutaram contra os lobisomens e ao lado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Mas talvez nenhuma trama seja tão interessante quanto a de Jessica, a adolescente vampirizada à revelia que está aprendendo a conciliar namoro e outras preocupações da idade com sua nova condição de morta-viva.
"True Blood" demorou para engrenar, mas os produtores encontraram o equilíbrio entre sustos, risadas e provocações políticas. É a série mais assustadora e divertida dos últimos tempos.
2 pessoas comentaram:
Essa terceira temporada de true Blodd tá muito divertida!E darem importância a personagens como Lafayette e Pam foi realmente excelente! O Eric está cada vez mais legal, a Sookie por enquanto está menos irritante e o Sam continua sendo a minha personagem preferida. Agora, as cenas mais vergonhosas da série estão sendo representadas por Bill e Lorena. Sério, é de fazer rir de tão ridículas que são as cenas...
Enfim, a série True Blodd pra mim não passa de um divertidíssimo entreterimento, nada mais. Não foi dessa vez (e nem acho que ouve a intenção) que Alan Ball superou six feet under que é a sua obra máxima.
ps: O que foi a cena homoerótica entre o Bill e o Sam? Cena mais quente da série ever!
Informação desnecessária: esse corpo não é o dele. Essa é a foto original desse corpo http://vetton.ru/men/3741.html Ainda assim, até que "photoshoparam" bem.
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