Hoje, faz dois anos que assassinaram Marielle Franco, vereadora do PSOL carioca. Um crime político, não um crime comum, ou um feminicídio, que vitimou também seu motorista Anderson Gomes, que deixou viúva e filho pequeno. Não sabe quem foi Marielle? Vou pegar um parágrafo do post que escrevi no dia de sua morte:
"Marielle Franco, negra, de origem pobre, nascida na Favela da Maré, quinta mais votada do Rio, mãe, feminista, fruto de pré-vestibular comunitário (*eu lecionei em um desses no Rio*), socióloga, mestre em administração pública, defensora dos direitos humanos e relatora da comissão que tem como função fiscalizar a intervenção federal no Estado do Rio foi executada (*carro abalroado e quatro tiros na cabeça é execução*). O motorista, um pai de família, trabalhador, terminou assassinado, também. A polícia suspeita que o carro foi seguido por 4 km. Rachel Dodge, procuradora geral da república, deseja federalizar a investigação. Faz bem. Não foi um crime comum. Há suspeitas de que policiais envolvidos com o crime (*a polícia não é criminosa, mas alguns policiais, sim*), pois, dias antes, ela denunciara a ação do 41º Batalhão, o que mais mata no Rio, na Favela de Acari. Daí, as suspeitas em relação ao crime."
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| Monica Benício, viúva de Marielle Franco, pede justiça. |
Até hoje, não se sabe quem mandou matar e se quem está preso são os assassinos de verdade. Lembro do finado Boechat dizendo que o crime seria resolvido rapidamente, porque era do interesse da polícia. Bem, aqui estamos e nada. A morte de Marielle marcou o início de um ano triste no qual o discurso da violência, da exclusão e da intolerância prevaleceria nas urnas. Dois anos se passaram e parece que estamos ainda mais distantes de saber quem mandou matar Marielle. Gostaria de não perder a esperança na justiça, mas é difíciol. De qualquer forma, não vou me estender mais, deixo aí embaixo um vídeo que o Henry Bugalho postou em seu canal, uma espécie de documentário sobre Marielle e o crime que a vitimou.
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