domingo, 31 de julho de 2022

Turma da Mônica do Globoplay é bem simpático, mas, ao que parece, mal começou e já vai acabar...

Dia desses, estreou a série da Turma da Mônica no Globoplay, sexta passada, o primeiro episódio, de oito, entrou na grade da TV aberta.  Usando o mesmo elenco base dos dois filmes para o cinema, Laços (*resenha aqui*) e Lições (*que eu não assisti ainda*), a série introduz novas personagens e apresenta um história que mostra o drama da turminha que já não é criança, mas ainda não é adolescente, e a chegada de Carminha Fru-Fru  (Luiza Gattai) e o conflito que se estabelece entre a menina rica e esnobe e Mônica (Giulia Benite).  Toda a história se passa durante as férias escolares e a estreia no Globoplay foi exatamente no mês de julho.

Eu realmente gostei da série da Turma da Mônica, assisti seis dos oito episódios e achei deliciosa a forma como eles discutiram questões típicas da faixa etária 12-13 anos do elenco sem perder de vista as características das personagens dos quadrinhos.  Cebolinha (Kevin Vechiatto) não troca as letras o tempo inteiro, mas quando fica nervoso ele volta a falar como nos HQs; Mônica tem dificuldades em controlar sua super força; Magali (Laura Rauseo) não consegue dizer "não", especialmente, quando a proposta envolve comida e Cascão (Gabriel Moreira) tem que superar seu trauma com a água, porque seu cheiro começa a incomodar os colegas.

A série segue a chegada de Fru-Fru e um "crime" que ocorre durante a festa que a menina promove para esvaziar a comemoração que Mônica tinha marcado no mesmo dia e na mesma hora.  Cada episódio é narrado sob o ponto de vista de uma das personagens em uma investigação que é guiada por Denise  (Becca Guerra).  Há um episódio focado em Milena (Emilly Nayara) e eu entendo a importância da representatividade, mas o foco é na turminha original, o quarteto Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali.  Com o andar dos episódios, descobrimos que mesmo a nojentíssima Carminha Fur-Fru tem seus traumas e um coração.  Aliás, Mariana Ximenes interpreta a mãe da menina e é terrível com suas exigências de perfeição que sufocam a filha.  E o Leandro Ramos, o Julinho do Choque de Cultura, faz uma participação no filme, explicando para Magali que mudara de profissão.

Assim, eu não sei de quem gostei mais na série, mas achei que a Magali teve mais espaço para brilhar do que no filme, o primeiro, e a sua interação com o Quinzinho, o filho do dono da padaria, e lembrei que o ator, Pedro Henriques Motta, já tinha feito um dos Detetives do Prédio Azul.  Eu conhecia o rosto de algum lugar... Teria que elogiar todos, pelo menos os que receberam destaque na trama, estavam ótimos.  Eu realmente achei um produto infanto-juvenil muito bem feitinho e agradável de assistir.  Júlia chega hoje das férias e vou tentar colocá-la para ver os episódios e saber a opinião dela.  O fato é que eu acreditava que seria a primeira de pelo menos umas três temporadas.

Por conta disso, foi realmente surpreendente saber que o elenco será dispensado, porque eles não tem idade ainda para ser a Turma da Mônica Jovem (!!!!) e não são pequenos para continuarem sendo a turminha.  Assim, nesta faixa etária, eles crescem rápido, eu colocaria esses meninos e meninas para começarem já a Turma da Mônica Jovem, eles estão prontos, conhecem as personagens.  Raramente, vi uma decisão tão errada em um produto midiático.  Triste, sabe?  Eu ainda espero que a coisa seja revertida.  Espero mesmo, pois, mesmo não sendo público alvo, consegui apreciar as boas qualidades do material.  Se não for o caso, que o elenco seja aproveitado em outras produções, porque eles e elas são muito talentosos.

Dois canais (Coisas de TV e O  Brasil que Deu Certo) que eu sigo fizeram vídeos sobre a série da Turma da Mônica e eu recomendo que assistam.  Eles estão incorporados abaixo.

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