terça-feira, 28 de março de 2023

Versão ucraniana de Escrava Isaura estreia no Globoplay

Uma amiga me recomendou uma série ucraniana chamada Amarras do Amor (Krepostnaya) e que é, pasmem, uma adaptação de A Escrava Isaura (*resenha: 1 - 2*) para a realidade do Império Russo no século XIX.  Segundo a Wikipedia em Espanhol, que foi onde encontrei mais informações, a história começa em 1856, no estado de Chernígov, no Império Russo, e tem como protagonista Katerina Verbitskaya (Katerina Kovalchyk), uma jovem prendada, que fala várias línguas, toca piano, pinta, além de ser uma virtuosa donzela.  Tudo isso, graças à educação que lhe foi dada por sua madrinha, uma mulher nobre que a trata como filha.  A jovem não parece uma camponesa, mas é.  O marido de sua madrinha aceita a excentricidade da esposa, mas não tem simpatias por Katerina, que está apaixonada por um homem nobre Aleksey Kosach (Aleksey Yarovenko), com quem nunca poderá se casar.

Quando sua madrinha morre, a jovem Katerina fica à mercê do seu senhor.  Nada há no resumo sobre um filho devasso, que seria o Leôncio de Escrava Isaura.  Enfim, a servidão na Rússia só terminou em 1861.  Katerina decide fugir, ela precisa lutar por sua liberdade, defender sua castidade, ainda que, segundo o resumo, termine indo parar em um bordel de Kiev.  A série está no Globoplay. 

 

Não sei se eu irei assistir, mas não nego que fiquei curiosa, mas não sei o que pensar, nem o que sentir, o fato é que essa produção é mais uma evidência  da importância da novela Escrava Isaura para a cultura pop. Quando exibida no Leste Europeu, a novela fez um sucesso estrondoso e, segundo consta, até palavras novas foram criadas no idioma russo para dar conta de conceitos que apareciam na produção.  Pena que a Globo tenha explorado tão pouco as possibilidades de A Escrava Isaura, em outros países houve quadrinhos, versão em livro e por aí vai. Ao que parece, a produção ucraniana credita a inspiração no livro original de Bernardo Guimarães, que está em domínio público, e, não, a novela.  De qualquer forma, segundo a Wikipedia, parece que a série tomou várias críticas negativas na Ucrânia por ser falada em russo.  A série é de 2019 e, já naquela época, as tensões entre Ucrânia e Rússia estavam escalando.

1 pessoas comentaram:

opinião...
você crê que uma versão "web" da teledramaturgia possa prosperar? Hoje as novas gerações tem mais afeição ao notebook e ao celular.
É possível hoje a dramaturgia dar certo fora das grandes emissoras de TV em virtude do fortalecimento da internet, através de serviços de streaming e similares ?

Dúvida... hoje os "dramas" asiáticos tem se destacado. As grandes emissoras de TV tiveram que se "reinventar" por causa da "concorrência" ?

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