quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Comentando Definitely Dead



É possível demorar mais de um ano para terminar um livro bobo? É, sim, especialmente se o livro demora a engrenar e a gente tem muita coisa para fazer. Enfim, Definitely Dead, o sexto livro da série Sookie Stackhouse – Southern Vampire Mysteries, tem uma vários problemas, mas, ainda assim, depois que engrenou não consegui mais largar... o problema é que demora MUITO a engrenar. Ainda assim, no geral, o livro seis foi bem melhor que o cinco, porque ofereceu muito mais informação sobre a sociedade vampírica, tinha personagens mais interessantes e diálogos excelentes. O livro cinco centrou-se nos lobisomens e os lobisomens de Harris são muito pouco interessantes. Dou quase um sete para o livro. Para o livro cinco, que tem maior coesão, mas uma história fraca, daria menos.

O problema do livro seis é que sua primeira metade parece uma coletânea de acontecimentos sem conexão um com os outros, a seção de fotos para capa da romance Harlequin com Claude e Maria Starr comentando que está namorando com o Alcide; o casamento dos Bellefleur; o menino desaparecido; a namorada de Jason sofrendo um aborto espontâneo; e o Quinn... Ah, sim, eu não gostei dele no livro cinco, mas o cara é legal e Sookie o descreve como “tão atraente quanto o Eric”. Isso conta muitos pontos. ^_^ De qualquer forma, ele se torna o namorado da Sookie, já que ela está rompida com o Bill e o Eric é o Eric... pelo menos por enquanto.

Pois bem, o livro só começa a andar depois da página cem com o ataque que Quinn e Sookie sofrem. Uma das piadas do livro é que todas as vezes que os dois estão “se entendendo”, alguma coisa acontece. Enfim, eles não sabem o motivo do ataque. Sookie desconfia que é sua culpa. Os criminosos foram mordidos por lobisomens e Quinn vai cobrar satisfações da alcatéia de Shreveport. É o único momento do livro em que encontramos com o Alcide no livro seis. Depois disso, Sookie recebe uma visita do advogado-chefe, Mr. Cataliades, da Rainha da Louisiania, Sophie-Anne, que deseja que ela vá até Nova Orleans para reclamar a herança de sua prima Hadley. Essa trama depende de um pequeno conto, chamado “One Word Answer”, que explica a relação da Rainha com a prima desaparecida (*e agora morta*) de Sookie. O que descobrimos é que a mensageira, Gladiola, foi morta para que Sookie não recebesse a mensagem. Somos levados a acreditar que Bill tem alguma coisa com o caso, afinal, ele está se comportando de forma estranha.

Neste livro, Harris apresenta mais um dos Supes de sua série, os demônios. Enfim, não demônios, Cataliades e suas sobrinhas são meio-demônios. Bem, se há demônios, há anjos e a fada madrinha de Sookie, Claudine, diz que quer se tornar um anjo. Bem, um dos pontos fracos de Charlaine Harris é complicar demais. Ao invés de simplificar, ela complica ao criar tantos seres sobrenaturais. Antes nós tínhamos os shapeshifters que podiam se transformar em qualquer coisa, caso de Sam, mas escolhiam um animal em particular, e os lobisomens, que só podiam virar lobos. Para Harris, seres meio-lobo meio-homem são sujeitos mordidos por lobos. Depois, ela foi estabelecendo que shapeshifters podem virar qualquer coisa, “Weres” viram animais específicos, e os lobisomens são os Were que se acham superiores... Enfim, ela vai escrevendo e se confundindo... ou me confundindo... Sei lá! Anderson, me dá uma ajuda...

Enfim, em Nova Orleans, Sookie tem que esvaziar o apartamento da prima assassinada (*sim, leia o conto*), mas há muitos mistérios envolvendo o acontecimento e é isso que faz o livro andar. Amelia, a senhoria, é uma bruxa e lançou um feitiço sobre o apartamento para que as coisas ficassem exatamente como a morta deixou, sem saber que havia um Were (*o que o sujeito vira, não sei*) vampirizado lá dentro. O sujeito acorda e ataca Sookie e a senhoria. Ambas vão parar no hospital e a ação da polícia é bem engraçada. Sookie vai parar no hospital onde finalmente a traição de Bill é revelada (*graças a uma pressão do Eric*). Achei a história da traição do Bill muito clichê: ele foi contratado pela Rainha para investigar Sookie, seduzi-la, mas (*CLARO*) se apaixonou por ela. O problema é que Sookie não vai perdoar isso, ela não é a burrinha que vê nos abusos de Bill demonstrações de afeto. Então, já era. Claro, que quem leu meus comentários do livro três sabe que não acho a Sookie muito certinha e que a ruptura dela com o Bill por conta da Lorena (*a do livro é diferente da de TrueBlood*), muito forçada. Enfim, Sookie engole sua dor e continua vivendo e seu diálogo consigo mesma é um balsamo para quem estava com saudade da Sookie dos livros, como eu.

Depois disso, conhecemos a rainha da Lousiania, Sophie-Anne. Agora entendo as reclamações das pessoas em relação ao que é feito na série, transformaram a rainah em uma criaturinhah ridícula e vulgar. Aliás, todas as mulheres da série, fora a Pam, acabam sendo representadas assim. A Sophie-Anne dos livros é cheia de dignidade, inteligente, fria e elegante. Nasceu na Lotaríngia (*o miolo do antigo Império de Carlos Magno*) e comeu o pão que o diabo amassou, antes de ser vampirizada quando tinha cerca de 15 anos. Andre, o fiel escudeiro da rainha, é outro vampiro adolescente. Gostei bastante dele, aliás, ele é quem é o especialista em degustação de sangue e descobre algo sobre Sookie... Bem, parte do rolo do livro está ligado ao casamento entre o rei do Arkansas e com Sophie-Anne. A trama do presente roubado pela prima de Sookie, ex-amante da rainha, lembra muito a história das agulhas de diamante de Ana da Áustria em Os Três Mosqueteiros. Muito mesmo! ^_^

A batalha final no mosteiro resort da rainha é um dos pontos altos do livro. Não vou dar mais detalhes, afinal, já dei muitos spoilers. Aliás, um dado importante do livro é que alguns vampiros, os mais antigos, não conseguem entrar em mosteiros e igrejas. Espero que a Harris desenvolva isso mais adiante... Quem sabe? Eric aproveita a briga para dar um beijão na Sookie... Pena que ainda demore muito para os dois ficarem juntos. Sookie também descobre neste livro que tem sangue de fada, graças ao André, e que é por isso que tantos seres sobrenaturais vivem atrás dela. Quinn assegura que ele não se importa.

Também neste livro parece ter se resolvido a trama da Debbie Pelt, a ex-noiva psicopata do Alcides. Não sei por que, mas esta é uma das partes da série que me irrita. E parte da ação do livro está ligada ao caso. Se realmente tudo ficou resolvido, e eu me desculpo com vocês, porque só descobri recentemente que não escrevi uma linha sequer sobre o maravilhoso livro quatro, não vamos mais ver a Sookie culpada por ter atirado na mardita. ^_^ Agora só é necessário que o Eric se lembre do que aconteceu e onde colocou o corpo. O resgate promovido por Eric e Rasul (*outro vampiro interessante deste livro*) diluiu um pouco da minha má vontade em relação aos Pelt.

Bem, falemos um pouco do Quinn e da Sookie. O romance dos dois começa no livro cinco e no livro seis caminha pouco, quer dizer, nem sexo eles fazem... tentaram, mas sempre acontece alguma coisa. Não houve aquela lengalenga de indecisão do livro cinco. Aqui, Sookie está com Quinn e ponto final, ainda que tenha uma queda por Eric. Quinn é um Weretiger. E a autora se enrola, porque parece que ele é tigre, porque é tigre... Nos primeiros livros era questão de escolha. O Quinn é muito melhor que o Alcide, porque é bem humorado, emocionalmente equilibrado e inteligente. Isso conta bastante. Além de, segundo a Sookie, ser tão atraente quanto o Eric. É possível isso?

Vou emendar o livro sete direto. Tenho aqui em casa até o livro oito e gosto muito do humor da Harris, dos diálogos bem sacados. Estava com saudades., especialmente depois que o seriado de Trueblood desceu a ladeira e Sookie foi transformada em uma idiota irritante. A rainha aparece no livro sete e ela é uma personagem ótima, então, vale a pena continuar. Acho que ela vai mergulhar mais na política dos vampiros agora. Espero! Enfim, a maioria dos spoilers que li sobre o livro seis eram bem imprecisos, bom descobrir que não era bem assim. Só acho a cotação do livro no Amazon muito alta. O livro seis está longe de valer mais estrelas que o livro quatro, por exemplo. É isso. Talvez eu comente o livro quatro depois, afinal, é onde temos o Eric o tempo inteiro. Tenho até medo do que vão fazer com este livro na série de TV, afinal, o Alan Ball aprece não gostar nada do Eric...

1 pessoas comentaram:

Opa.

Saudade das resenhas.

Vamos ver oq lembro do livro seis. rs

De fato, essa caracteristica da historia começar a engrenar acontece e vai se repetir nos proximos livros.

Sobre os Were...se eu entendi direito, ficou assim:

1- shiphter: são os que podem se transformar em qualquer animal, mas tem preferencia por um. Tipo o Sam.

2- Were,podem se transformar num unico tipo de animal, mas não necessariamente o mesmo dos pais.,

3- Lobis, são uma linhagem unica, só nascem como lobos, e tem uma organização mais baseado na alcateia.

Mas concordo que a Harris ta exagerando, Demonios, Anjos...e as fadas vão ter maior participação no futuro.

É muita coisa.

Sobre o caso da traição do Bill, foi cliche mesmo e numa primeira leitura não gostei.

Mas acaboou não sendo nada tão grave.

Lamento pelo ALcides, que vai continuar a fazer papel de bobo com as mulheres erradas de novo.

Agora nem dá p/ comparar com a serie.

Personagens descaracterizados, ridiculos mesmo.

A Sookie e o Bill do seriado só servem p/ dar raiva.

Ela é uma burra irritante, e ele um canhalha de marca maior.

A traição dele é mostrada na terceira temporada, mas é feita de maneira bem pior.

Alis, o Bill nem sequer assume oq faz, ele inventa mentiras sobre mentiras, trai o Eric, a Rainha...

É desprezivel mesmo.

De qualquer forma, li o decimo livro recentemente e digo que foi muito bom reencontrar os personagens como ele são, mesmo com Harris trazendo alguns elementos do seriado.

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