domingo, 8 de maio de 2016

Novo dorama de Kimi Wa Petto anunciado


Kimi Wa Pet ou Kimi wa Petto (きみはペット), de Yayoi Ogawa, deve ter sido o primeiro josei que eu li (*e colecionei em inglês*) e o primeiro dorama que assisti praticamente completo, porque inteiro, inteiro e repetindo capítulos, só Nodame Cantabile mesmo.  Enfim, a arte de Yayoi Ogawa é bonita e elegante e ela tem um humor muito fácil de gostar, mesmo se você não concorda com tudo o que ela coloca em suas histórias.

Em Kimi wa Petto a autora contou sua história, a de uma jornalista, Sumire Iwaya, perto dos 30 anos, solteira, competente profissionalmente, mas discriminada e preterida no trabalho, por ser mulher, ao mesmo tempo em que era pressionada por todos os lados para casar e procriar.  Naquilo que parece ser o pior dia de sua vida, ela descobre que seu noivo tem uma amante, o que gera um rompimento, e ainda é rebaixada no trabalho.  De volta para casa, ele encontra uma caixa no meio da rua, dentro dela, um belo bishounen.  Contra toda a coerência, é mangá, afinal, ela leva o rapaz para casa e passa a chamá-lo de Momo, o nome de um cãozinho que teve na infância.  


Momo, na verdade, Takeshi Gouda, aceita ser tratado como "pet" e esconde seu passado.  Uma relação muito afetuosa nasce entre os dois, apesar de Sumire achar aquilo tudo uma loucura.  Só que a moça reencontra um antigo colega de faculdade, Shigehito Hasumi, seu senpai, que parece reunir todas as qualidades para ser seu companheiro para a vida inteira.  Jornalista bem sucedido, homem sério, responsável e com a cabeça arejada, o problema é que  falta de paixão entre eles e a formalidade dos "san" e "senpai", não consegue abandoná-los mesmo em momentos íntimos.

Ao longo de 14 volumes de uma história cheia de humor, a autora discute vários problemas  fruto da discriminação de gênero enfrentados pelas mulheres na sociedade japonesa, especialmente, quando elas decidem que desejam ter uma carreira, assim como aspectos problemáticos da cultura do país.  Através de Momo, a autora também discute as imposições feitas aos homens e como uma sociedade patriarcal e meritocrática pode ser opressiva para todos.  Quem fica inventando que Kimi wa Petto é uma série que objetifica os homens, certamente não leu direito, ou mesmo assistiu aos doramas, houve o japonês (2003) e o coreano (2011), afinal, Ogawa não criou cenas de humilhação ou qualquer forma de abuso, ainda mais sexual, entre Sumire e o rapaz.  As ilustrações avulsas com o rapaz na coleira, por exemplo, são somente isso, ilustrações especiais, não parte do mangá.


Enfim, o novo dorama treze anos depois a TBS irá fazer um novo dorama que irá ao ar tarde da noite na TV Fuji.  Não há data de estréia, mas já sabemos que a série terá 16 capítulos, o roteiro será escrito por Koga Fumie (Itazura na Kiss2 ~Love in TOKYO).  Sumire será interpretada por Iriyama Noriko e Momo será Shison Jun, já Hasumi terá como intérprete Terunosuke Takezai.  O resto do elenco já está definido, também.  Não sei se este novo dorama será tão bom, ou melhor, que o com Koyuki e Matsumoto Jun, mas é algo a se ver.  Vi a notícia a primeira vez (*obrigada Victor!*) no site brasileiro The Doramas, mas vi que apareceu hoje no Comic Natalie e no ANN, também.  


A série original foi publicada na revista Kiss entre 2000 e 2005, a edição que eu tenho em casa é a da finada Tokyopop.  Já Sumire e Momo, casados e felizes, fazem participação especial em outro mangá da autora, Kiss and Never Cry (キス&ネバークライ).  Lá podemos ver que Sumire continua com sua carreira e Momo com a sua, mas quem materna o filhinho do casal, isto é, fica mais tempo com ele em casa , cuidando, mimando e tudo mais, é o papai.  Ogawa Yayoi é  uma autora excelente e é uma pena que nada dela tenha aparecido por aqui.

1 pessoas comentaram:

Até hoje estou enrolando para terminar de ver o dorama...

Já o mangá desisti de ler devido a péssima qualidade dos scans, se alguma boa alma souber onde leio online/ faço download por favor deixe a indicação do link!

Desejo boa sorte ao dorama, o novo ator do Momo vai ter a dura tarefa de lidar com o legado do Matsumoto Jun mas se o roteirista é o mesmo do mais recente dorama de Itazura na Kiss pode confiar que vai sair coisa boa!

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