terça-feira, 26 de agosto de 2025

Kekkaishi no Ichirinka (Bride of the Barrier Master) vai virar anime + resenha dos quatro primeiros volumes do mangá

Semana passada, foi anunciado o anime de Kekkaishi no Ichirinka (結界師の一輪華), ou Bride of the Barrier Master, seu nome em inglês.  A série é baseada nos livros de Kureha, com ilustrações de Bodax, que começaram a ser lançados em 2021, o sexto volume sairá  no dia 25 deste mês.  O mangá é assinado por Odayaka, começou a sair em 2022 na revista B's Log Comics, voltada para o público feminino fã de games, e está no volume 6.  Fui checar e achei sete aparições do mangá no ranking da Oricon, por três vezes no top 10.  Isso indica que a série vende bem, afinal, todos os seus volumes, desde o segundo, aparecem no ranking e, às vezes, ficam por mais de uma semana.  Como o mangá não estava no meu radar, não sabia nada sobre ele.  O anúncio me fez ir atrás de informações e acabei lendo os quatro volumes que estão disponíveis.  Enfim, vou colocar o resumo e, a seguir, fazer uma resenha colocando as minhas impressões gerais sobre a série.  Aviso que haverá spoilers, se não quiser saber mais detalhes da história, pare depois do resumo, OK?

"Por milhares de anos, o Japão foi protegido por cinco clãs que possuíam magia de criar barreiras. Nascida em uma das famílias de um desses clãs, Hana, de dezoito anos, sempre esteve à sombra de sua irmã gêmea, mais poderosa, talentosa, bonita e popular. Quando um grande poder despertou dentro de Hana, quando ela tinha quinze anos, a jovem optou por escondê-lo para poder continuar vivendo uma vida tranquila, longe dos holofotes e, também, para não ser usada nas maquinações de seu pai e sua mãe que, até então, a desprezavam. Mas esse estilo de vida ideal é colocado em risco quando Saku Ichinomiya assume como o novo líder do clã Ichinomiya e parte em busca de uma noiva forte o suficiente para ficar ao seu lado. Ansiosa para manter suas habilidades em segredo, Hana se mantém afastada de Saku... mas será que ela se sentirá tentada a assinar um contrato de casamento se isso lhe garantir o futuro pacífico e tranquilo dos seus sonhos?"

Imagem comemorativa da ilustradora das novel, Bodax.

Vou abrir dizendo que Kekkaishi no Ichirinka, o mangá, porque foi o que eu li, é uma obra que tem um gosto de passado.  Parece coisa que seria produzida na virada dos anos 1990 para o 2000.  Tem um tipo de humor repetitivo que inclue cascudos que produzem galos bem protuberantes, martelos enormes e um mocinho que não entende bem o que é consentimento.  Aliás, Saku, o mocinho, é o motivo da maioria das críticas e notas baixas que o mangá recebe por aí. Eu voltarei a isso mais adiante.  A série também flerta com situações que são comuns em várias obras que estão em alta.

Temos famílias que nascem com dons e devem proteger o Japão, como em Watashi no Shiawase na Kekkon (わたしの幸せな結婚). Temos uma família que está em decadência por não produzir ninguém com fortes poderes há muito tempo, como em Watashi no Shiawase na Kekkon, mais uma vez. Duas irmãs que são muito diferentes e tratadas de forma desigual dentro da família, de novo Watashi no Shiawase na Kekkon, mas, também, Zutaboro Reijou wa Ane no Moto Konyakusha ni Dekiai Sareru (ずたぼろ令嬢は姉の元婚約者に溺愛される), que eu resenhei domingo, e mais um monte de outras séries.  E, sim, temos pai e mãe  que estão concorrendo para serem os mais horrorosos das novels e mangás dos últimos tempos na sua crueldade e capacidade de tentar manipular o destino das filhas e, talvez, do filho, que mal apareceu ainda, para seu próprio ganho.  Mas eis que Kekkaishi no Ichirinka rompe com alguns dos clichês da moda.

Ilustração da autora do mangá, Odayaka.

A série é uma fantasia, mas é muito realista em relação à discussão dos enlaces matrimoniais de suas personagens.  Poderosos casam com poderosos, especialmente se se trata do líder do clã, simples assim.  Quando o chefe do clã Ichinomiya passa o poder para o filho, o pilar que protege o Japão fica com fissuras que só podem ser restauradas pelo novo líder unindo sua energia a de um/a parceira/o.  Preferencialmente, uma esposa.  Trata-se da ideia dos princípios do Ying/Yang, um conceito fundamental na filosofia chinesa antiga, particularmente no taoísmo, que descreve duas forças cósmicas complementares, interconectadas e opostas (escuridão e luz, feminino e masculino) que compõem o universo e seus fenômenos.  Saku explica para Hana que seu par na restauração poderia ser uma irmã (*que ele não tem*), um irmão (*que ele tem, mas é fraco demais para a missão*) ou mesmo sua mãe (*que não é forte o suficiente, também*).  Não sabemos, pelo menos até o volume 4, por qual motivo o pai de Saku deixou o comando do clã, mas é evidente que ele e o antigo patriarca não se dão bem e ele sequer mora na mansão dos Ichinomiya.

Na cerimônia em que toma possa diante de todos os ramos do clã, Saku é assediado por todas as moças em idade de casamento.  Elas se exibem em belos kimonos, elas o adulam.  É como em Bridgerton, para quem leu os livros ou assistiu a série.  O rapaz está acostumado a ser obedecido, ser o centro das atenções, mas isso é cansativo, muito cansativo.  E eis que há uma moça que não se aproxima dele e fica na dela comendo as comidas maravilhosas da recepção.  Sim, Hana é comilona, mais um eco dos anos 1990, vide Usagi (Sailor Moon) e Miyaka (Fushigi Yuugi).  Saku se apaixona por Hana à primeira vista, não é uma história de noiva substituta, porém, ele só pode pedi-la em casamento ao descobrir que ela é muito poderosa.  Não fosse isso, certamente ele se veria obrigado a se casar com outra, muito provavelmente, a irmã da mocinha.  Como Hana esconde seus poderes, Saku enfrenta um grande rechaço ao decidir se casar com alguém que era chamada de restos da irmã, como se ela fosse uma espécie de aborto da natureza.  

Repito, ele sabe que ela é poderosa, ele não seria irresponsável de se casar por amor, ele sabe a responsabilidade que tem sobre os ombros, mas, como chefe do clã, ele PODE casar com quem quiser.  PODE, mas NÃO DEVE.  Detalhe, quando o casamento de Hana é descoberto na escola, a melhor amiga da protagonista, Suzu, espalha para geral que o casamento foi um ato de amor, no qual Saku ignorou que a protagonista tinha quase nenhum poder.  Hana não desmente, mas não confirma, e torna-se alvo da inveja e da raiva das alunas que se achavam mais poderosas e, claro, mais merecedoras, assim como das fãs de Hazuki, irmã da mocinha.

Falando da protagonista e sua irmã gêmea, Hazuki, as duas são muito ligadas, como as duas irmãs de Zutaboro Reijou wa Ane no Moto Konyakusha ni Dekiai Sareru, mas, ao completarem 10 anos, elas manifestam seu poder, e tudo muda.  Hazuki sempre demonstrou que iria ter um dom poderoso e isso se comprova quando ela produz um shikigami em forma humana, Hiragi.  Shikigami são como os familiares de Watashi no Shiawase na Kekkon, só que são permanentes, têm personalidade própria, ainda que estejam condicionados pela vontade de seu mestre, como o gênio do Aladin.  Só quem tem um dom muito poderoso produz um shikigami em forma humana e Hazuki só tinha 10 anos de idade.  Enquanto isso, Hana produz um shikigami em formato de borboleta, que ela chama de Azuha.  A partir daí, os pais só lhe dedicam desprezo, a proíbem de falar com a irmã, de comer com a família, ela é tratada como uma estranha na própria casa.  

"Eu penso que deixei meus sentimentos claros..."
"... então, quando você irá se convencer a aceitá-los?"

Só que, aos 15 anos, Hana manifesta poderes que ninguém poderia imaginar.  Ela cria mais dois shikigami, ambos em forma humana, Miyabi e Aoi.  Fora isso, Azuha é capaz de falar e é extremamente poderosa. Já pararam para contar o número de personagens dessa história?  Temos mais ainda.  Hana não conta para ninguém sobre seus poderes, ela não quer mais a apreciação dos pais.  Ela ainda ama Hazuki, com quem ela se preocupa, porque a irmã estuda demais, se esforça demais, tudo para agradar aos pais, mas é sempre maltratada quando tenta conversar com ela.  O que Hana decide é que ela não quer ter nada a ver com esse  mundo dos que têm os dons, ela quer ter um emprego comum e decide que não vai se casar nunca, porque não quer arriscar ser descoberta. 

Aqui, acho que a autora força a mão, porque Hana é tão poderosa, mas tão poderosa, que ela não teria como escapar do radar de outros praticantes (*é assim que eles são chamados em inglês*) bem treinados e poderosos. Mesmo criando barreiras para esconder seu poder, especialmente quando precisa enfrentar sombras (*os youkai mais simples dessa série*), esconder seus poderes exigiria um nível de conhecimento que a menina não tem, além de, imagino eu, exigir um imenso gasto de energia.  (*tenho uma história, que eu nunca irei terminar, na qual uma personagem precisa esconder seus poderes e isso é muito desgastante, tanto física quanto mentalmente*).  Ainda assim, só quem desconfia dos poderes de Hana, e isso depois de começar a segui-la, é Saku.  Os praticantes que fazem parte da organização que protege o Japão são divididos em cores que, do mais baixo para o mais alto, são branco, ouro (amarelo), vermelho, lapis (azul) e obsidiana (preto?).  O irmão mais velho de Hana é o mais jovem praticante a conseguir chegar ao grau lapis, mas é somente isso que sabemos dele até o momento.

Enfim, Hana não é uma cinderela, nem lamenta ser desprezada pelos pais e pela irmã gêmea.  Ela não se preocupa em estudar para entender a dinâmica dos clãs, a magia, nem nada.  Ela quer terminar logo o colegial, arranjar um emprego e se afastar de qualquer coisa que tenha ligação com o mundo ao qual sua família pertence.  Por isso, repito, ela não teria conhecimentos para esconder os poderes, mas deixa  para lá.  Enfim, Hana e a irmã frequentam a Academia Obsidian, lá as turmas são divididas por níveis de poder.  Os da classe A são os melhores, são tratados com todas as honras; os da classe B são vistos como capazes, ainda que não tão competentes; já os da classe C são desprezados e sofrem bullying.  É lá que está Hana e sua única amiga, Suzu, que é de outro clã.

Saku começa a perseguir Hana e termina vendo a menina usar seus poderes.  Ele a pede em casamento.  Ela foge, o rejeita, o chama de pervertido por persegui-la.  Ele insiste por dias até que decide ameaçá-la, contando a seus pais que ela o ofendeu.  Sim, ele faz essas coisas, mas, ao mesmo tempo, o que ele gosta em Hana é o fato dela não se curvar diante dele.  Dinâmica Makino-Doumyoji (Hana Yori Dango), só que Saku não é um sujeito infantilizado.  Hana decide ouvir o que Saku tem a dizer.  Ele fala do pilar, ele explica por qual motivo precisa casar com ela, ele pergunta o que ela quer em troca do casamento, que seria somente um contrato temporário, sem intimidades, até que a missão fosse terminada.  Aqui, temos algo importante e que se perderia se os honoríficos fossem retirados.  Hana chama Saku de Ichinomiya-sama.  Ele diz que serão marido e mulher, que ela não pode se referir a ele de forma tão cerimoniosa, ou ninguém iria acreditar no casamento dos dois.  Ela então o chama direto de Saku e ele se assusta com o excesso de intimidade.  Mesmo a mãe do rapaz o chama de Saku-san.  Mas Hana não irá usar honoríficos com ele, será Saku e pronto. Hana tem 18 anos, a atual maioridade no Japão, ela não precisa de autorização dos pais para se casar e ela o faz.

"Eu quero viver como desejar."
Seja minha noiva... Hana Ichise.!
"Como eu terminei nessa situação!?"

Hana explica para Saku que quer ter uma vida tranquila, um emprego que não tenha nada a ver com o mundo dos praticantes de magia, a política dos clãs, ela quer trabalhar em um emprego comum, se aposentar e ir morar em um lugar tranquilo com seus shikigami.  Saku promete que lhe dará isso e muito mais, além de lhe conceder o divórcio tão logo o pilar seja restaurado.  Só que ele não pretende se separar dela, ele vai beijá-la já nesse primeiro volume e percebe que ela não lhe é indiferente, já a moça aceita o beijo, mas resiste à ideia de se entregar ao sentimento que sabe ter por Saku, porque isso a prenderia nesse mundo que ela aprendeu a odiar.  

Depois disso, ela e Saku vão comunicar o que já está feito e os pais de Hana ficam indignados.  Como ela se casou sem permissão?  Como o líder do clã pode escolher uma criatura sem poderes significativos quando Hazuki era a esposa perfeita? Saku toma a palavra e, com sua arrogância habitual, diz que Hazuki não era poderosa o suficiente e que ele escolheu Hana, porque é um direito dele.  Hana se sente vingada ao ver seus pais ofendidos.  Mais tarde, Saku pergunta se ela deseja humilhar os pais ainda mais, mas ela diz que está satisfeita, que só quer esquecer que eles existem.  Ele responde que se tivessem feito com ele o que fizeram com Hana, ele só se satisfaria quando eles fossem transformados em pó.

Agora, o problema de Hana é que ela é ambiciosa demais, no sentido financeiro mesmo.  Assim, quando Saku precisa da ajuda dela em uma missão (*e ele vai criando situações para obrigá-la a ajudá-lo*), ela exige uma vila à beira-mar.  Ele fica magoado, porque, quando estavam restaurando o pilar, Hana vê o quanto de peso Saku é obrigado a carregar, o abraça, acolhe, e lhe diz que se sentia egoísta e que iria colocar o seu poder a serviço do clã e do Japão.  Ela esqueceu do que, pelo menos para ele, soou como uma declaração de amor, então, ele se vinga.  Saku pede a cópia do contrato de casamento de Hana, acrescenta a vila (*que é cheia de sombras, uma espécie de youkai, mas ela não sabe ainda*) e uma cláusula que tira dela o direito de pedir o divórcio.  Ela não lê e perde o prazo de contestação.

O fato é que se Saku quisesse, ele poderia obrigar Hana a ficar com ele.  Ele tem poder para isso, poder-magia e poder político.  Então, as piadinhas só amenizam uma situação que é muito desigual.  E a autora recorre a umas piadas antiquadas que tentam desensibilizar o público sobre um potencial risco de abuso sexual.  Saku quer consumar o casamento (*isso não é dito, mas tenho certeza de que ele é tão virgem quanto Hana*), ele chega a dizer que, se engravidasse Hana, ela nunca iria conseguir se separar dele.  O rapaz não é violento, mas é insistente, chega a dizer que "Não quer dizer mais", no que Aoi, o shikigami de Hana, diz que "Não quer dizer não".  São os shikigami que impedem que Saku force Hana a fazer o que não está preparada, porque ela gosta dele, mas não está pronta a admitir isso, muito menos fazer sexo com um homem que acabou de conhecer.  Miyabi, a mais violenta dos shikigami de Hana, apesar da aparência fofa, chega  a perguntar se ela quer que ela mate Saku para que eles possam ser finalmente livres.  Ela rejeita, claro.  Apesar dessa opção por piadinhas de mau gosto da autora, não temos aqueles recursos de apalpar a mocinha, apertar seios, levantar saia, nada disso.  Saku quer seduzir Hana, mas a insistência é incômoda.

Na casa de Saku, Hana não é bem recebida no início.  A sogra lhe despreza e o irmão de Saku, Nozomu, a ofende.  Hana não leva desaforo para casa e desafia o garoto, que é da classe A, para um duelo.  Ela exibe seus poderes pela primeira vez e a sogra passa a respeitá-la e tratá-la como senhora da casa, decidindo ajudá-la a ocupar o seu lugar, mas impondo uma disciplina que parece dura e que Hana vê como demonstração de afeto.  Já Nozomu continua resistindo, mas Hana percebe que seu problema é com o irmão e que a relação dos dois é muito parecida com a dela com Hazuki. Saku é muito poderoso, Nozomu sempre esteve nas sombras do irmão, mesmo o amando e admirando tanto.  Ela decide ajudar a restaurar a relação dos dois.

O fato é que Hana nunca foi amada e a família de Saku acaba sendo a primeira da qual ela faz parte.  Quando ela adoece, depois de usar seus poderes em uma missão muito difícil, ela é cuidada e mimada por todos (*Nozomu finge que não se importa, mas é fingimento*).  Isso desperta lembranças de quando ela era uma menina e os pais não somente não chegavam perto dela, mas também não permitiam que Hazuki se aproximasse.  Enfim, o casamento temporário, que deveria ser um contrato somente, acaba se tornando outra coisa.  Há quem possa acusar de síndrome de Estocolmo, mas é  possível ver como crescimento e amadurecimento das personagens, também.

Já me estiquei demais, esse texto está sendo escrito há mais de três dias.  Muito bem, segue um resumo rápido do conteúdo de cada um dos volumes:  O volume 1 apresenta as personagens principais e mostra o encontro entre Saku e Hana, a resistência dela ao casamento, até que, finalmente, ela cede.  O volume 2 mostra a primeira missão de Hana.  Temos uma onda de assassinatos de cães, eles são torturados e mortos.  De repente, começam a aparecer homens mortos, mutilados como se fossem por cachorros, mas a polícia percebe que não são crimes comuns.  Saku é chamado para investigar e Hana temria o acompanhando.  O autor dos assassinatos é um Tatarigami, um espírito vingativo, que absorveu a dor e a raiva dos cães assassinados.  É preciso destruí-lo, mas Hana percebe que o tataragami é resultado da possessão de um inugami, uma espécie de deus cachorro.  Saku acredita que precisará destruir o inugami, que não é possível purificá-lo, só que destruir um deus traz muita má sorte.  Hana, no entanto, consegue separar o tataragami do inugami.  O tataragami se desfaz, com os espíritos dos cachorros mortos sendo libertados, e o inugami se torna o quarto shikigami de Hana.  Me prolonguei para poder escrever isso.  Se tivesse o conhecimento necessário, Hana seria mais poderosa que Saku.  Nesse volume, Hana enfrenta as garotas que lhe afrontam, dizendo que é esposa do líder do clã Ichinomiya e que elas devem pensar suas vezes antes de lhe atazanarem.

O volume 3 mostra o aparecimento de uma rival, Kikyou do clã Nijouin e seu irmão gêmeo, Kirya.  O volume abre com amuletos poderosos, que são feitos pelo clã Nijoin sendo roubados por um grupo terrorista chamado (*em inglês*) de The Gull of Nirvana.  Saku adverte Hana de que ela não deve andar sozinha, mas ela o ignora, porque ele está fora boa parte do tempo e muito ocupado.  Em um dos passeios de Hana, ela é abordada pelos gêmeos, que lhe oferecem compensação econômica para se separar de Saku, que aparece e interfere.  Kikyou, que lembra um pouco a Sakurako de Hana Yori Dango (花より男子) misturada com aquelas doidas doidas que vêm atrás do Ranma (Ranma 1/2), é apaixonada por Saku e não sabe dos poderes de Hana, ela passa a persegui-la no colégio.  É nesse volume que aparece o boato do casamento por amor espalhado por Suzu.  E Hana é atrapalhada no seu intuito de estudar de verdade, porque Saku intima a esposa a aprender sobre os clãs, magia e tudo mais, ou ele vai fazer com que ela seja ensinada pela sua mãe.  Hana gosta da sogra, mas tem medo dela.  Por fim, depois de uma série de incidentes e um duelo, Kikyou fica mais que amiga de Hana, ela passa a lhe dedicar um intenso akogare (*devoção, admiração*), atrapalhando, inclusive, os avanços de Saku.  O irmão da jovem fica feliz, porque ela nunca tivera amigos.  Há o confronto com os terroristas, eles são derrotados, os talismãs recuperados, mas, ao que parece, nem todos os criminosos foram capturados.

Por fim, o volume 4 mostra Hana e Hazuki se reconectando.  Hana precisa recorrer ao marido para salvar a irmã dos planos que os pais montaram para ela.  É um volume bonito, porque ele desfaz qualquer ideia ruim que a gente possa ter por Hazuki.  É uma escolha interessante da autora, porque ela valoriza os laços entre as mulheres.  Eu imaginei que Hazuki, magoada e com inveja, fosse ser possuída por algum poder maligno e assumir um papel vilanesco.  Ainda bem que não.  E é nesse volume que Hana é obrigada a revelar todo o seu poder para salvar o colégio.  A exposição deixa os bullies chocados e faz com que o diretor queira transferi-la para a Classe A.  Ela recusa, ele insiste, e Hana faz com que ele se lembre do quanto foi conivente com o bulying  nada fez para ajudar a ela, ou qualquer aluno ca Classe C.  Hana termina ameaçando o diretor, mais uma vez usando o nome de Saku para isso.  Eu não a culpo, essa cara de pau da personagem, o fato dela não ser boazinha, é parte do charme da personagem.

Ah, sim!  Saku dá a vila para Hana, mas é um lugar infestado de sombras (*youkai*) e ela precisa limpar o lugar e criar barreiras, será assim todas as vezes que for visitar o lugar.  Esse episódio da vila também funciona como uma espécie de viagem de lua de mel; todos que observam os dois percebem que eles se amam, mas, enfim, eles não se entenderam ainda. E o título em inglês está errado, Hana não é "bride" (noiva), ela é "wife" (esposa), e isso desde o início do mangá.  Acho que é isso.  O volume 5 do mangá só sai em janeiro em inglês, o mesmo vale para a novel, acho.  Pelos resumos, os volumes do mangá está seguindo as novels de perto e conseguem dar conta quase que um volume de mangá, uma novel.  Agora, o anime não deve estrear em janeiro, porque há pouco material publicado ainda.  Os quatro volumes de novel/mangá devem dar mal e mal para uns seis episódios.  É preciso juntar mais coisa mesmo.

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