Semana passada, Julian Fellowes anunciou a possibilidade de uma prequel de Downton Abbey mostrando como Robert Crawley, então visconde de Downton, casou-se com a então “Dollar Princess” Cora Levinson e salvou a propriedade da família. Quem assiste Downton sabe que o que começou como um casamento de conveniência para ele, e por amor para ela, resultou em um ano em um apaixonado relacionamento.
Gosto de Downton, mas não há nada de novo nesse plot. A questão das Princesas do Dólar, desprezadas pela nobreza inglesa, mas, ainda assim, cobiçadas por seus polpudos dotes, e suas mães e pais que as levavam para a Inglaterra para que pudessem debutar e atrair um bom reprodutor com um título de nobreza são alvo de estudos, romances, seriados e filmes. Não acho que filmaram a vida de Consuelo Vanderbilt, mas seria interessante já que a adolescente foi forçada pela mãe a casar com um duque e seu casamento foi um fiasco, mas ela deu a volta por cima. Há casos de sucesso, como a mãe de Winston Churchill, Jenni Jerome, e Mary Leiter que, segundo o Daily Mail, serviu de inspiração para Cora. Só que a própria BBC filmou The Buccaneers, ultimo e inacabado romance de Edith Wharton, em 1995 e com grande sucesso (*estou com a série para assistir*). Há, também, um conto de Sherlock Holmes – O Solteirão Nobre – que trata da questão. Já que a noiva americana rica foge com seu grande amor, um homem pobre, e deixa seu noivo inglês arrogante e interesseiro a ver navios. Ou seja, Fellowes pode até emplacar outra novela, mas não vai estar fazendo nada de novo.
De qualquer forma, a matéria do Daily Mail está excelente e vale a leitura. Segundo ela, “(...) do final da década de 1870 até o início da I Grande Guerra, cerca de 350 herdeiras norte americanas casaram dentro da aristocracia britânica. Em valores atuais, é estimado que elas trouxeram consigo o equivalente a 1 bilhão de libras em riqueza.”. Definitivamente, não são cifras nada desprezíveis...
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