sábado, 10 de maio de 2008

Mangá é Cultura!



Que delícia de artigo esse, aind abem que achei o link no Animenation. Nem tinha visto quando o ANN publicou. O ANN apresenta a Melody como revista shoujo. Há controvérsias, pelo perfil, é josei, mas mesmo no Comipedia está como shoujo. Gostei muito de traduzir e fiquei com muita vontade de ler os mangás, um josei e outro seinen. Minako Narita é uma veterana e criou Cipher.

É o tipo de artigo que mostra que mangá pé cultura e que os quadrinhos abrem janelas para outros universos. E veja que o autor do mangá seinen termina citando o exemplo de Nodame. Gostei da fala de Narita, da importância que ela dá a cada leitora, posi muita gente despreza as crianças e são exatamente esses leitores que se conquistados mantém a leitura do mangá - e de qualquer gênero de quadrinho - viva. E, sim, as cartas dos leitores são valiosas. Por isso, eu valorizo a iniciativa da Panini em manter uma seção de cartas. Enfim a matéira em inglês está no site do Yomiuri Shimbun.

Ambos os teatros são exclusivamente masculinos, ou assim se tornaram, no caso do kabuki, em um determinado momento da história do Japão. Será que existe mangá sobre os bastidores do Takarazuka? Duvido que não. Achei um glossário sobre teatro Noh aqui e neste outro, há uma breve história do teatro Noh.

Do Palco para a Página: O Mangá explora o universo do Noh e do Kabuki

Por Junichiro Shiozaki doYomiuri Shimbun

A maquiagem cede lugar para a tinta e o diálogo elaborado é capturado pelos balões das páginas dos populares mangás que se passam no mundo das tradicionais artes teatrais japonesas.

Hana Yorimo Hana no Gotoku, que tem sido publicada na Melody, uma revista publicada bimestralmente pela Hakusensha Inc., mostra o teatro Noh, enquanto Kabukumon, da revista Morning da Kodansha Ltd.'s, retrata o Kabuki.

Ambos os trabalhos são líderes de popularidade nas pesquisas feitas entre os leitores graças ao retrato que fazem dos bastidores do tradicional, e rigoroso mundo do teatro.

A série Hana Yorimo Hana no Gotoku, escrita por Minako Narita, começou sete anos atrás. O mangá tem sido publicado encadernado, também, e conta com cinco volumes até agora.

A história gira em torno de Norito Sakakibara, que trabalha desde muito jovem como ator principal em peças do teatro Noh. O mangá mostra em detalhes o duro treinamento pelo qual a personagem passa e a vida que leva. Em um capítulo, ele pratica as canções narrativas chamadas de utai no seu futon na noite antes da apresentação.

Narita disse que ela ficou em choque quando assistiu a peça Noh Aoinoue em Tóquio, quando era ainda uma estudante do colegial na prefeitura de Aomori. “Ela tinha uma beleza além da minha imaginação. Eu ainda lembro com riqueza de detalhes aquele show,” Narita diz.

Desde então, Narita assiste apresentações de Noh regularmente. No entanto, ela diz, ainda é muito difícil reproduzir o mundo do teatro Noh em um mangá, então ela tem buscado muitas formas de aprender mais. “Eu tirei fotos, por exemplo, dos bento que os artistas do teatro Noh comem em suas refeições. Eu entrevistei os atores e perguntei o que eles vestem na sua privacidade. Na platéia, eu tomo notas e desenho os atores com suas roupas e movimentos.”

“Minhas leitoras são principalmente mulheres na faixa dos 20 e 30 anos. Mas eu fico especialmente feliz quando recebo uma carta de uma fã que está na escola primária,” ela diz.

Kabukumon, escrito por David Miyahara e desenhada por Akio Tanaka, começou a ser publicada na Morning em janeiro de 2007. A série conta com dois volumes encadernados.

O protagonist de Kabukumon é Shinkuro Ichisaka, que é muito talentoso, mas carece das conexões familiares que podem ser essenciais para a carreira de um ator de kabuki. O mangá mostra como Ichisaka cultiva a sua sensibilidade artítica, enquanto está trabalhando com personagens como Sotaro Nakamura, um príncipe do universo do kabuki, e Koishiro Yoshizawa, um onnagata, ou ator masculino especializado em papéis femininos.

Miyahara começou a estudar e coletar dados sobre o kabuki dois anos antes de começar a publicar na revista. Ele foi até teatros de kabuki e leu vários documentos.

“Eu achava que seria capaz de ganhar a simpatia dos leitores se mostrasse a história de um autor de baixo escalão que consegue superar essa grande barreira no universo do kabuki,” Miyahara disse.

Apesar da resposta inicial dos leitores ter sido o silêncio, o mangá agora marca alto nas pesquisas com os leitores. “Eu ouvi que a resposta foi grande, especialmente daqueles que nunca tinham conhecimento prévio do kabuki. Eu também fiquei sabendo que eles passaram a querer ver os espetáculos de kabuki por causa do mangá,” disse Miyahara. “Como aconteceu com o hit Nodame Cantabile [um mangá sobre uma aspirante a pianista], eu acho que os leitores tiveram despertado o desejo de aprender mais sobre um universo diferente.”

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