quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Todas as resenhas de 2019 - Parte 2: Filmes assistidos no Cinema e em Casa


Já demorei demais para fazer esses posts de coletâneas de resenha, mas, enfim, ainda estamos em janeiro.  Em 2019, foram 42 filmes assistidos no cinema (*se não esqueci de algum*) e resenhados no blog este ano, fora os vistos em casa.  Muita coisa e ainda deixei de fora uma série de filmes e animação que vi com Júlia, como Dora, a Aventureira.  Acho que com as omissões foi uma média de 4 filmes por mês, talvez mais.  Eu gosto muito de cinema e, se pudesse, iria mais de uma vez por semana.  Assistir um filme no cinema me impede de dispersar, parar para fazer outra coisa, isso prejudica a apreciação da obra.  

Caso, por exemplo, de Roma.  Assistir em casa talvez tenha feito com que eu não apreciasse o filme como a maioria das pessoas apreciou.  O mesmo vale para Parasita, que assisti já em 2020.  Mas é aquilo, nem sempre consigo ir ao cinema e o início de 2020 não está sendo tão favorável comigo quando o ano passado.  Enfim, clicando no nome do filme, você irá para a resenha.

Pensei que Abominável estaria no Oscar.
ANIMAÇÕES

Comecei o ano assistindo Wifi Ralph, foi o primeiro filme que vi nos cinemas em 2019.  Foi legal?  Foi, mas, ao mesmo tempo, desnecessário.  O desenho nem foi lembrado nos Oscars, assim como O Rei Leão, que teve uma bilheteria monstruosa.  Nem lembrava que tinha resenhado Como Treinar o Seu Dragão 3.  Sabia que tinha assistido, mas imaginei que ele estivesse entre os tantos desenhos que vi com Júlia e não resenhei (Ugly Dolls, Brinquedos Mágicos, Angry Birds 2, A Vida Secreta dos Bichos 2 etc.), tinha apagado da minha memória MESMO.  E, repito, foi injusto Como Treinar o Seu Dragão entrar na seleção final do Oscar e Frozen 2 ficar de fora.  

Não viu Aranhaverso?  Corra e vá assistir.
A melhor animação do ano foi, com certeza, Homem-Aranha: No Aranhaverso, muito bem bolado e que me manteve atenta do início ao fim.  Toy Story 4 me fez chorar, mas era inevitável, minha filhinha até debochou de mim por causa disso.  De qualquer forma, ninguém vai me fazer dizer que precisávamos desse filme, diferente de Frozen 2.  OK, estou bem furiosa com Elsa e Ana fora do Oscar.  Abominável só resenhei por acreditar que iria para a premiação.  É um bom desenho, enfim.  

Pensei em incluir Haikara-san ga Tooru na terceira parte das resenhas, mas é um longa-metragem e eu assisti em casa simplesmente por não ter passado por aqui.  A animação do clássico do final dos anos 1980 ficou muito boa e eu realmente espero que alguém leia este post e venha me informar que a parte 2 está disponível com legendas em português, ou inglês, ou italiano, ou francês, ou espanhol em algum lugar.  Serve raw, também, porque eu estou doida para ver de qualquer jeito.  OBRIGADA desde já.

Fersen e Maria Antonieta.
FILMES ASSISTIDOS EM CASA

O único filme recente que eu assisti em casa, porque ficou pouco tempo em cartaz e em péssimos horários, foi Se a Rua Beale Falasse.  Se você viu meu post dos melhores do ano, este filme estava lá.  Realmente acredito que Se a Rua Beale Falasse deveria ter saído com mais prêmios do Oscar do ano passado.  Recomendo muito o filme.  

Injustiçado no Oscar.
Os outros filmes assisti por motivos diversos.  Sinhá Moça estava devendo desde que a novela foi repetida.  A resenha acaba englobando o filme e o livro original.  O filme me pareceu mais crítico e até subversivo do que a novela do Benedito Ruy Barbosa de 1986 e seu remake de 2006.  Maria Antonieta assisti no 14 de julho por mera coincidência, tinha o DVD fazia um tempão e não tinha parado para assistir.  Grande exemplar do cinema dos anos 1930, do tempo em que as mulheres eram as grandes estrelas.  Mas o meu objetivo maior ao assistir era comprovar se o Tyrone Power estava realmente tão bonito.  Sim, estava.  Daí, emendei Zorro, que é protagonizado por ele e que eu tinha assistido muitos anos atrás.  

Como era 100 anos da personagem, virou um grande post homenagem.  Até agora não entendo como puderam não filmar Zorro em 2019.  The Slipper and The Rose, versão musical da  Cinderella, vi por causa da resenha do site Frock Flicks e por estar com saudades do Richard Chamberlain depois de rever uns pedacinhos de Pássaros Feridos no Youtube.  Nunca tinha assistido o filme e o melhor dele é a fada madrinha da Cinderella.

Deveria ter resenhado Dumplin'.
Dois filmes que assisti em casa e não resenhei foram Dumplin’ e Roma.  Achei Dumplin’ divertido, mas não foi esse questionamento todo da gordofobia.  De qualquer forma, recomendo.  Roma, um dos celebrados do ano passado, não me empolgou.  Talvez precise rever, mas me pareceu um filme que dava visibilidade a uma protagonista indígena sem lhe dar voz.  O olhar era de cima para baixo e nem todo o virtuosismo do diretor conseguiram me tirar esse gosto meio amargo do filme.

FILMES ASSISTIDOS NO CINEMA

Vamos dividir as coisas nesta seção, também, afinal, dá para separar as coisas em algumas categorias bem específicos.

Shazam!  foi o melhor filme de super-heróis do ano para mim.
FILMES DE SUPER-HERÓI
Os Vingadores: Ultimato (EUA/2019) SEM SPOILERS - COM SPOILERS

Aranhaverso poderia estar aqui, mas preferi deixar em animação, mas foi o melhor filme de super-heróis do ano, para mim.  Perfeitinho.  Depois, coloco Shazam!, porque a história funcionou, o filme foi interessante e divertido e o elenco estava, no geral, muito bem.  Vingadores foi um evento, assim como a Capitã Marvel, que é um bom filme, mas dada a perseguição dos misóginos e machistas (*há diferença entre eles*), defenderei o filme até a morte.  Aliás, basta ler a resenha.  E, por fim, o ponto baixo foi Fênix Negra, acredito que ninguém vá disputar isso.

A Torre das Donzelas é bem didático para quem
não sabe o que foi a Ditadura Civil-Militar.
FILMES BRASILEIROS

Assisti poucos filmes brasileiros, realmente lamento por isso.  Foram três ficções e um documentário, joguei aqui, porque foi o único que vi no cinema.   Torre das Donzelas é muito bom e um filme necessário em nossos dias tão sombrios.  Assisti mais dois documentários brasileiros, Democracia em Vertigem, que decidi não resenhar, e Menino 23, ambos em casa.  Ainda me esforçarei escrever sobre esse último, mas vai ser incluído em 2020.  Dos filmes nacionais, Minha Vida em Marte foi o pior, não por ser comédia, mas por ser bem inferior ao primeiro filme da série.  Dois Papas é um pouco brasileiro, mas não entra aqui.

Dumbo foi um bom filme.
FILMES DA DISNEY

Há mais material Disney em animação e Super-Heróis, porque a dona do Mickey Mouse dominou tudo.  É muito ruim quando temos uma mega empresa monopolizando tanta coisa.  Não funciona a favor do cinema, podem ter certeza.  Desses três, Dumbo foi o que me surpreendeu positivamente, porque não esperava grandes coisas.  Esperava que ele fosse indicado para algum Oscar por conta de sua parte artística, ou figurino.  Aladdin poderia ser melhor, se tivesse se jogado em Bollywood sem medo de ser feliz, mas foi um bom filme.  Guerra nas Estrelas, enfim, é aquilo, esperava pouco, não me decepcionei, nem me impressionei.  O grande mérito dessa nova franquia, para mim, é a diversidade e o fato de colocar homens e mulheres em pé de igualdade.  

O segundo filme está a caminho.
FILMES INFANTIS

Será que A Caminho de Casa não é da Disney?  Não é!  Viva!  Escapou um.  É filme com cachorrinho, filme para fazer chorar.  Falando nisso, assisti Quatro Vidas de um Cachorro em casa, não teve resenha, mas gostei bastante.  Não quis assistir no cinema quando foi exibido.  De qualquer forma, foram os filmes infantis que assisti no cinema e e resenhei.  O que me faz perceber que assisti mais um filme brasileiro, o da Turma da Mônica.  Pelo que vi, o segundo sai este ano.  Estão mais do que certos em lançar, porque as crianças vão crescer.

Papicha é um filme sobre o amor à vida e à liberdade.
OS OUTROS FILMES

Filhas do Sol foi um dos filmes mais feministas do ano.
Fiquei pensando: Separo?  Não separo?  Filmes feministas?  Tem um montão: Papicha, Suprema, As Filhas do Sol, A Esposa etc.  Filme de época?  Poxa, até Papicha é de época, porque os anos 1990 ficaram lá atrás e a guerra civil na Argélia, também.  Ainda bem!  Tradutor é de época, também.  Esqueci dele entre os meus melhores do ano, mas ele deveria estar lá.  Um filme muito sério, doído, cheio de sentimento.  Rodrigo Santoro se tornou um ator muito bom e falo isso, porque lembro dele quando ele interpretava tão bem quanto uma samambaia.  

O filme de Downton Abbey serviu para matar
saudades, mas se sustenta por ele mesmo.
Falando de filmes de época mais afastados no tempo, o melhor do ano foi Downton Abbey.  Como eu temi que esse filme fosse ruim, não desse conta, mas deu certo e foi maravilhoso.  A Favorita não me impressionou, Duas Rainhas foi ruim como filme de época e filme feminista, mas deles falei nos melhores e piores do ano.  A Revolução em Paris foi outro decepcionante.  Memórias da Dor, outro filme de época, entrou na lista dos que eu não gostei.  Não vou poder recomendar para os meus alunos este ano.  Quase esqueci da Espiã Vermelha, mas é um bom filme.  Sabe aquelas coisas que a gente imagina que seriam impossíveis?  Pois é... 

O Tradutor deveria ter entrado na minha lista de melhores do ano.
Era Uma Vez em… Hollywood é história alternativa, com prós e contras, mas não quero falar dele, se levar o Oscar não será justo.  Vice é um bom filme político, usa de uns recursos narrativos interessantes e, de uma certa forma, é história alternativa, também, só que politicamente posicionado e crítico.  Alita ficou de fora do Oscar nas categorias técnicas, apesar de ter sido indicado para vários prêmios do sindicato (*tem de tudo em Hollywood*), mas foi um filme razoável.  Espero que tenha continuação.  Yesterday foi bem fofinho e entrou nos meus melhores do ano.

Retrato de Amor é um filme muito sensível.
Assisti filmes mais alternativos quanto à origem que foram muito bons.  Retrato de Amor é um filme indiano que nada tem do colorido de Bollywood.  Branca Como a Neve e Banho de vida são duas comédias francesas deliciosas.  E há dois filmes israelenses.  Não Mexa com Ela é um filme feminista e poderia se passar em qualquer grande capital do mundo com algumas adaptações e O Confeiteiro, bem, foi meu queridinho de 2019.  Todos Já Sabem  tem Ricardo Darín de coadjuvante e ele sempre vale o filme.  Apesar de ter meio que caído no esquecimento, Todos Já Sabem é um drama humano muito angustiante e para um público adulto, que não deseja histórias fáceis.  Talvez, exatamente por isso, ele tenha ficado meio que esquecido.

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