quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Kunihiko Ikuhara, diretor de Sailor Moon e Shoujo Kakumei Utena, vence processo contra mulher que o acusava de plágio

O Manga Mogura fez um resumo do resultado de um processo movido pelo diretor  Kunihiko Ikuhara contra uma mulher que o perseguia e assediava fazia anos.  Fui até o link postado pelo Manga Mogura e o caso era bem desgastante.

Fazia anos que uma mulher acusava o diretor de plágio, de fazer tracing das suas artes, lhe mandava e-mails e mensagens no Twitter.  Vendo que o diretor se recusava a concordar com as acusações, ela entrou em contato com a  Shogakukan e outras empresas com as quais Ikuhara tinha negócios, causando-lhe dano financeiro.  Se entendi bem, ela acionou até dubladores dos animes do diretor, como Utena e Mawaru Penguindrum, usando a lei norte-americana de direitos autorais, The Digital Millennium Copyright Act (DMCA).  Ela ameaçou ir à Justiça japonesa, algo que terminou fazendo, pedindo uma indenização de 4.4 milhões de ienes (U$30,303.24, R$150,670.74, em valores de hoje). 

Segundo a matéria, o diretor terminou por acionar a polícia quando, em abril de 2022, ela insistiu em assediar o diretor e membros da sua banda (*sim, Ikuhara tem uma banda*) e entrar em contato com a Disc Union, distribuidora dos CDs do grupo.  Aliás, a venda dos CDs foi suspensa.  Ikuhara recorreu às autoridades baseado no atentado ocorrido na Kyoto Animation, em 2019, quando um sujeito ateou fogo ao prédio do estúdio depois que suas acusações de plágio foram recusadas.  Ikuhara falou várias vezes em medo em suas declarações depois do julgamento.  No fim das contas,  o show foi cancelado por motivos de segurança.

No final das contas, depois de apresentar várias provas, como e-mails e mensagens impressas que juntas tinham o tamanho de uma lista telefônica (*o termo está na matéria, talvez, você nem saiba  que é isso.*), hoje, a Seção de Tachikawa do Tribunal Distrital de Tokyo (juíza Noriko Kato) concluiu que houve difamação e obstrução de negócios e ordenou que a mulher pagasse 1,21 milhão de ienes (U$8,337.93/R$41.453,69).  Pelo aborrecimento, achei pouco.

A matéria reproduz várias falas de Ikuhara, ele afirma que coisas assim acontecem muito na indústria de anime e que seu amigo, Hideaki Anno, passou por situações semelhantes. E cito a matéria diretamente: 

"Numa conferência de imprensa, o advogado do demandante, Takashi Hirano, explicou que, além de pedirem uma indemnização no julgamento, consideraram pedir uma liminar para impedir que a mulher continuasse publicando na internet, mas decidiram não o fazer.  "Legalmente, é difícil impedir postagens. Isso é uma violação da 'liberdade de expressão', e os obstáculos são extremamente altos. Além disso, é possível postar postagens semelhantes usando gírias ou alterando o texto. Eu realmente queria fazer isso. isso, mas desisti.'' (Advogado Hirano)"

Espero que essa mulher pare de perturbar, mas dado o nível de loucura que a matéria dissecou, não sei.  A multa me pareceu pequena.  Eu que já sofri assédio nas redes e não sou ninguém, imagino a dor de cabeça de alguém que pode realmente perder negócios, dinheiro, além da paz.  A dor de cabeça do Ikuhara foi muito grande realmente.

2 pessoas comentaram:

Esta mulher não tem nome? Não tem nenhuma rede social?

O nome dela não aparece na matéria.

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