Meu marido finalmente foi operado!

Depois de quase 11 dias de internação (*10 dias e algumas horas, na verdade*), meu marido recebeu alta.  Foi devidamente operado, depois de uma longa pendenga entre o HFA (Hospital das Forças Armadas), onde ele deu entrada na emergência com fortes dores abdominais, e o HFAB (Hospital da Força Aérea de Brasília), força a qual meu marido pertence.  

Ao longo desses muitos dias, segundo o pessoal do HFA, o HFAB estava dificultando os procedimentos e não queria liberar a cirurgia, sem oferecer outra possibilidade, como a transferência para lá.  Depois de muita resistência do próprio doente, que achava um desaforo esse absurdo burocrático, amanheci no HFA na sexta-feira passada e passei no escritório da FAB lá.  Explicando, no Hospital das Forças Armadas há escritórios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para a liberação de exames e outros procedimentos que poderiam, ou não, ser feitos nos hospitais dessas forças, que são pequenos.  

A sargento explicou que não era com ela a questão, que o caso parecia muito estranho, que se ele tinha dado entrada na emergência e era caso de urgência, a cirurgia seria liberada.  O HFA estava agindo como se a FAB precisasse liberar um outro procedimento, quando todo o tratamento era parte de um atendimento já iniciado na emergência.  Mesmo não sendo com ela, fez várias ligações e me deu instruções de com quem falar no HFAB.  Como estava nervosa para dirigir, peguei um UBER e parti para o Hospital da Força Aérea.  Lá, segui o que ela disse, fui muito bem atendida e me informaram que a cirurgia tinha sido liberada no dia anterior.  Os médicos do HFA ameaçando dar alta ao meu marido e a autorização do comandante do HFAB enviada pelas vias normais para casos assim.  Eles simplesmente não tinham visto.  Voltei do HFAB, deu tempo de passar e agradecer à sargento, porque o expediente era até o meio dia.

Ontem, meu marido foi operado pela manhã.  Cirurgia para a retirada de vesícula, quatro cortes, um eles no umbigo, por onde retiraram a dita cuja.  Eu tinha reunião de escola da Júlia (*nossa filhinha de 9 anos*), precisava levá-la para o inglês (*é terça e quinta, mas quem leva é o pai e ele estava hospitalizado, tive que pedir reposição no sábado*) e cheguei no HFA por volta das 13h.  Ele tinha acabado de chegar ao quarto.  Segundo ele, que já está na sua terceira cirurgia, está sendo o seu pior pós-operatório.  Foi uma noite complicada, ele queria ficar mais um dia no hospital, mas lhe deram alta.  Para as médicas, o que ele descreveu está dentro do esperado.

Estamos em casa agora, dieta ZERO de gordura e eu tenho um atestado de acompanhante até amanhã.  Acho que ainda será necessário, mesmo não querendo onerar meus colegas de trabalho, porque avisaram que, se a dor piorar, ele deve voltar para o hospital.  Vamos ver como fica de hoje para amanhã.

Já fui ao mercado comprar frutas e ingredientes necessários para essa comida ZERO gordura e, também, à farmácia.  Tenho que levar Meteoro para passear, porque ontem ele não saiu e corrigir toneladas de trabalhos.  Aos poucos, as coisas se regularizam, mas as notas tem que entrar esta semana.

Enfim, foi uma novela e tenho a ligeira impressão de que alguém, ou mais de um alguém, não seguiu os procedimentos corretos e a troca de informações entre HFA e HFAB ficou truncada.  De resto, ele foi muito bem atendido, a qualidade do hospital e dos profissionais é indiscutível.  Estresse mesmo, só tive por causa do estacionamento, mas deixa pra lá.  Eu só sei que estou muito cansada, muito mesmo.  Não fosse meu pai ter vindo nos dar suporte, seria complicado arrumar a situação, porque temos a Júlia e ela não pode entrar em visita, precisa ir para a escola, eu tenho o trabalho e por aí vai.  Mesmo com os oferecimentos de apoio de amigas, seria difícil sem meu pai aqui e, ainda assim, foi, e está sendo, bem pesado.  Espero retomar as postagens no Shoujo Café e o Shoujocast, meu planejamento já foi todo para o buraco.