Segundo a matéria do Sora News, uma nova pesquisa, porque uma de 2021 já apontava a mesma tendência, 69% dos japoneses e japonesas são a favor de permitir que uma mulher herde o título de imperatriz, com 24% indecisos e apenas 7% claramente contra. Para quem não sabe, porque o povo vem com essas histórias de tradição e perde de vista que elas podem ser inventadas, a lei que rege a sucessão ao trono japonês é da constituição de 1947; ela foi feita para asfixiar a nobreza japonesa e estabeleceu que a sucessão ao trono é exclusivamente masculina e pela linhagem paterna. O atual imperador tem somente uma filha, a Aiko, Princesa Toshi, de 24 anos. Quem deve assumir o trono é seu primo, filho do irmão do imperador, o Príncipe Hisahito, de 19 anos. Para se ter uma ideia, qualquer princesa imperial que se case, salvo com um primo da linha paterna, deixa de fazer parte da Casa Imperial. Se houve mudanças na lei, coisa que eu não acredito que aconteça, porque os velhos políticos não vão ceder, não irá valer para essa geração.
Só encerrando, há três possibilidades de sucessão mais comuns: primogenitura com preferência masculina, isto é, qualquer menino passa na frente das irmãs; primogenitura absoluta, que passou a ser a mais usada nas monarquias europeias nesse século; e a exclusão das mulheres e, aqui, cabe explicar. A Lei Sálica francesa não excluía a linhagem feminina, mas só homens poderiam ascender ao trono; a lei russa desde Paulo I, que odiava a mãe, Catarina, a Grande, estabeleceu que qualquer parente masculino do imperador passava a frente das filhas do czar; e há essa aberração japonesa que é mais burra ainda, mas foi imposta pelos norte-americanos. E, sim, já houve imperadoras no Japão (*oito ao todo, mais duas de difícil comprovação histórica*), prefiro chamar assim, seguindo o paradigma embaixador/embaixadora, já que imperatriz é a esposa do embaixador, ainda que sempre a preferência fosse por homens.















































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