sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Apagando 60 Velinhas: Feliz aniversário, Colin Firh!


Fiquei enrolando o dia inteiro, quer dizer, não somente enrolando, mas trabalhando, também, e atrasei este post.  Ontem, 10 de setembro, todos os grupos de Jane Austen estavam lembrando que é aniversário do Colin Firth e uma data bem marcante, ele está completando 60 anos e de carreira deve estar chegando nos quarenta.  Bem, qualquer pessoa que passe por aqui com frequência sabe que Colin Firth carrega até hoje o peso, ele dá a entender que é, de ter interpretado Mr. Darcy na adaptação da BBC de 1995.  Na época, ele já tinha uma carreira sólida, mas o papel grudou nele a ponto de, em uma entrevista, ele ter comentado que, se eu dia ele fosse a Marte, as manchetes diriam "Mr. Darcy chegou em Marte".  

É preciso lidar com essas coisas, especialmente, porque a série de BBC está completando 25 anos e fizeram um bolo do ator em tamanho natural.  Meio freak, mas, enfim, é mais uma entre tantas homenagens e já é uma surpresa a referência não ter sido Firth na cena da camisa molhada.  Quando foi que eu notei o Colin Firth pela primeira vez?  Acho que foi em Shakespeare Apaixonado (1998), ele faz o vilão e algumas das melhores cenas do filme, que não é nenhuma grande obra apesar de ter recebido muitos prêmios, são dele.  Há uma cena que é um primor para explicar como funcionava o mundo antes das rupturas provocadas pela Revolução Francesa.  De qualquer foma, acho que faz quase uns vinte anos que não assisto esse filme.

Decidi fazer esse post para sugerir cinco filmes com Colin Firth que são dos meus favoritos.  Cinco papéis bem diferentes um do outro.  Cinco somente para não ficar imenso esse post, pois dava  esticar fácil para 10, ou mais. Todos tem resenha no blog, daí, basta clicar no nome e ir para o texto.

A primeira sugestão é A Single Man (2009), que no Brasil teve o título ruim de O Direito de Amar.  Na película, que se passa durante a Crise dos Mísseis que quase detonou a Terceira Guerra Mundial.  Toda a ação se passa no dia 30 de novembro de 1962, em Los Angeles, e acompanha o professor universitário George Falconer e sua decisão de cometer suicídio depois de perder seu companheiro de vários anos e, por ser homossexual, ser privado do direito ao luto e qualquer outra manifestação de pesar e afeto por tudo que perdeu.  Eu sempre defenderei que Firth deveria ter levado o Oscar de melhor ator por este filme e, não, pelo Discurso do Rei (2010), só que Sean Penn tinha levado no ano anterior por Milk (2008) e não dariam o prêmio principal logo em cadeia para outro ator interpretando um homossexual.  Simples assim.

O segundo filme vai lá para o início da carreira do Colin Firth.  Another Country (1984), aqui, no Brasil, teve como nome Memórias de um Espião e conta parte da adolescência de Guy Bennet (Rupert Everett) e Tommy Judd (Colin Firth).  A história se passa em um colégio interno para garotos privilegiados e a personagem de Ruper Everett quer ter um futuro brilhante como diplomata, mas ele tem um problema, é homossexual o que pode atrapalhar o seu futuro.  Firth faz o melhor amigo de Bennet, um sujeito sério, excelente aluno e discriminado por ser adepto das ideias comunistas.  Só que ele não se importa, porque quer mais é ver o sistema implodir mesmo.  Os melhores diálogos do filme são de Colin Firth e Guy Bennet se tornou um notório espião e teve que se exilar em Moscou, porque, bem, ele acabou se tornando comunista, também.

O terceiro filme é Fever Pitch (1997) e fala sobre a paixão de um professor interpretado por Colin Firth pelo futebol e pelo time do Arsenal.  Ele leciona literatura para adolescentes e sempre desvia o assunto para falar de futebol, ele arranja uma namorada, professora como ele, e a arrasta para o estádio.  Como é professor e a profissão não torna ninguém rico, ele tem sempre que comprar os ingressos mais baratos, porque ele não perde um jogo.  A situação toda acaba dificultando a relação do sujeito com a namorada.  Fever Pitch, que significa “estado de extrema excitação”, foca no campeonato de 1988/89 ganho pelo Arsenal com um gol no último instante. E era a época daqueles incidentes com os hooligans ingleses, e acho que ela assiste pela televisão o desastre de Hillsborough, que teve quase de 100 mortos.  É um filme bem interessante e ainda tem o Mark Strong de bônus.

Já que eu falei em Mark Strong, minha quarta sugestão é Kingsman - Serviço Secreto (2014), um filme pipoca muito divertido.  Nesse filme, Colin Firth faz o papel de um agente de uma organização super secreta e tem que selecionar novos candidatos a ocuparem a vaga de um dos companheiros que foi assassinado.  Ele acaba responsável por treinar o jovem agente (Taron Egerton).  Na época de Kingsman, houve quem se perguntasse por qual motivo ninguém nunca cogitou Firth para James Bond.  Enfim, eu acho que ele poderia ter ficado ótimo, mas teria que ser lá perto da época em que ele interpretou Mr. Darcy.

O quinto e último é Moça com Brinco de Pérola (Girl with a Pearl Earring/2003).  É um filme histórico que gira em torno da criação do famoso quadro que dá nome ao filme.  Colin Firth é o pintor Johannes Vermeer, que fica fascinado pela criada  interpretada por Scarlett Johansson e que vai posar para o famoso quadro.  Foi a primeira vez que eu notei o trabalho da atriz.  É um filme excelente, que explora ao máximo uma sensualidade contida, além de colocar na tela uma série de questões de classe, de gênero e mostrar como era precária a vida do artista que, no século XVII ainda era o artesão que tinha que se curvar aos clientes para poder sobreviver.  Preciso rever esse filme para fazer uma resenha decente.  A que existe no blog é somente um rascunho.

É isso.  Eu gosto muito do Colin Firth.  Há várias resenhas de filmes com ele no Shoujo Café e há muitos trabalhos dele que eu não assisti ainda, ou assisti e não resenhei.  Espero ir sanando isso como o passar do tempo.

4 pessoas comentaram:

Qual seria essa cena de Shakespeare Apaixonado? ^^

Eu amo A Single Man. É um dos meus filmes preferidos. Aliás, o Tom Ford fez dois filmes e acertou nos dois, mas tenho a impressão que ele sofre preconceito da indústria por ser estilista. Vejo algumas pessoas reconhecendo o talento dele, mas sempre de um jeito meio claudicante.

Another Country assistirei hoje. Sempre quis ver, mas é um daqueles filmes que eu fico empurrando para ver outra hora e nunca pego de fato. Há um outro filme dele que também estou enrolando muito, The Railway Man, com a Nicole Kidman e o Stellan Skarsgård. Talvez seja hora.

Acho que o conheci por Orgulho e Preconceito mesmo. Reli o livro esse ano e assisti novamente à série, dessa vez apresentando para minha mãe (ela leu pela primeira vez esse ano).

Ps: Tentei comentar sobre a morte do Chadwick Boseman, cheguei a escrever algo, mas não consegui. A notícia me deixou triste demais, fiquei dois dias sem conseguir fazer nada. Aliás, ele é outro cujos filmes preciso ver, porém quero esperar passar o choque inicial.

Me Lembrei daquela comédia romântica mediana "Actually love", onde a personagem dele faz uma declaração em português *-*

A cena de Shakespeare Apaixonado é aquela em que o duque falido diz para a noiva burguesa rica que ela deveria se sentir feliz dele aceitar casar com ela.

E eu amo A Single Man. Muito mesmo.

Eu gosto muito do Colin Firth nesse filme, mas são muitas histórias cruzadas, por isso deixei de fora.

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