quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Saiu o primeiro trailer de Vampire Dormitory + resenha do primeiro capítulo

Em novembro, foi anunciado que Vampire Danshi Ryou (ヴァンパイア男子寮) ou Vampire Dormitory, de Emma Toyama, seria transformado em anime e, mais do que isso, seria a série escolhida para celebrar os 70 anos da revista Nakayoshi.  Grande honra, mas, apesar de gostar muito de vampiros, não gosto da autora.  De qualquer forma, o primeiro teaser-trailer saiu ontem.  O básico da história é o seguinte, uma menina pobre-pobre-muito-pobre que, para piorar, fica órfã e termina indo parar na rua, conhece um cara muito bonito (danshi), que, por acaso é um vampiro, que a salva de morrer e a transforma em sua serva.  A partir daí, ela deve viver com ele no dormitório da escola, onde só residem garotos.  Trailer abaixo.

Eu fui olhar o mangá, não resisti, segue então, uma pequena resenha do primeiro capítulo.  Para começar a conversa, o primeiro capítulo realmente entrega muito bem a história que podemos esperar.  Mito, nossa protagonista, ficou órfã bem pequena e ficou passando de mão em mão de parentes até terminar o ginasial.  Ela se forma e uma tia lhe diz que, agora que terminou a educação obrigatória no Japão (*fiz post recente sobre isso*), ela deveria pegar as coisas dela e ir embora.  A menina é jogada na rua e vai se vestir de garoto para se proteger do assédio.  Sim, é exatamente isso.  

A abertura da série nem é essa situação, pois trata-se de um flashback, mas a garota sendo demitida do restaurante vagabundo onde trabalha por atrair muitas adolescentes e mulheres para lá.  Mito é um ikemen (*um garoto bonito*) e o restaurante é um pé sujo para homens.  Sendo assim, a menina é posta na rua.  Ela precisa de um emprego e entra no que parece ser um host club (*como em Ouran Host Club*) cheio de ikemen.  Só que ela acha que o lugar é muito refinado para ela e tenta escapar, mas ela se corta e um dos rapazes, o que parece estar em comando, a leva para os fundos do estabelecimento e suga sua ferida para logo reclamar que seu sangue tem gosto de podre.  Ele é um vampiro, ele não e alimenta de humanos faz muito tempo e, como será dito mais tarde, ele não consegue sugar o sangue de mulheres, só rapazes bonitos.

Mito foge e vai se abrigar no terraço de um  prédio, está chovendo muito, e é nesse momento que temos o flashback, porque ela olha a rua e vê gente acompanhada, adolescentes pedindo para a mãe vir buscá-los e ela não tem ninguém.  De volta ao restaurante, um dos vampiros explica para Ruka, que sendo o mais experiente das criaturas da noite deveria saber disso, que o sangue de um humano que nunca foi amado tem gosto ruim, mas se o rapaz (*Mito*) receber amor, certamente seu sangue teria um gosto maravilhoso.  Ele também diz que fazia uma década que Ruka não se interessava por ninguém.  O vampiro finge que não é com ele, mas fica abalado.

De volta ao terraço, Mito pensa em se matar, mas desiste, só que escorrega e cai.  O vampiro a salva e fala as baboseiras sobre sangue podre por falta de amor, e que ele poderia amá-lo (*ele pensa que é um garoto*), melhorar seu sangue, em troca, ele seria seu escravo.  Mito apaga e acorda no tal dormitório do título.  O vampiro reexplica a história de sangue com gosto de podre, falta de amor e que a protagonista aceitou ser sua escrava.  Diz que a matriculou na escola e que ela morará com ele.  Pensando na vida miserável  que levava, ela diz aceitar.  Leva um cascudo e é acusada pelo vampiro e agir por interesse e, não, por reflexão. O cascudo é cena clichê de mangá/anime, de resto, que alternativa ela teria?

Mito vai para o banheiro e o vampiro fica tagarelando do lado de fora.  A menina vai se despindo, tira a peruca (*por qual motivo não cortou os cabelos de uma vez?  Qual o sentido nisso?*).  Ela ouve o vampiro falar que só se interessa por homens e pensa "Mas eu sou uma mulher!".  Como esconder isso para não voltar para as ruas?  Como o vampiro, ainda que tapado, irá ser enganado por muito tempo?  Afinal, Mito é bonita como homem e como mulher.

Sei que teremos um triângulo amoroso entre Ruka, o vampiro tapado, Mito e Ren, que não apareceu ainda.  Ren é um Dampiro, isto é, um híbrido com humano (*não gosto muito desse conceito, mas ele existe*), e sei que só de olhar para Mito, ele descobrirá que se trata de uma mulher.  Ele, diferentemente de Ren, só se interessa por mulheres e vai lutar por ela.  Pelo que me informei, usando de estratégias não muito limpas.  O moço tem aquele ar de moreno perigoso e, ao que parece, muitos poderes.

Conhecendo Emma Toyama, teremos muita pegação, situações de consentimento dúbio e, por ser na Nakayoshi, nada de sexo, ou, pelo menos, não até que as coisas cheguem perto do final.  Ela deveria estar em outra revista, ainda que o traço dela tenda para o infantil, suas narrativas não o são. Quando penso no sucesso estrondoso de Hanakimi  (花ざかりの君たちへ), esquema muito semelhante, mas sem vampiros e sem essa história de escravidão contratual,  e que a série nunca recebeu anime, eu fico muito desanimada.  De qualquer forma, Vampire Dormitory é certeza de sucesso, nasceu para isso, puxa todas as cordinhas possíveis (*harém reverso, triângulo amoroso, gender bender, vampiros, colégio interno etc.) e a autora é muito competente.

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