domingo, 30 de setembro de 2012

Comentando Murder is Easy - Episódio da série Agatha Christie's Marple (2008, BBC)



Como estou em uma fase Benedict Cumberbatch, decidi assistir o episódio Murder is Easy (2008) da série Agatha Christie's Marple da BBC com Julia McKenzie no papel da detetive. Eu não sou leitora de Agatha Christie, na verdade, li uma biografia da autoda e nenhum de seus romances. Então, foi a presença do Benny que me fez assistir ao episódio.  Eventualmente eu faço essas coisas, já tive minha fase Antonio Banderas, e assisto tudo o que o Colin Firth fez e faz, ou tento. Enfim, como me comprometi a comentar tudo o que eu assistisse, decidi tecer alguns poucos comentários. Segue a sinopse:

Miss Marple está viajando de trem no mesmo vagão com uma senhora chamada Lavinia Pinkerton. A velhinha comenta que está se dirigindo até a Scotland Yard para denunciar estranhas mortes em sua vila chamada Wychwood. Segundo ela, “murder is easy” (*matar é fácil*). A primeira morta, uma especialista em ervas e tudo o que havia no campo, morreu ao comer cogumelos venenosos, algo que pareceria absurdo. Pinkerton termina morrendo de forma estranha em um acidente em uma escada rolante pouco depois da conversa com Miss Marple. A detetive então se dirige até a vila fingindo-se de amiga da velhinha morta para investigar as estranhas mortes e ver se as suspeitas da falecida se confirmam. Lá ela conhece o jovem Luke Fitzwilliam (Benedict Cumberbatch), que tendo experiência como detetive reconhece a “colega” profissional por seu comportamento. Juntos, eles vão investigar as mortes estranhas que vão se somando ao longo das 1 hora e meia de episódio.

Primeira coisa, é muito estranho ver os dois detetives em cena juntos, Marple e Sherlock, eu digo, porque não consigo olhar para o Cumberbatch, ainda mais dando uma de investigador, sem lembrar da outra série da BBC. Isso deu um sabor ao episódio, uma certa graça para a coisa toda. Segundo, não sou boa nisso, mas descobri quem era o/a criminoso/a, só de olhar para a personagem em cena.   Dada a minha lentidão para essas questões, é demérito do filme.  Terceiro, lembrava vagamente do mistério de “Muder is Easy” – É Fácil Matar, em português – por conta da biografia, mas achei muito estranho o desenlace bobão do episódio.  


Há vários nomes interessantes no elenco, como Anna Chancellor, a Caroline Bingley de Orgulho & Preconceito (1995), e a excelente Shirley Henderson, que alguns devem lembrar como a Murta que Geme de Harry Potter, mas que tem um currículo muito consistente em séries da BBC. Outro que aparece é Russell Tovey, que participou do episódio O Cão dos Baskerville da série Sherlock. Só que apesar do elenco estar muito bem, de algumas mortes serem realmente interessantes (*e violentas, até*), da fotografia e figurino, o roteiro é fraco. Como não acreditava que a culpa fosse de Agatha Christie, fui fazer uma pesquisa sobre o livro e descobri que fizeram uma grande salada nesse episódio, o que explica um pouco o final inconsistente.

Miss Marple não é a detetive em Murder is Easy, mas Luke Fitzwilliam. Juntar os dois, não ajudou a história a andar.  Como li em uma crítica, seria melhor fazer um filme seguindo o livro, teríamos mais do Benedict Cumberbatch e respeito pela obra original de Agatha Christie.  Para se ter uma idéia, até a época mudou, de 1939 para 1955.  O desfecho do mistério me lembrou um episódio de Futurama em que a Leela tinha virado serial killer (*não lembro o nome, se alguém souber...*), ou aqueles filmes comédia de humor negro em que as pessoas são mortas sem motivo plausível e de forma absurda. Se Luke e Miss Marple demorassem mais um pouquinho, a vila inteira seria morta e só sobraria o/a assassino/a e seu segredo... Ou seja, quando o/a assassino/a é revelado e tudo fica explicado, o grande mistério de vinte e tantos anos atrás, e as mortes para manter o segredo, fiquei com cara de pastel... Muito, muito, muito ruim mesmo...  E é uma mistureba dos infernos: estupro, incesto, aborto, bebê em cestinho lançado ao rio turbulento, intriga política... Mais simplicidade e objetividade tornariam tudo muito mais coerente no final. Quiseram impactar e não conseguiram nem me fazer rir.

A parte boa agora, porque tem que ter... Quando peguei para assistir, achei que o Benny era coadjuvante, que teria umas poucas ceninhas, e, bem, ele aparece quase que o tempo inteiro, porque no original, Fitzwilliam era o detetive. E Cumberbatch está muito bonito nesse filme.  Acho que do material que assisti com ele, é aqui onde ele consegue ser realmente bonito durante todo o filme. Bem vestido, parecendo mais jovem do que era na época (*ele já tinha mais de trinta, mas não parecia muito*), e charmosíssimo. O romance que tentam enfiar na história entre ele e a americana não decola, mas não faz diferença, melhor é ver a interação dele com Julia McKenzie, Miss Marple.  Os dois interagem muito bem, Sherlock e sua tia-avó detetive...  Pergunto-me mesmo se não foi o desempenho dele como Luke que ajudou a conseguir o papel de Sherlock.


Resumindo, se quer um bom filme de detetive, esqueça, porque não respeita minimamente o original e tem um final fraquinho. Até fiquei desestimulada para ver outros episódios da série sobre Miss Marple. Agora, se você é fã do Benny, assista, porque vale a pena olhar para ele e ouvir sua linda voz. Eu tinha que ser sincera, não é mesmo?

1 pessoas comentaram:

Olá atualmente você sabe como posso assistir esse episódio?
Estou assistindo o que posso sobre Benedict Cumberbatch.
Obrigada
Celina

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