sexta-feira, 27 de abril de 2007

"Mangá" Ajudando na Descoberta de Vocações



Não é mangá de verdade, como a notícia do Comi Press fez questão de destacar com o termo “Japanese Manga”, são simplesmente trabalhos "ao estilo mangá" e feitos por um/a desenhista bem mediano/a como vocês podem bem ver pelo pôster. De qualquer forma, a idéia de utilizar quadrinhos para estimular as vocações religiosas é interessante. Paul Emberly, Diretor Nacional para Vocações para a Inglaterra e País de Gales disse ao The Indian Catholic que "Nós escolhemos o mangá para a campanha de 2007 porque nós esperamos atingir os jovens com menos de 20 assim como pessoas com seus trinta u mais anos. Muitos dos padres e religiosos hoje dizem que primeiro sentiram seu chamado por volta dos dez anos, às vezes antes."

Um poster com a imagem de futuros padres e religiosos já foram distribuídos em cerca de 5 mil Igreja Católicas, escolas e lugares de oração na Inglaterra e País de Gales e a campanha será lançada no
domingo. A campanha contará, usando quadrinhos, a história de cinco pessoas reais, de características étnicas diversificadas, um padre, duas freiras uma enclausurada e outra trabalhando no seculum e sem hábito, um monge e um laico que dedicaram suas vidas à Igreja. Um dos aspectos mais importantes das imagens disponíveis no site é o tom de “modernidade” que querem dar à vida religiosa. A freira enclausurada é vista em um dos quadrinhos acessando um computador; o monge beneditino, apesar de envolvido em atividades das mais tradicionais, usa um corte de cabelo moderninho e não está tonsurado. Como dizem por aí, “imagem é tudo”.

Já o discurso é bem tradicional, a freira sem hábito defende o celibato como uma forma de amar a todos e não somente uma pessoa o qeu é um dos argumentos mais corriqueiros tolinhos para defender a opção necessária para uma vida religiosa integral no seio da Igreja Católica. Sobre o assunto, Dom Odilo, o novo Cardeal Arcebispo de São Paulo disse algo bem mais interessante: "É um grande valor, um grande benefício para a igreja.(...) Se a igreja pode mudar? Um dia poderia mudar, porque isso é questão de disciplina da igreja, não é dogma de fé. Mas a igreja mantém essa disciplina por questão de escolha. (...) Acho pessoalmente que deve continuar. Isso é um grande benefício. Ninguém é obrigado a se tornar um padre." De qualquer forma, uma flexibilização seria bem-vinda para muitos, mas não acredito que algo mude nos próximos 50 ou 100 anos.

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