quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Campanha pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (Dia 9): A pandemia tornou a vida das mulheres mais difícil no Brasil, não que ela fosse fácil antes, claro!

 


Vi a imagem acima e decidi procurar os dados citados e deixar os dados para a reflexão de vocês:
  1.   Taxa de desemprego chega a 17% entre mulheres e 16% entre negros: nunca houve tantos desempregados no Brasil, mas a taxa geral de mais de 14% não pode mascarar o fato do desemprego ser mais cruel com as mulheres e os negros e se levarmos em consideração de que  quase metade dos lares brasileiros são sustentados por mulheres, a situação se torna ainda mais desesperadora.
  2. Uma mulher é morta a cada 9 horas durante a pandemia no Brasil: Entre março e agosto, tivemos 497 caos de feminicídio no país, isto e, mulheres que foram mortas por serem mulheres.  Não pensem que é pouco.  Mulheres são mortas todos os dias por homens que diziam amá-las, mortas principalmente em suas casas.  E quantas morreram entre setembro e novembro?  Certamente o número não ficou estacionado em 497.
  3. Ministério de Damares desembolsou 5,4 % do orçamento de proteção a mulheres: essa economia custou vidas, claro, mas quem se importa?  Mas fiquem contentes, este ano, até novembro, o gasto já foi de 6%, do orçamento geral o econômico ministério da Mulher e Direitos Humanos só usou 44% das verbas até agora.
  4. 26% de meninas brasileiras não têm dinheiro para comprar absorvente: acabei de tomar conhecimento que existe um termo para isso, pobreza menstrual.  Para muitas meninas e jovens brasileiras um absorvente é um produto de luxo e não acessível.  A matéria ainda enfatiza que a pandemia tornou a situação ainda pior, porque qualquer 20 reais é muito valioso e não pode ser utilizado com algo que vai para o lixo.  A saída poderia ser uma política pública voltada para o tema, inclusive fornecendo e ensinando a utilizar os coletores menstruais que são reutilizáveis e não poluem o ambiente.
  5. 75% das mulheres assassinadas no Brasil são negras: ser mulher é perigoso, ser mulher negra é ainda mais.  Ainda segundo a matéria, mulheres e meninas negras correm mais risco de serem estupradas e agredidas.  A violência no Brasil tem como alvo principal as populações pobres e a maioria dos pobres são negros.  Como modificar isso se temos um governo que, no Dia da Consciência Negra, fez questão de negar a existência do racismo no Brasil?

1 pessoas comentaram:

O mais triste de ler estas notícias, é não ver uma forma de mudança nem a longo prazo.

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